quarta-feira, setembro 21, 2005

“A fome e a vontade de comer”

Faz hoje cinco que José Mourinho se estreou como técnico profissional. O Benfica teve o privilégio de apadrinhar este treinador, infelizmente não o soube aproveitar.

Quando chegou à Luz a dúvida era geral. O jovem técnico ia estrear-se no comando técnico de uma equipa profissional e era logo o Benfica.

Foram poucos meses, mas o certo é que os “encarnados” melhoraram e, com um bando de miúdos (onde estavam, por exemplo, Miguel, Maniche e João Tomás), estava a ser formada uma equipa.

Tudo terminou de forma intempestiva após um Benfica – Sporting, em que a equipa de Mourinho venceu por 3-0.

Na direcção já estava Manuel Vilarinho, que teria um pré-acordo com Toni para o final da temporada. Mourinho, inchado, arrogante e plenamente convencido daquilo que podia e sabia (como hoje se comprova) foi exigir, logo ali, a renovação do vínculo. O Benfica não aceitou e José Mourinho saiu.

O técnico passou pela União de Leiria e fez um grande trabalho, o que chamou a atenção do FC Porto. Nos “dragões” o êxito foi total (Campeonatos, Taças nacionais e internacionais e a inimaginável Liga dos Campeões).

A partir daqui, saiu-lhe o “jackpot”. Um dos clubes interessados no treinador português foi o “poço sem fundo” chamado Chelsea. Assim se completou a dupla ideal: “a fome com a vontade de comer”.

A Premier League já lá está, as Taças também. Fica a faltar a “Champions”.

Após estes cinco anos, já não há dúvidas: o homem é mesmo o melhor do mundo, é “the special one”, como lhe chamam os ingleses.

Títulos atrás de títulos, recordes atrás de recordes e unanimidade total quanto à qualidade técnica, táctica e de gestão de grupo do Zé.

A contratação de Mourinho terá sido, seguramente, a única coisa que Vale e Azevedo fez de positivo enquanto presidente do Benfica.

Será que hoje os dirigentes “encarnados” estão arrependidos de não terem respondido afirmativamente à “chantagem” de Mourinho?

Apesar de tudo, continua a achar que “valores mais altos se levantam”…

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