segunda-feira, fevereiro 26, 2007

“Pela boca morre o peixe”

Nestes últimos dias têm acontecido algumas declarações, no mínimo, surpreendentes nos chamados três grandes.

  • No FC Porto, o treinador Jesualdo Ferreira disse que os “dragões” tinham “os melhores jogadores de Portugal”.

    Percebe-se a intenção do técnico: motivar os seus atletas e mostrar que confia neles para sair de uma fase menos positiva.

    Até aqui tudo bem, a questão é que, colocando a fasquia tão alta, o professor está a jogar tudo: se a “coisa” correr bem, é normal (afinal, eles têm o melhor plantel); se a “coisa” correr mal, a culpa é de Jesualdo que não soube “aguentar o barco”.

  • No Sporting, o presidente Filipe Soares Franco falou aos jornalistas, depois do empate em casa diante do “lanterna vermelha”, para dizer que os sócios têm que acarinhar os jovens e “não podem querer tudo”.

    Ora, na parte do “carinho” estamos todos de acordo: os adeptos devem apoiar a sua equipa sempre, especialmente quando as coisas estão a correr mal, sejam os jogadores novos ou velhos.

    O que não se percebe é a parte do “não podem querer tudo”. Que eu saiba sempre foi assumido que os “leões” eram candidatos a vencer todas as provas. Aliás, o próprio Soares Franco chegou a dizer: “Porque não ganhar a Liga dos Campeões” (frase extraordinária conhecendo o plantel e especialmente sabendo qual o grupo em que a equipa estava inserida.

    Se já não acham que a equipa pode ganhar tudo, então, das duas uma: ou enganaram-se na análise ao plantel no início de época e, então, devem pedir desculpa ou, por outro lado, sabiam das fraquezas da equipa e enganaram os sócios, tentando vender “gato por lebre”.

  • No Benfica, o sempre reservado e humilde Fernando Santos disse que a equipa ia ganhar o próximo jogo e acrescentou: “Somos imbatíveis em casa”.

    Eu sou daqueles que já por várias vezes criticou o treinador “encarnado”, não concordou com algumas das suas ideias e exaspera com as suas alterações no banco.

    No entanto, parece-me claro que este tipo de declarações antes de um jogo não são benéficas para o Benfica (já que criam pressão nos jogadores) e, ao mesmo tempo, ajudam a motivar (ainda mais) os adversários.

    É que, caso não saiba o engenheiro Fernando Santos, não há equipas imbatíveis, muito menos este Benfica com jogadores como Beto, Marco Ferreira, Karyaka ou Mantorras, por exemplo.

Vamos ver o que acontece nas próximas semanas. Se continuar a haver declarações estúpidas, vamos ter que “abrir” mais uma rubrica aqui no "Doente da Bola".

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Encarnados

Benfica e Sporting de Braga venceram na Taça UEFA, estão nos oitavos de final da prova e deram um grande empurrão a Portugal no ranking europeu.

A equipa da Luz manteve a tradição e ganhou na Roménia, mas ainda sofreu, sem necessidade, durante 15/20 minutos na primeira parte.

Os "encarnados" podiam e deviam ter "matado" o jogo mais cedo, mas os já habituais falhanços atacantes e alguma confusão táctica (a lentidão de Karagounis, a menos boa condição física de Katsouranis e a não completa adaptação de Simão a "10") não ajudam.

O Braga contou com um Parma fraquinho e com a "chicotada" do novo treinador para uma histórica vitória em Itália.

Destaque entre os arsenalistas para a grande exibição de Rodriguez que já me tinha impressionado no jogo da primeira mão.

Pois é, e, para já, Portugal está em 5º sendo que o objectivo é pelo menos ficar em 6º. Os romenos "já foram" e isso é positivo.

Agora é PSG - Benfica e Braga - Tottenham.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Dinamo

O Benfica defronta amanhã o Dinamo de Bucareste na segunda mão dos 16 avos de final da Taça UEFA.

Os “encarnados” têm vantagem, porque venceram no primeiro jogo por 1-0, com golo de Miccoli, mas não vão poder adormecer à “sombra da bananeira”.

A equipa da Luz vai ter que saber jogar fora como joga em casa, pegar no jogo sem ter medo de atacar, apesar de ter que, ao mesmo tempo, controlar os ritmos da partida.

Como se diz agora, o Benfica faz bem as “transições ofensivas” que é o mesmo que dizer: joga bem em contra-ataque. O resultado da eliminatória pode propiciar isso, mas convém que a defesa se comporte à altura dos grandes jogos.

Apesar da lesão de Rui Costa, o técnico Fernando Santos já disse que a equipa não vai mudar de estratégia, o que quererá dizer que o “4-4-2 losango” é para manter.

Dado que o plantel é curto e já não há Nuno Assis, será Simão a jogar a “10” com Miccoli e Nuno Gomes na frente.

Sendo o jogo fora, penso que a melhor solução seria Derlei jogar ao lado do “bombardeiro” mas, a defesa feita pelo treinador, “obriga” a que Nuno Gomes jogue.

Era importante para o país e para o próprio clube que o Benfica seguisse em frente.

Ainda por cima, esta época, ganhar a UEFA dá quatro milhões de euros.

No caso do Benfica passar, o adversário é o PSG. Pela primeira vez em muito tempo, os franceses têm um (verdadeiro) treinador: Paul Le Guen.

“Plano B”

Recentemente, FC Porto e Sporting mostraram “novas caras tácticas” nas respectivas equipas.

Vindo de resultados negativos, Jesualdo Ferreira aproveitou a partida, em casa, frente à Naval para estrear o “4-4-2 losango”.

Marek Cech jogou no meio-campo, no vértice esquerdo, e Bruno Moraes esteve nas costas dos dois avançados (Postiga e Lisandro).

Neste jogo a “coisa” correu bem, até porque a oposição não foi grande, e pode ser uma alternativa para quanto não houver Quaresma. Parece dar mais poder de jogo ao ataque dos “dragões”.

Fundamental, como em qualquer outro “4-4-2 losango”, é a actuação dos laterais que têm que ser bem ofensivos e se há coisa que Bosingwa e Fucile gostam de fazer é atacar (é verdade que nem sempre bem, especialmente no caso do português).

Já no Sporting, Paulo Bento mostrou nos últimos minutos frente ao Nacional – e já repetiu – um “3-5-2” alternativo ao “4-4-2 losango”.

O objectivo é, uma vez mais, reforçar o ataque e tentar “virar o jogo”. Nos primeiros exames, o “plano B” resultou e os “leôes” marcaram muitos golos.

Falta perceber se o técnico vai continuar a apostar na nova fórmula só quando troveja ou se vai preferir ir dando mais minutos ao “3-5-2”.

Os primeiros exemplos foram positivos, mas são dois casos a rever no futuro.

Por outro lado, não deixa de ser curioso que os três grandes tenham jogado esta jornada com a mesma táctica. Está mesmo na moda o "losango".

terça-feira, fevereiro 20, 2007

P(b)raga

Algo de estranho se passa no Sporting de Braga que já vai no terceiro técnico da época sem que se possa dizer que tenha tido maus resultados.

A anormalidade entre os arsenalistas começou ainda na época passada com a SAD bracarense a não renovar contrato com Jesualdo Ferreira, depois de três épocas de bom nível. A situação nunca foi bem explicada.

Já esta temporada, o plantel foi desenhado por Carlos Carvalhal, um homem da terra, que tem “boa imprensa”, apesar de algum excesso de confiança.

Não sendo deslumbrante, a equipa estava a cumprir os objectivos (fez uma primeira fase na UEFA), mas Carvalhal não terá aguentado a pressão dos adeptos e saiu “por razões pessoais” (chegou a falar-se de ameaças).

Saído Carvalhal, entrou Rogério Gonçalves, que vinha fazendo um grande trabalho na Naval, e a equipa não pareceu ressentir-se em nenhuma das competições.

A última derrota em casa, diante da União de Leiria, não pode explicar tudo. Não é – não pode ser – por um resultado que se desmorona tudo o que se fez de bom até então.

É que é bom não esquecer: o Sporting de Braga é a única equipa portuguesa que está ainda nas três competições: está em quarto na Liga, continua na Taça e discute com o Parma um lugar na próxima eliminatória da UEFA.

Dificilmente se poderia pedir mais e parece-me que António Salvador se precipitou. O presidente do Braga terá que ter mais calma, perceber que o lugar que a sua equipa ocupa é bastante honroso e que não pode ter “mais olhos que barriga” antes do tempo.

Depois, há ainda a questão Jorge Costa. O antigo internacional português só tem o primeiro nível de treinador.

É certo que o canudo, por si só, não prova nada e cada clube deverá ter a liberdade para escolher quem quiser, assumindo as consequências (positivas ou negativas) dessas escolhas.

O certo é que, independentemente da reacção sempre veemente do inanarrável presidente da associação de treinadores (que nunca passou do Campomaiorense), há regras e contratos assinados na Liga Profissional de Futebol que regulamentam a questão dos técnicos.

Claro que, bem à portuguesa, tudo se vai arranjar e Jorge Costa vai continuar a aparecer como adjunto na ficha de jogo, aliás como, por exemplo, o Sporting faz com Paulo Bento, porque alguém, seguramente, terá o tal nível 4.

"Fora de jogo"

Volto a esta rubrica aqui no "Doente da Bola" para criticar a decisão do Conselho de Justiça da Federação sobre o "caso Quaresma".

Lamentável, este "chutar para canto", este decidir não decidir, sobre os jogos de castigo do extremo "azul e branco".

É ainda mais inacreditável quando se sabe que até se andou a acelerar os processos para ter tudo despachado nessa reunião de sexta-feira.

Depois, chegados lá, decidiram não decidir... o que é, para além de estranho, perigoso.

Desta vez foi o FC Porto, para a próxima pode ser outro clube qualquer e o certo é que este novo Conselho de Justiça começa mal, muito mal.

sábado, fevereiro 17, 2007

2 anos

Pois é, faz hoje dois anos que abri este blog.

Continuo "doente da bola" e sem sinais de melhoras.

Obrigado aos que vão passando por aqui, espero que voltem.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Será que há três sem quatro?

Depois de Nuno Assis e António Tavares (basquetebol), Paulo Barata, do rugby, foi também apanhado nas malhas do doping.

O Benfica volta a reclamar inocência e repete os ataques ao CNAD, dizendo que o director Luís Horta está a perseguir os "encarnados".

Não sei tem razão, o certo é que os casos sucedem-se e isso não é nada bom, nem para os atletas nem para o clube.

Actualização: Depois deste post, surgem no Record novos dados sobre o caso de António Tavares e, parece, que há dúvidas.

Para ler aqui

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Fora da Taça

A derrota do Benfica na Póvoa provou, se dúvidas houvesse, que o plantel dos "encarnados" é curto.

De recordar que, contra o Varzim, não estavam em campo: Petit, Karagounis, Nuno Assis, Derlei e Miccoli.

A este quinteto de ausências, deve ainda juntar-se um conjunto de jogadores com dificuldades.
  • O caso mais evidente é o de Nuno Gomes, fora de forma.
  • Katsouranis, em dificuldades físicas há meses
  • Nélson que continua a ter problemas nas acções defensivas
  • Anderson, que está a retomar o ritmo de jogo depois de meses no banco.

Face a este quadro, o ideal seria que os habituais suplentes estivessem à altura dos titulares ou, melhor dizendo, do clube que representam. Isso não é o que acontece na maior parte dos casos.

  • Mantorras tem o problema que se conhece e nunca poderá ser a primeira opção (aliás, como já escrevi, acho que, infelizmente, o internacional angolano não tem condições para jogar no Benfica)
  • Beto foi um claro erro de casting e não tem as mínimas condições para substituir Petit
  • João Coimbra parece ser um miúdo com algum potencial, mas parece ainda longe de poder ser opção válida
  • Karyaka já mostrou que pode ser útil, a questão é que parece que não quer, não está para se chatear
  • Marco Ferreira é outro caso inexplicável
  • De David Luiz e Pedro Correia não se pode dizer nada

Resumindo a equipa entrou amputada de jogadores fundamentais e quem entrou de novo não conseguiu minimizar as perdas. Por outro lado, também jogou a parte psicológica: "Vamos com calma, eles são da Honra, nós vamos ganhar". Ora, isso, normalmente, não resulta.

Juntando a tudo isto o facto do Varzim estar altamente moralizado por defrontar o Benfica e estrear um novo técnico, aqui estão as causas da derrota.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Ângulo inverso I

Ninguém deve questionar o processo sumaríssimo a Derlei. É justa esta medida já que o avançado "encarnado" agrediu Grezlak e o árbitro Pedro Henriques não viu.

A questão que se coloca aqui é a dualidade de critérios da Comissão Disciplinar da Liga: porque foi castigado Derlei e não foi Caneira?

domingo, fevereiro 04, 2007

"Grande tesouro"

Foi só o primeiro jogo, mas o certo é que o miúdo parece ter deixado todos os que assistiram à partida de olhos em bico.

Frente ao Portimonense, os juniores do Benfica ganharam em casa por 8-0 e o novo avançado chinês esteve em grande destaque.

Yu Dabao tem três treinos de águia ao peito e ontem no Seixal fez três golos, uma assistência e atirou duas bolas ao ferro (*)... tudo nos 45 minutos que jogou.

Esperemos para ver o que acontece nos próximos jogos. Sem precipitações.

A próxima partida é frente aos "leões".

(*) Já sobre o jogo dos seniores... nem vale a pena falar. Nunca tinha visto tal coisa

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Saldos

Os plantéis estão fechados e todos fizeram os acertos possíveis e não os desejados. Nota geral: pouco dinheiro, mercado muito morno .

Os "grandes" não fugiram à regra e foram comedidos nos "acertos" agora em Janeiro.

BENFICA

Foram os "encarnados" que mais estiveram no mercado com quatro saídas (Alcides, Ricardo Rocha, Diego e Fonseca) e duas entradas (David Luiz e Derlei).

Do ponto de vista financeiro estes foram negócios claramente positivos com a entrada de mais de 10 milhões de euros (deve juntar-se o novo empréstimo de Manuel Fernandes e a vitória no Dubai) e o gosto reduzido, já que estamos a falar de dois empréstimos.

Agora, do ponto de vista desportivo, a análise é mais complicada: David Luiz é um miúdo desconhecido que vem ocupar a vaga de um titular experiente (à primeira vista, talvez precipitada, o clube ficou a perder) e Derlei é (era) um grande jogador, polivalente, experiente, conhecedor do futebol português. Se o "ninja" estiver fisicamente em condições pode ser, efectivamente, uma mais valia.

No entanto, atenção para o facto da saída de Alcides (central e lateral direito) não ter sido compensada e para o caso Fonseca (deixou o clube na altura em que começava a "mostrar serviço").

Para além destes dois casos, convinha que os dirigentes da Luz não se tivessem esquecido que Nuno Assis está "fora de jogo" até final da época, faltou, também aqui, a devida compensação (falou-se muito em Filipe Teixeira, mas...).

Por fim, continuam a causar estranheza, por razões diferentes, os casos de Karyaka e, especialmente, Marco Ferreira.


FC PORTO

Os "dragões" tiveram três saídas "patrocinadas" por Co Adrianse (Ezequias, Diogo Valente e Tarik) e duas entradas (Lucas Mareque e Renteria).

Os que deixaram o clube eram muito pouco utilizados por Jesualdo Ferreira e estavam claramente fora da órbita do técnico e, assim sendo, não há surpresas.

Nos reforços, Lucas Mareque é lateral-esquerdo, posição para a qual os portistas só tinham de raiz Marek Cech, e portanto a ideia foi equilibrar o plantel. Já Renteria é avançado rápido que pode jogar na frente, mas também descaido para a direita (salvaguardadas as devidas distâncias parece-me algo semelhante a Derlei). Vamos ver como se adapta.

Ficou a faltar, até pela lesão de Pedro Emanuel, um defesa-central. Apesar disso ainda há João Paulo e Ricardo Costa.


SPORTING

Os "leões" foram os mais comedidos nas compras de Natal e a única mexida que fizeram foi a entrada do junior Pereirinha que antecipou o regresso à "casa mãe".

O desejo era Rochemback mas as partes não chegaram a acordo, já que a equipa de Alvalade só queria o empréstimo e o Middlesbrough só aceitava vender. Estas são as lacunas mais evidentes.

Fica assim a faltar um médio experiente que dê cabeça ao meio-campo e liberte João Moutinho da função "faz tudo" e, já agora, um avançado que ajude na marcação de golos.

João Alves e Romagnoli estiveram com um pé fora do clube, mas acabaram por ficar.

Questão central

Depois de mais uma convocatória de Luiz Felipe Scolari para a selecção principal, eventualmente a última sem Pepe, está na altura de recordar ao técnico as alternativas para o centro da defesa.

Para além dos intocáveis Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Fernando Meira, há uma lista bem composta de outros defesas-centrais que podem completar o lote sem perda de qualidade.
  • Tonel (Sporting)
  • Caneira (Sporting)
  • José Castro (Atlético de Madrid)
  • Nunes (Maiorca)
  • Manuel da Costa (PSV)
  • Ricardo Rocha (Tottenham)
  • José António (Monchengladbach)

A este grupo, que já contempla alguns jovens e outros experientes - todos eles titulares ou muito utilizadps -, podia ainda acrescentar mais três ou quatro nomes (Beto, Litos, Ricardo Costa, Fonte...) ou ir às "esperanças" (Amoreirinha, Miguel Veloso, Rolando...).

Parece-me que, assim, fica clara a fartura de opções para o lugar, o que em minha opinião, ajudariam a impedir a chamada de Pepe.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

David Luiz

Sim, eu sei que deve ser ingenuidade minha, mas pensei que era impensável uma equipa como o Benfica contratar um atleta sem que o treinador alguma vez o tenha visto jogar.

O certo é que o "impensável" aconteceu e foi divulgado pelo próprio técnico que, tranquilamente, confirmou que nunca viu em acção um dos reforços do "mercado de inverno", embora tenha "excelentes informações".

Desconheço as "boas fontes" dos "encarnados", mas parece-me, no mínimo, estranho que estas bastem para uma contratação desta importância, até porque não há memória, nos últimos anos, de olheiros assim tão dignos de confiança.

Também não conheço David Luiz, não sei o que vale enquanto jogador de futebol, apenas sei que tem 19 anos, é internacional sub-20 do Brasil, muito elogiado pelo seu antigo treinador e bem visto pelo seleccionador da categoria.

Por outro lado, sei que vem emprestado (para já até final da época) e que vem compensar a saída de Ricardo Rocha (um titular e já experiente jogador).

Posto isto ficam algumas questões que são também inquietações: que treinador é este que aceita, sem pestanejar, um atleta sem o conhecer?

Parece dificil, mas será que o novo "23" da equipa da Luz está em condições de jogar já, de jogar a titular, se necessário for?

Jovem por jovem, emprestado por emprestado, será que não havia nos juniores nenhum jogador que pudesse fazer este lugar?

Espero dissipar rapidamente estas dúvidas e ser (agradavelmente) surpreendido. Era bom que fosse, passe o exagero, o "novo" Ricardo Gomes.

PS: Mesmo que o miúdo seja opção válida, é curto jogar campeonato, taça e uefa só com três centrais. Será que o exemplo do Chelsea não serve para o provar?

Mercado de Inverno

Fechou ontem o chamado mercado de Inverno com todos os clubes a fazerem alterações nos seus plantéis (Sporting uma entrada, Beira-Mar 11).

Ao todo, feitas as contas, há 61 novos jogadores inscritos pelas 16 equipas da Liga.

A equipa de Aveiro contratou uma equipa e deixou sair sete ou oito jogadores na tentativa de deixar a "lanterna vermelha" e depois a "linha de água", tudo com a "ajuda" dos investidores espanhóis. Vamos ver o que sai desta salganhada.

O Paços de Ferreira e o Desportivo das Aves também fizeram várias alterações, com várias saídas e seis entradas, e o Braga que continua a tentar chegar-se à frente.

Também se percebe que algumas equipas necessitariam de mais um ou dois reforços para, efectivamente, equilibrar o plantel.

Nota para os muitos avançados que chegaram em Janeiro, esperemos que isso se traduza em mais golos. Atenção especial, à partida, para alguns deles: Diego (Braga), Edgar (Beira-Mar) e Phil Jackson (Paços de Ferreira).

Mais comedidos foram os "três grandes", não porque não necessitassem, mas porque dinheiro é coisa que não abunda.

Mas sobre isso falaremos no post seguinte.

"Fora de jogo"

Volto a esta rubrica para comentar as últimas incidências do processo "Apito Dourado" e, especialmente, as declarações de Valentim Loureiro.

Ora, disse o actual presidente da Assembleia Geral da Liga de Clubes que ficará "algo triste" (!?) se o caso não for julgado, que espera que vá até ao fim e que não entrave em nenhuma questão processual (o Major falou, por exemplo, na legalidade das escutas!).

Valentim Loureiro aproveitou também para deixar claro, depois de ser ouvido em tribunal, que "em consciência" não cometeu qualquer crime neste processo.

No entanto, apesar destas declarações tão veementes, o advogado mostrava-se esperançado que o caso fosse arquivado e não chegasse a tribunal.

Resumindo, a duas vozes o caso lá vai e a "coisa" não parece nada bem ensaiada.

Eu, a esta distância, tendo a acreditar mais na veracidade das declarações do advogado quanto ao que realmente deseja para o caso.