sexta-feira, dezembro 29, 2006

Reforços? Nem por isso

Numa altura em que os clubes estão a poucos dias de poder voltar a contratar jogadores, está na altura de analisar os reforços que chegaram no início da época e tentar perceber se foram, efectivamente, reforços.

FC PORTO
O "11" de Jesualdo Ferreira:

Helton
Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Cech
Raul Meireles, Lucho, Anderson
Quaresma, Postiga e Lisandro

Conclusão "0" reforços entre os titulares, apenas a repescagem de Hélder Postiga.

Pior do que isso, o facto de vários "reforços" já terem recebido guia de marcha a meio da época: Ezequias, Diogo Valente e, muito possivelmente, Sektoui e, quem sabe, João Paulo.

SPORTING
O "11" de Paulo Bento:

Ricardo
Caneira, Tonel, Polga e Tello
Custódio, João Moutinho, Nani, Carlos Martins
Liedson e Bueno

No caso dos "leões" é mais difícil definir a equipa titular dada a política de rotatividade seguida pelo técnico. Por exemplo, o "10" começou a época como titular indiscutível mas, agora, está incompatibilizado com Paulo Bento.

Apesar disso, olhando para esta equipa, só Bueno é "reforço" e sabe-se quão pouco tem trazido este jogador ao futebol "verde e branco".

BENFICA
O "11" de Fernando Santos:

Quim
Nélson, Luisão, Ricardo Rocha, Léo
Petit, Katsouranis, Nuno Assis e Simão
Nuno Gomes e Miccoli

Se exceptuarmos o caso especial de Rui Costa, titular até se lesionar há três meses, na equipa mais utilizada pelo treinador "encarnado", só há um reforço titular: o grego Katsouranis.

Assim, feitas as "contas", pode dizer-se, sem medo de ser desmentido, que os "grandes" clubes portugueses falharam na maioria dos "contratados" e desperdiçaram o (pouco) dinheiro disponível.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Pesetero

Ao que parece, Luís Figo vai mesmo jogar seis meses no Al Ittihad, da Arábia Saudita, antecipando a saída do Inter de Milão.

Jogando, quase sempre a titular, no campeão e líder do campeonato italiano, o que pode levar Figo, já cheio de títulos, a apostar nas Arábias para terminar (?!) a sua carreira?

É verdade que ganhar 200 mil contos por mês (uma verdadeira loucura para o jogador mais bem pago do mundo) dá a volta à cabeça de qualquer um... e, claro, que já outros jogadores de quilate semelhante fizeram algo de parecido nas respectivas épocas, mas será que o (muito) dinheiro justifica tudo?

Esta é uma decisão que acaba por não surpreender verdadeiramente quem tem acompanhado a carreira deste extraordinário jogador, mas que, mesmo assim, me choca. Depois dos casos "Benfica", "Parma", "Juventus", "Barcelona" e "Real Madrid", este é apenas mais um.

Futebol é o que menos parece interessar a Figo...

Eu, por mim, - como diz o outro - acho que não havia necessidade e, mais este episódio, só veio dar razão aos adeptos do Barça.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

As minhas escolhas

Como sempre faço por esta altura do ano, aqui deixo o meu “onze” e o banco de jogadores que, de alguma forma, se destacaram na primeira fase do campeonato.

Confesso que este ano tive mais dificuldade porque não tem havido jogadores, fora dos chamados grandes, de encher o olho.

Para além disso, alguns dos residentes crónicos já não estão na nossa Liga e isso dificultou a escolha.

Curioso que, em relação à equipa do ano passado, só há um repetente: Andres Madrid.

1- Diego (Nacional)

2- Luís Filipe (Sp. Braga)
3- Gregory (Marítimo)
4- Auri (V. Setúbal)
5- Alonso (Nacional)

6- Andres Madrid (Sp. Braga)
8- Kazmierczak (Boavista)
10- Marcinho (Marítimo)

7- Zé Manel (Boavista)
9- Linz (Boavista)
11- Grezlak (Boavista)

Banco: Marcos (Marítimo), Paulo Jorge (Sp.Braga), Vandinho (Sp. Braga), José Pedro (Belenenses), Sougou (U.Leiria), Edson (Paços Ferreira), Zé Carlos (Sp.Braga).

PS: Já agora, Bom Natal...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Compras de Natal

Faltam poucos dias para abrir o "mercado de Inverno" e, seguramente, os três grandes vão querer fazer um "refresh" nos respectivos plantéis.

Mesmo não havendo muito dinheiro, os técnicos vão tentar equilibrar as equipas para a segunda volta do campeonato.

BENFICA

Fernando Santos já fez saber que quer diminuir o número de jogadores à sua disposição (29, incluindo Everson que não está inscrito).

A meu ver não são muito difíceis as contas do técnico: Pedro Correia e João Coimbra são dois miúdos da "cantera" a quem pode fazer bem rodar; Diego é outro jovem que ainda não tem nenhum minuto; Marco Ferreira é uma contratação só explicável por questões extra-desportivas; Manu e Paulo Jorge perderam espaço com o "losango" e, querendo cortar, um deles pode vir também a ser emprestado.

Quanto a entradas falta um lateral-direito, que faça frente a Nélson, falta um médio-esquerdo de raiz para o "losango" e, já agora, um avançado porque Mantorras é o que se sabe, Miccoli não larga as lesões e Fonseca não se está a adaptar.

FC PORTO

Jesualdo Ferreira tem o melhor plantel do país, o mais equilibrado, mas, como não há plantéis perfeitos, acertos podem sempre ser feitos.

Ricardo Costa está a caminho do Marselha para tentar jogar mais e, por isso, deve chegar um central. Ezequias e Sektoui são outros dois jogadores que devem ter guia de marcha, atletas que não vingaram no Dragão (contratações falhadas de Adriaanse).

Entretanto, vem aí também um defesa-esquerdo para dar luta a Cech e passar a ter dois jogadores por cada lateral. Adriano também está em dúvida, mas não acredito que os "azuis e brancos" fiquem apenas com Hélder Postiga e Bruno Moraes.

SPORTING

Aos "leões" falta, claramente, um "playmaker", face ao apagamento de Romagnoli e ao "caso" Carlos Martins, que não obrigue João Moutinho a fazer tudo.

Depois há ainda a lacuna crónica: o parceiro de Liedson. Alecsandro e Bueno não são opção credível e Yannick ainda é muito irregular.

Para além do "caso" já referido, não está prevista nenhuma saída.

Em "segundas núpcias" talvez não fosse má ideia pensar num "trinco" (Custódio não desenvolve e Paredes está longe do que mostrou ao serviço do FC Porto) e num defesa lateral.

Play... pause

O nosso futebol não pára de nos surpreender e esta época, com a desculpa da redução no número de equipas, "arranjou" uma pausa de quase um mês entre o meio de Dezembro e o meio de Janeiro.

A jornada 14 foi a 17 de Dezembro... a 15ª vai ser (apenas) a 14 de Janeiro.

Verdadeiramente extraordinário... parece que vivemos a Leste, ou quanto muito na Alemanha, e temos que fazer pausa de Inverno.

Não sei quem foi o "especialista" que inventou esta paragem, o certo é que ainda não ouvi nenhum treinador aprovar esta medida. Ora, se ninguém aprovou, como é que esta aberração avançou?

Se a FIFA não nos obrigar a voltar às 18 equipas, então que venha mesmo a Taça da Liga para terminar com esta palhaçada.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Curtas e Grossas

Muitos afazeres profissionais têm impedido a actualização do blog como ele merecia, por isso vamos agora optar por uma versão "vários em um" para recuperar algum do atraso.
  • O milagre não aconteceu e o Benfica perdeu mesmo com o Manchester United ficando fora da Liga dos Campeões.
  • O sorteio da UEFA podia ser pior, mas também podia ser melhor. O líder (destacado) do campeonato romeno (o país que nos morde os calcanhares) não deve ser "pera doce".
  • No campeonato nacional, os "encarnados" continuam a dominar em casa, mas a desperdiçar fora. Assim não vão longe...
  • José Veiga volta a estar disponível para o Benfica... tem vantagens e inconvenientes, tudo deve ficar resolvido ainda hoje.
  • Esta (gigante) pausa natalícia em Portugal não se compreende.
  • A reabertura de mercado está próxima. Esperemos pelos acertos.
  • Maria José Morgado vai "arbitrar" todo o processo Apito Dourado. O caso está muito bem entregue.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

"Dia D"

A 7 de Dezembro de 2005, o Benfica recebia o Manchester United na Luz para a última jornada da Liga dos Campeões e só a vitória interessava. Um ano depois, o cenário é (quase) idêntico e o "milagre" tem que repetir-se.

Os "encarnados" "só" têm que ganhar no "Teatro dos Sonhos" para seguirem em frente na Champions.

A equipa está motivada, mas o Manchester United sabe que não pode perder e vai querer vingar a época passada.

A chave do trinfo na Catedral na época passada passou por grande concentração defensiva e eficácia ofensiva. Pois, é isto que terá que acontecer esta noite em Old Trafford.

A equipa

Fernando Santos deve repetir o "onze" dos últimos jogos, jogar no "4-4-2 losango", para defrontar um "4-4-2 clássico".

A defesa tem que estar coesa, Nélson tem que se lembrar que precisa defender, Ricardo Rocha tem que repetir a exibição de Alvalade.

No meio-campo, vão ser fundamentais as coberturas e compensações de Petit e Katso e, ao mesmo tempo, a versatilidade de Nuno Assis e um Nuno Gomes finalmente inspirado que ajude a defender, consiga distribuir jogo ofensiva e, também, aparecer na frente.

Com um Miccoli dos grandes jogos e um Simão inspirado, o Benfica pode marcar.

QUIM
NELSON, LUISÃO, RICARDO ROCHA, LEO
PETIT, KATSOURANIS, NUNO ASSIS, NUNO GOMES
SIMÃO, MICCOLI

Já os "red devils" estão na máxima força:

VAN DER SAR
GARY NEVILLE, FERDINAND, VIDIC, EVRA
CARRICK, SCOLES, RONALDO, GIGGS
ROONEY, SAHA

É preciso acreditar, não há impossíveis, mas lá que vai ser muito difícil... lá isso vai.

Na pior das hipóteses, o Benfica segue para a UEFA.

PS1: O Sporting está em crise física e animica.
PS2: Ao FC Porto basta um empate para seguir em frente

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Vitória "com tranquilidade"

O Benfica venceu em Alvalade por 2-0 e, face a este resultado, continua vivo no campeonato. A vitória foi justa.

Os "encarnados" fizeram uma primeira parte muito boa (dois golos, uma bola na barra e duas grandes defesas do Ricardo) e controlaram a partida no segundo tempo, sem, no entanto, terem conseguido matar o jogo como podiam e deviam.

Na táctica de Fernando Santos, que deu "banho" a Paulo Bento, destaque para a troca de Nuno Gomes por Simão na posição em campo.

Dentro das quatro linhas, destaque para as exibições de dois jogadores habitualmente muito contestados pelos adeptos benfiquistas: Quim e Ricardo Rocha. Por outro lado, confirmação para a subida de forma de Simão, Nélson e Petit.

Do lado do Sporting, para além de João Moutinho que nunca joga mal, destaque, outra vez, para Tello.

Péssima a exibição de Nuno Gomes e absolutamente lamentável o lance da expulsão.

O derby dos derbyes

Joga-se esta noite o jogo mais emblemático do futebol português. É mais um Sporting - Benfica que, tal como um Benfica - Sporting, tem um peso específico que ultrapassa os simples três pontos.

Há até quem diga que os jogos entre "águias" e "leões" são um campeonato à parte, quase tão importante como a conquista da própria Liga em si.

Passe o exagero, de que não sou partidário (parece uma espécie de "vitória moral"), o certo - e isso é indiscutível - é que esta é uma partida (sempre) importante.

No caso desta noite, o jogo é mais importante para o Benfica, porque está atrasado na tabela, mas também porque quarta-feira joga tudo na Liga dos Campeões.

As equipas

Os dois conjuntos estão praticamente na máxima força. No Sporting falta Caneira e ao Benfica o "maestro" Rui Costa.

Esta deve ser uma luta interessante com as duas equipas a jogarem no mesmo esquema de jogo (4-4-2 "losango") que depois se desdobra, no entanto, de maneira diferente.

Aqui ficam as previsões:

SPORTING
Ricardo
Miguel Garcia, Tonel, Polga, Tello
Custódio, João Moutinho, Carlos Martins, Nani
Liedson e Yannick

BENFICA
Quim
Nélson, Luisão, Ricardo Rocha, Léo
Petit, Katsouranis, Nuno Assis, Simão
Nuno Gomes, Miccoli

Os "leões" encostam mais os médios às alas quando no ataque (trocando de lado Nani e C. Martins), enquanto o Benfica afunila mais esses médios para abrir espaço aos laterais e às trocas de Simão.

Vamos ver como se dá Liedson com Luisão e Miguel Garcia com o capitão "encarnado".

Depois, mantém-se a "dúvida Miccoli", já analisada no post anterior. Estará em campo? Se sim, como estará?

A equipa de Alvalade é favorita porque está na frente, porque joga em casa, porque está mais entrosada e mais estabilizada no esquema e porque pode esperar pelo Benfica para lançar os contra-ataques.

Já a equipa de Fernando Santos tem que fazer pela vida. Com uma derrota fica arrumada no campeonato e, por isso, vai ter que dar tudo, sem pensar no próximo jogo no "Teatro dos Sonhos".

Entretanto, o líder FC Porto estará à espreita...

A incógnita

A pouco mais de quatro horas do Sporting - Benfica, há uma dúvida que assalta os adeptos "encarnados": Miccoli vai jogar?

O "pequeno bombardeiro" lesionou-se na segunda parte da partida frente ao Marítimo com mais uma lesão muscular e logo aí se instalou a certeza de que o "30" iria perder as partidas frente aos "leões" e ao Manchester United.

Era uma péssima notícia para os benfiquistas dada a grande forma do jogador e o seu enorme potencial. Mais uma vez ficava em cheque o departamento médico do clube e, desta vez, também o treinador: Miccoli queixou-se a Fernando Santos ao intervalo e, mesmo assim, entrou para a segunda parte.

Agora, estando convocado, só há duas hipóteses: ou é "bluff" e nem sequer se equipa; ou a recuperação foi mesmo espectacular e tem que ser titular.

Quem de direito vai ter que decidir o que fazer tendo em atenção vários aspectos:
  • a real condição física do jogador
  • o seu peso em campo
  • a importância deste jogo de Alvalade
  • a transcendência do próximo em Manchester

Uma coisa é certa: o Benfica com Miccoli é mais forte, mas será que vale a pena arriscar e ver o jogador sair lesionado antes do quarto de hora?

quarta-feira, novembro 29, 2006

Assaltos

Já não é a primeira vez que falo sobre isto mas cá vai: são escandalosos os preços dos bilhetes dos jogos de futebol em Portugal.

Por exemplo, para o próximo "derby" Sporting - Benfica, há bilhetes a 15o euros (30 c0nt0s) para não sócios.

É certo que é "o jogo dos jogos", mas devia haver respeito pelos adeptos, até tendo em conta o país em que vivemos.

Aliás, esta atitude elitista dos "leões" já teve reflexo noutras partidas e, por exemplo, nem nos jogos da Champions o estádio de Alvalade encheu.

O maior e o melhor

O Benfica está no Guiness por ser o clube de futebol com mais sócios. Segundo o Livro dos Recordes, são mais de 160 mil os associados dos "encarnados".

Este é um facto interessante, que causa alguma inveja nos adversários, e que tem estado a servir de "bandeira" para a actual direcção do clube da Luz.

Há aqui, no entanto, dois pontos que gostaria de reforçar:
  • Admitindo que estes dados são fidedignos, o número de sócios é bom, mas acaba por ainda ser baixo - tendo em consideração um universo potencial de seis milhões de adeptos.
  • Rui Costa colocou o dedo na ferida: mais importante que ser "o maior clube do mundo", o Benfica deve lutar por ser "o melhor clube do mundo".

PS: O "maestro", mais uma vez, mostrou o seu benfiquismo ao fazer esta e outras declarações importantes numa recente entrevista. Bem diferente a atitude de Figo para com o seu "clube do coração".

sexta-feira, novembro 24, 2006

Contas simples...

Para não variar, o Benfica ganhou por três, desta vez ao Copenhaga, e continua a sonhar com a Liga dos Campeões. Os portugueses só têm uma hipótese...

Os dinamarqueses confirmaram que são fraquinhos e foi pena que os "encarnados" se tenham demitido de jogar futebol na segunda parte.

Por outro lado - e ainda mais importante - ficou provado que aquele empate fora foi um mau resultado, especialmente pelo tipo de exibição que a equipa fez desprezando a vitória que agora tanta falta lhe faz.

Agora, para a qualificação, graças à derrota do Manchester United diante do Celtic, os comandados de Fernando Santos "só" têm que ganhar no "Teatro dos Sonhos".

Simples, não é?

terça-feira, novembro 21, 2006

Ganhar, claro

O Benfica defronta esta noite o Copenhaga para a quinta jornada da Liga dos Campeões e só a vitória interessa.

Os “encarnados” estão mal no campeonato e atrasados na Champions e, por isso, um bom resultado na Luz pode ser o início de uma boa fase.

A equipa está muito instável e passa do 8 para o 80 e do 80 para o 8 de um jogo para outro, muitas vezes sem explicação aparente.

Qual será o Benfica desta noite? Não faço ideia.

O Copenhaga está de peito cheio depois de vencer o Manchester United e isso pode dificultar as contas dos portugueses.

Em princípio será uma luta táctica entre um 4-4-2 convencional e um 4-4-2 “losango”.

Sinceramente, penso que o Benfica deveria ter atenção às alas adversárias e ao seu contra-ataque e, por isso, talvez o “losango” não seja o ideal.

Aqui fica a minha sugestão para esta noite em 4-3-3:

MOREIRA
NÉLSON, ANDERSON, RICARDO ROCHA, LÉO
KATSOURANIS, KARAGOUNIS, NUNO ASSIS
PAULO JORGE, MICCOLI, SIMÃO

No entanto, a equipa de Fernando Santos deve entrar assim:

QUIM
ALCIDES, ANDERSON, RICARDO ROCHA, LEO
PETIT, KATSOURANIS, KARAGOUNIS, SIMÃO
NUNO GOMES, MICCOLI

Seja como for, só a vitória interessa. Já agora, convém que o Manchester United colabore e ganhe ao Celtic.

Puxão de orelhas

"Hoje não vi o Benfica a jogar à bola e vi alguns rapazinhos a correr. Eles têm que entender que têm uma camisola, têm uma responsabilidade acrescida e têm que sentir se querem vestir esta camisola" - Foi assim que o presidente "encarnado" se atirou aos jogadores depois da derrota em Braga.

Luis Filipe Vieira terá perdido a paciência depois de mais uma péssima exibição no campeonato e decidiu mudar de estratégia.

Claramente as "conversas em família" de Fernando Santos não estão a resultar e a equipa continua muito instável e a bater recordes negativos: três derrotas em nove jogos na Liga.

Acredito que os jogadores não tenham gostado nada deste puxão de orelhas público e podem reagir de duas formas: bem (o que levará o plantel a puxar dos galões e a querer uma vitória para provar que tem valor) ou mal (o que levará os jogadores a ficarem ainda mais amorfos e desinspirados).

Fernando Santos está também no "fio da navalha" e, agora, sem Veiga, o técnico pode ter ficado sem um dos seus principais defensores.

Mais uma chapa 3

Dentro das quatro linhas, o Benfica voltou a perder em Braga e, mais uma vez, sofreu três golos. Já são várias as derrotas por este número e algo terá de ser alterado.

O jogo foi muito mau, a primeira meia-hora valeu zero, os golos foram oferecidos, a equipa perdeu dezenas de bolas, jogou de forma lenta, criou poucas oportunidades e a defesa voltou a meter água.

Não tem nada a ver com a categoria dos jogadores, mas há atletas em clara baixa de forma e isto tem que ser dito: Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Petit...

segunda-feira, novembro 20, 2006

Veiga, cara e coroa

José Veiga deixou o Benfica depois de problemas pessoais com o fisco e a justiça que nada têm a ver com o clube e já decorrem há alguns anos.

Sabem os que me conhecem que eu não era propriamente um grande apoiante do ex-empresário por um conjunto de razões que, para simplificar, se resumem numa: não gostava da utilização da "escola Pinto da Costa" e das respectivas técnicas de guerrilha.

Por outro lado, para todos os sócios e adeptos que defendem que os "encarnados" são um clube diferente, que deve ser um modelo de gestão e liderado por gente séria e "à prova de bala", a saída de Veiga é um alívio que pode representar o início de uma nova fase e de uma nova estratégia.

No entanto, convém não esquecer e até realçar a (grande) importância que o director-geral teve no regresso do Benfica aos títulos e na estabilização do plantel dos últimos anos.

Em termos desportivos, José Veiga vai fazer falta ao grupo de trabalho e a sua vaga vai ser difícil de preencher.

Resumindo, apesar do estilo, foi correcta e digna a decisão de se demitir do Benfica. O esforço do presidente para a manutenção do director-geral e a dedicatória do capitão são demonstrativos da importância de Veiga no clube.

sábado, novembro 18, 2006

É caso ou foi acaso?

Pela primeira vez em muito tempo, Luiz Felipe Scolari fez mexidas visíveis na convocatória de uma selecção nacional por si comandada.

Lesionado estava Fernando Meira (e Petit), alegadamente castigados pelo treinador foram os (até agora?!) intocáveis Maniche, Nuno Valente, Costinha (e Petit).

Sangue novo com as chamadas de Tonel, Raul Meireles e Nélson e os regressos de Jorge Andrade, Quaresma, Carlos Martins e João Moutinho.

As chamadas são justas e não merecem grande contestação, nota-se apenas a falta clara de um lateral esquerdo de raiz (ausência que é necessário suprir).

Já as ausências merecem análise detalhada:

  • Se é verdade que os ausentes não forçados o foram por castigo interno, algo vai mal porque o que se sabe é que mais jogadores (Deco e Miguel, pelo menos) também foram apanhados "fora de jogo" e não consta que tenham sido castigados.
  • Se foi mera opção do técnico por este ser um jogo fácil, então, mais experiências poderiam e deveriam ter sido feitas.
  • Se, por outro lado, é o "fim da linha" para alguns jogadores fetiche (especialmente Costinha) então esta decisão peca por tardia e deveria ter sido tomada, pelo menos, logo após o Mundial.

O que é certo é que especialmente João Moutinho, Quaresma e Tonel há muito mereciam a chamada aos "AA" e, estou certa, só a pressão dos media fizeram adiar esse momento.

Decisiva vai ser a próxima convocatória, uma dupla operação, contra adversários (Bélgica e Sérvia) bem mais difíceis que este Cazaquistão.

Se alguns do "quarteto ilustre" repetir ausência pode mesmo ser o fim definitivo de um ciclo.

"Dentro das quatro linhas"

Portugal cumpriu a obrigação e venceu (3-0) o Cazaquistão mas ficou a dever a si próprio mais uma mão cheia de golos. Especialmente Nuno Gomes esteve desinspirado, o que felizmente foi compensado por dois extremos (Cristiano Ronaldo e Simão) em dia sim.

Apesar deste triunfo, a situação no grupo não está nada fácil e complicou-se ainda mais com a vitória da Polónia em terras belgas, o que obriga a equipa das "quinas" a repetir façanha.

Os seis pontos eram fundamentais nas próximas duas partidas. Vamos ver o que acontece lá para Março e, já agora, vamos ver o que faz Scolari.

sexta-feira, novembro 17, 2006

A semana dos treinadores

Estes últimos dias tem havido muitas trocas de técnicos da I Liga e algumas estão mal explicadas ou são, no mínimo, estranhas.

Por exemplo, Augusto Inácio trocou o Beira-Mar pelo Ionikos, que é o mesmo que dizer que trocou os últimos lugares portugueses pelos últimos lugares da Grécia.

Claro que a mudança foi por dinheiro e isso é, obviamente, legítimo. No entanto, estranho dois aspectos: primeiro que um técnico com o curículo de Inácio tenha que aceitar um convite de um clubezeco para ganhar uns trocos; por outro lado, que o treinador aceite ir para um clube em que o presidente tem graves problemas com a justiça.

Entretanto, à equipa de Aveiro (que fez umas massas com este negócio) chegou Carlos Carvalhal que tinha deixado o Sporting de Braga horas antes.

Para além das questões éticas que esta troca implica (o homem esteve desempregado poucas horas) e que deveriam ser regulamentadas (como já são com os jogadores), choca-me a atitude dos protagonistas e as desculpas esfarrapadas: "Carvalhal saiu por razões pessoais; Carvalhal não tinha condições para continuar em Braga".

É que, se tinha razões pessoais para não poder estar em Braga, dificilmente poderia estar em Aveiro poucas horas depois a assinar contrato.

Mais difícil, mas seguramente mais sério seria dizer: "Carvalhal não aguentou a pressão" ou "Carvalhal não tem pulso nestes jogadores" ou "Carvalhal não pôs a equipa a jogar em Alvalade".

Vamos ver o que o treinador Carvalhal - que deu muito nas vistas no Leixões mas que demora a afirmar-se - faz em Aveiro com uma equipa que não é nada de especial.

Também notícia foi a renovação de Jesualdo Ferreira com o FC Porto. Esta situação é habitual no Dragão mas, curiosamente, costuma acontecer após algum mau resultado.

Os "azuis e brancos" lideram o campeonato e ainda lutam na Liga dos Campeões. Tudo está em aberto e as contas fazem-se no fim.

Nota final para um incompreendido em terras lusas que continua em destaque lá fora: Manuel José ganhou mais uma Liga dos Campeões africanos, a terceira pelo Al-Alhy.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Tudo em aberto

O Benfica "devolveu" o resultado ao Celtic de Glasgow e reentrou na corrida pela passagem à próxima fase da Liga dos Campeões.

Os "encarnados" fizeram um bom jogo, mas também convém não esquecer que a equipa teve a sorte do jogo com dois golos "oferecidos".

Fernando Santos começa a fazer valer as suas ideias e o regresso do "4-4-2 losango" parece estar a dar frutos: 4-1 ao Aves, 4-0 à União Leiria, 3-1 ao Estrela da Amadora, 3-0 ao Celtic e 3-0 ao Beira-Mar.

Claro que, apesar da melhoria evidente, nem tudo corre como devia e não podemos esquecer as derrotas na Escócia e no Dragão e as lacunas do plantel que lá continuam.

Falta perceber se esta paragem estúpida de Liga e o "caso Veiga" (de que falaremos mais à frente) não vão perturbar a equipa.

Também curioso vai ser ver como se arruma o losango de meio campo quando estiverem no mesmo "11" Simão e Rui Costa.

A semana europeia

Dificil era pedir melhor depois de três vitórias e um empate fora. Foi uma óptima jornada para compensar a anterior que tinha sido bem fraquinha.

Apesar destes bons resultados, as contas continuam complicadas para os três grandes na Champions. Já o Braga tem tudo em aberto mas dois jogos difíceis pela frente.

PS: Peço desculpa pelo interregno. A coisa não tem estado fácil. Vou tentar recuperar o atraso em breve.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Tudo ou nada

O Benfica joga, esta noite, frente ao Celtic de Glasgow para a quarta jornada da Liga dos Campeões e só tem uma hipótese: ganhar.

Depois de uma primeira volta abaixo do esperado, com duas derrotas e um empate, os "encarnados" têm mesmo que vencer os próximos dois jogos da Champions se ainda querem ter hipóteses de seguir em frente.

É simples: ou ganha ou vai ao ar... E o que é preciso? Concentração defensiva, trabalho colectivo e força de vontade no ataque, mesmo que o golo não apareça logo.

Aqui fica a minha aposta:

QUIM
NÉLSON, LUISÃO, ANDERSON e LÉO
PETIT, KATSOURANIS, NUNO ASSIS e SIMÃO
NUNO GOMES e MICCOLI

segunda-feira, outubro 30, 2006

A estrelinha do campeão

O FC Porto venceu o Benfica por 3-2, com um golo já dentro do tempo de descontos e outro "às três tabelas", numa partida que, bem vistas as coisas, podia ter caído para qualquer um dos lados.

É que, se é indismentível que os "dragões" entraram melhor e fizeram dois golos na primeira meia hora, também é verdade que os "encarnados" tiveram, só na primeira parte, três claras ocasiões de golo (Leo, Fonseca e Paulo Jorge).

Então na segunda parte, o domínio foi quase sempre da equipa da Luz que chegou ao empate e podia até ter virado a partida por completo.

A equipa

Não posso, em consciência, criticar o "11" apresentado por Fernando Santos já que, como podem ver no post anterior, jogou a equipa que sugeri.

O que, sinceramente, não entendo é o que se passa com a defesa. Parece que desaprenderam de uma época para a outra, apesar de serem os mesmos, ainda reforçados com Miguelito e Katsouranis, defensivamente mais forte que Manuel Fernandes.

O que, realmente, já não me surpreende é a incapacidade da equipa em manter o nível exibicional durante os 90 minutos. Aqueles primeiros 30 minutos deitaram tudo a perder e destruiram o grande trabalho que os jogadores fizeram na hora seguinte.

Outro aspecto para o qual já tinha chamado a atenção voltou a repetir-se: mais um golo sofrido no tempo de descontos.

No Benfica destaque para Simão, Katsouranis e Nuno Assis. No FC Porto nota maior para Helton, Pepe e Quaresma.

Outras notas

Lamentável o comunicado do FC Porto sobre a lesão de Anderson, mas, já agora, só uma interrogação: o que esteve o miúdo a fazer em campo durante vários minutos se tinha o perónio fracturado?

O treinador do Benfica mantém aquele discurso que não ajuda nada na altura das derrotas. O tempo das vitórias morais já passou.

sábado, outubro 28, 2006

4-4-2; 4-2-3-1; 4-3-3

Os treinadores têm o hábito de dizer - para tirar pressão aos jogadores - que todos os jogos são iguais, que o próximo é o mais difícil e que valem apenas três pontos. Eu não concordo nada com isso e o jogo desta noite é disso exemplo.

Hoje há um FC Porto - Benfica. Esta é uma daquelas partidas que vale mais que três pontos e são vários os motivos: pelos pontos que uma equipa ganha, pelos que a outra deixa de ganhar, até pelo resultado do outro candidato e, claro, por tudo o que foi dito pelos dirigentes que, sendo absolutamente dispensável, marca os jogadores.

Por outro lado, há ainda o resultado da época passada: uns vão querer vingar-se e outros tentar repetir a "graça".

Posto isto, o que vai passar-se em campo?

FC Porto

Nos "dragões" parece não haver dúvidas quanto ao "11" a apresentar por Jesualdo Ferreira que deve jogar no habitual 4-3-3. Fucile está dono e senhor da lateral direita e regressa o prodígio Anderson.

HELTON
FUCILE, PEPE, BRUNO ALVES e CECH
RAUL MEIRELES, LUCHO e ANDERSON
QUARESMA, HÉLDER POSTIGA e LISANDRO

A equipa "azul e branca" tem um plantel equilibrado, com muitas opções em que o ponto com menos alternativas é a defesa, também muito por culpa da lesão de Pedro Emanuel e da falta de ritmo de João Paulo que só agora regressa.

Os portistas têm ainda uma outra vantagem, que até parece estranha face ao que aconteceu com Adriaanse, mas que é real: o sistema de jogo está mais solidificado. Ninguém tem dúvidas que a equipa começa os jogos em 4-3-3.

Benfica

Os "encarnados" estão numa fase mais atrasada no que diz respeito aos chamados "automatismos de jogo": culpa de treinador (que estava e está ainda indeciso), "culpa" de Simão (cuja novela do sai-não-sai teve implicações na estrutura do plantel) e culpa das lesões que têm vindo a impedir o técnico de utilizar jogadores fundamentais.

Já aqui escrevi várias vezes: o Benfica tem um bom plantel, com opções, se estiverem todos disponíveis e as lacunas minimizam-se ou agudizam-se consoante a táctica a utilizar.

Só para o jogo de hoje Fernando Santos não tem Karagounis, Rui Costa e Miccoli, isto para além de Paulo Jorge que vem de lesão e não se sabe como estará. Só aqui estão quatro potenciais titulares, sendo que dois jogariam de certeza, fosse qual fosse a táctica.

Para fazer um "11" provável do Benfica não há muitas dúvidas mas as que há condicionam a estratégia.

Ao que parece Fernando Santos começou a semana a testar um 4-4-2 "losango" (com Fonseca no lugar de Miccoli) e terminou com um 4-2-3-1 (com Paulo Jorge numa ala e Simão na outra). Qualquer das tácticas pode, obviamente, ser utilizada com vantagens e inconvenientes.

O "losango" pode dar vantagem (porque são 4 contra 3 no meio), mas deixa as faixas a descoberto na defesa (Fucile e Cech com campo aberto à frente) e, por outro lado, o ataque fica sem municiadores porque os laterais estão presos pelos extremos do FC Porto.

O "4-2-3-1" tem vantagem porque é a táctica mais habitual, porque cobre os extremos adversários, porque equilibra no meio campo, mas deixa o avançado muito sozinho e "dá" os alas aos defesas.

Assim, olhando para os convocados da equipa da Luz e face às ausências já citadas e ao 4-3-3 adversário, eu começaria com um 4-4-2 clássico (com alas) mas com Nuno Gomes nas costas de Fonseca a fazer de "9 e meio".

Aqui vai a minha aposta:

QUIM
NÉLSON, LUISÃO, RICARDO ROCHA e LÉO
PAULO JORGE, PETIT, KATSOURANIS e SIMÃO
NUNO GOMES e FONSECA

Claro que esta equipa também tem riscos: Petit não está em forma e habitualmente atrapalha-se com Karagounis quando os dois estão lado a lado, Paulo Jorge vem de lesão e estará, no mínimo sem ritmo, não há "pensador" de jogo, Fonseca é uma incógnita e, claro, Simão não costuma aparecer nos grandes jogos.

Neste "11" de sete portugueses podem ainda entrar, eventualmente, dois brasileiros (Alcides e Anderson nos lugares de Nélson e Rocha) ou, porque não, jogar Nuno Assis, ao lado de um dos trincos.


Resumindo, por jogar em casa, por ter Anderson, por ter uma táctica estabilizada, por estar na frente, o FC Porto é ligeiramente favorito.

Têm a palavra os jogadores e os treinadores.

terça-feira, outubro 24, 2006

O "bom filho..."

Num ano, o Boavista vai já no quinto técnico principal de futebol e a única coerência neste processo é que foram todos contratados por João Loureiro.

Carlos Brito, Jesualdo Ferreira, Pedro Barny, Petrovic e Jaime Pacheco foram os "homens do leme" escolhidos para comandar a nau "axadrezada".

A pergunta que qualquer pessoa coloca nesta altura é: "Claro que estes técnicos têm todos o mesmo sistema de jogo e a mesma forma de ver o futebol. Certo?"

Errado.

Antes de mais duas notas: Jesualdo deixou o Boavista "descalço" já que formou o plantel (nesse aspecto bem, com jogadores interessantes), mas depois abandonando-o em cima da meta; a Petrovic não foi dado tempo, parecia um bom treinador, com ideias frescas e sem medo de pegar no jogo.

Vamos, agora, pegar nos casos de Carlos Brito e Jaime Pacheco (que abriu e fechou esta sequência no Bessa).

Um gosta de futebol à "antiga portuguesa", de passe curto, técnica apurada, não excessivamente fechado, jogar e deixar jogar. Outro é defensor insessante do "pressing", do trabalho defensivo, antes de jogar, não deixar o adversário jogar.

Tiago, Paulo Sousa, Ricardo Silva, Mário Silva são jogadores que devem estar muito felizes com esta escolha, como no Guimarães, Moreno, Flávio Meireles e companhia gostavam muito de Pacheco.

É certo que Jaime Pacheco já ganhou até um campeonato, mas o seu estilo (excessivamente) guerreiro não é bonito e pode mesmo ser considerado "anti-jogo".

Pacheco está de regresso ao Bessa, vamos ver se repete os bons resultados numa casa comandada por um filho que tem muito que aprender com o pai, especialmente no que diz respeito à gestão de uma equipa de futebol. No resto... nem vale a pena falar.

Aquele abandono do camarote, antes do final do jogo com o Nacional, não fica nada bem no curriculo de João Loureiro.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Empate

O clássico de Alvalade terminou empatado (0-0), num jogo que foi dominado pelo Sporting e que chegou a ter períodos de bom futebol.

Os "leões" falharam uma mão-cheia de boas ocasiões, com destaque para três grandes defesas de Helton e para um remate ao poste de Liedson. Já os "dragões" concretizaram na melhor chance que tiveram.

Os técnicos resumiram bem a partida: para Paulo Bento a exibição foi melhor que o resultado, para Jesualdo exactamente o contrário - sintomático.

O empate também foi bom para o Benfica que, assim, beneficiando de três jogos fáceis, se voltou a aproximar da frente da Liga.

Os "encarnados" cumpriram a obrigação mas não jogaram bem: podiam e deviam ter marcado mais golos, tal o caudal ofensivo, e, defensivamente, podiam e deviam ter estado mais atentos e concentrados.

Para a semana outro clássico: o Benfica vai ao "Dragão" e tem que jogar muito mais do que tem feito, se quiser sair de lá com algo mais que não uma derrota.

PS: Destaque para a forma maXISTRAl como Miccoli foi expulso com dois amarelos injustos.

domingo, outubro 22, 2006

Clássico

Aí está o primeiro jogo grande da temporada: o Sporting recebe o FC Porto, os dois líderes do campeonato.

Na teoria, os "leões" levam vantagem por três razões: jogam em casa, estão na máxima força e têm os processos (mais) assimilados.

Do lado dos "dragões" contam os aspectos psicológico e a tradição de vir ganhar jogos e campeonatos a Alvalade.

Deve ser um jogo interessante, com menos pressão por estarmos ainda no início da Liga e, talvez por isso, mais ofensivo, também por ser disputado por duas equipas que utilizam tácticas diferentes.

Destaque para a luta entre o sector defensivo dos portistas (o ponto fraco da equipa) com o ataque dos "leões" que tem estado alheado dos golos.

Sporting

Com todos os jogadores à disposição, Paulo Bento vai querer vingar a derrota da época passada, que lhe custou o título nacional.

O "4-4-2 losango" deve manter-se e eu aposto na manutenção de Tello à esquerda e na entrada de Paredes e Yannick no "11":

RICARDO
CANEIRA, TONEL, POLGA e TELLO
PAREDES, JOÃO MOUTINHO, CARLOS MARTINS e NANI
LIEDSON e YANNICK

FC Porto

Sem a estrela maior (Anderson) e sem o capitão Pedro Emanuel para estabilizar a defesa, Jesualdo Ferreira deve ter pena que João Paulo esteja sem ritmo e ainda mais pena por Adriaanse ter dispensado Diego.

O treinador garante que vai manter o "4-3-3" falta saber se com Jorginho, o carrasco dos "leões" ou Paulo Assunção.

HELTON
FUCILE, PEPE, BRUNO ALVES e CECH
PAULO ASSUNÇÃO, RAUL MEIRELES e LUCHO
QUARESMA, HÉLDER POSTIGA e LISANDRO

O Benfica está à espreita neste jogo e, ganhando ao Estrela como é sua obrigação, deve estar a pedir um empate entre os seus maiores adversários.

sábado, outubro 21, 2006

Chumbo europeu

Esta foi mais uma semana europeia para esquecer das equipas portuguesas que ainda estão na UEFA.

Três derrotas em quatro jogos... a este ritmo Portugal vai mesmo perder o terceiro posto na Champions.

Nestas partidas destaque apenas para o resultado do jogo do FC Porto (ampliado por um árbitro amigo) e para a exibição do Sporting durante uma hora do jogo frente ao Bayern (45 minutos dos quais em vantagem numérica).

Daqui a 15 dias há mais.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Descalabro

O Benfica perdeu 3-0 diante do Celtic e, agora, só um milagre qualifica a equipa para a fase seguinte da Champions League.

Não sei se foi do whisky, o certo é que, depois de uma primeira parte em que não acertaram com a baliza, no segundo tempo, os jogadores do Benfica perderam a cabeça depois de terem sofrido o primeiro golo.

Mais do que a táctica, o principal problema de ontem na Escócia teve a ver com o aspecto mental dos jogadores que não conseguiram reagir à adversidade e, pior do que isso, se desorganizaram completamente, aliás, como já tinha acontecido noutros jogos.

A culpa, aqui, é, claramente, do técnico que não consegue incutir nos jogadores espírito de conquista, concentração e motivação para virar um jogo.

É certo que a equipa parece um pouco melhor do que estava no princípio de temporada (mal fora se assim não fosse) mas, enquanto Fernando Santos não resolver este "problema mental" do plantel, o Benfica não vai longe.

Há ainda outro aspecto que gostaria de realçar: um treinador deveria saber aproveitar o que de bom deixou o seu antecessor no cargo. Apesar de todos os defeitos, Koeman conseguiu potenciar as capacidades defensivas do plantel. Lamentavelmente, isso parece ter sido perdido esta época, apesar dos jogadores serem os mesmos.

A equipa da Luz tem que poder e saber pegar no jogo (e não só na Luz) e isso faz-se com duas coisas: bons jogadores e um técnico ambicioso e sabedor.

Apesar das lacunas conhecidas, bons jogadores o Benfica tem...

terça-feira, outubro 17, 2006

Tripla

Depois de um empate fora e de uma derrota em casa, esta partida em terras escocesas da Liga dos Campeões é, para o Benfica, absolutamente decisiva. É, no entanto, um jogo de "prognóstico reservado".

Os "encarnados" conseguiram duas vitórias internas e parecem ter recuperado a motivação e o entrosamento. No entanto, convém não embandeirar em arco.

Os "católicos escoceses" nada têm a ver com Desportivo das Aves e União de Leiria, lideram o campeonato local e têm jogadores bem interessantes.

A derrota é o fim da linha para o Benfica na Champions.

A equipa

O Benfica tem, esta noite, diante do Celtic, que se transfigura jogando em casa, uma espécie de dilema: jogar para ganhar sem poder perder.

Sem Rui Costa, Karagounis e Paulo Jorge, Fernando Santos deve apostar na mesma táctica que deu os últimos triunfos (4-4-2 losango), sendo este "moldável" para um 4-3-3.

Alcides deve jogar no lugar de Nélson para dar mais consistência e altura à defesa. De resto, parece que não vai haver mais alterações, apesar de eu ter algumas dúvidas.

QUIM
ALCIDES, LUISÃO, RICARDO ROCHA e LÉO
PETIT, KATSOURANIS, NUNO ASSIS e SIMÃO
NUNO GOMES e MICCOLI

Confesso que, jogando o Celtic num 4-4-2 clássico com dois extremos e dois pontas-de-lança fortes, talvez não fosse mau não discorar as alas. Assim sendo, talvez não fosse má ideia colocar Nélson na frente de Alcides para tentar secar o "chuveirinho" e permitir ao brasileiro fechar ao centro.

Nakamura e Hesselink são os "alvos a abater".

Vamos ver se o Benfica recupera a consistência defensiva e, ao mesmo tempo, se consegue esticar e lançar contra-ataques.

FC Porto

Os "dragões" têm também um jogo decisivo e estão obrigados a ganhar jogando em casa com o adversário mais frágil do grupo.

Anderson tem encantado, Postiga parece recuperado e só falta Lucho. Vamos ver como se porta a defesa.

Sporting

Os "leões" jogam amanhã com o Bayern e, se ganharem, praticamente garantem a qualificação. Um empate é um bom resultado e, mesmo a derrota, não fecha portas.

domingo, outubro 15, 2006

Chapa 4

Depois de tanto ter dito mal do técnico, após alguns resultados e exibições catastróficas, cá estou para, desta vez, dar os parabéns ao Benfica pela exibição em Leiria.

Foi a melhor exibição "encarnada" desta temporada, curiosamente na táctica que tinha ficado adiada desde a pré-época (4-4-2 losango).

Pode ter sido coincidência (só o tempo dirá), mas o certo é que a equipa da Luz teve bons períodos, grandes golos, segurança defensiva, concentração e até uma melhor condição física. Já agora, foi o segundo jogo consecutivo a marcar 4...

Se se recordam, a 6 de Agosto, analisando o plantel e as tácticas, escrevi que o Benfica deveria continuar a apostar no "4-4-2 losango". Claro que, nessa altura, ainda estava ao alto a "novela Simão", que ao contrário do que se esperava acabou por ficar, e ainda tinhamos visto pouco de Katsouranis e Paulo Jorge, por exemplo.

Fernando Santos disse, esta noite, depois do jogo em Leiria, que a equipa nunca tinha deixado de treinar os dois sistemas (4-2-3-1 e o "losango"). Ora, isso parece-me a atitude correcta.

Tem que se dizer com frontalidade: o Benfica, se conseguir ter todo o plantel à disposição, consegue fazer uma boa equipa, com um bom banco, apesar de algumas limitações conhecidas.

É necessário continuar a trabalhar (os dois sistemas), encontrar forma de diminuir as lesões, camuflar as lacunas da equipa (que continuam visíveis) e, depois, ter a sorte dos jogos para continuar a ganhar - e isso é verdadeiramente o que interessa.

Se o Benfica conseguir estabilizar emocionalmente, continuar a ganhar jogos e chegar à reabertura do mercado a lutar pelo título, a contratação de dois/três jogadores (um "8" e um extremo polivalente, pelo menos) em Janeiro pode dar à equipa o equilíbrio que lhe falta.

Selecções

O milagre dos sub-21, na partida frente à Rússia, merece especial destaque numa jornada dupla que terminou com uma exibição miserável dos "AA".

José Couceiro tinha pedido compreensão e que só se criticasse as "esperanças" depois do jogo da segunda mão. Ganhou a aposta, num jogo em que tudo correu bem: primeiro golo cedo, expulsão de um adversário e um auto-golo.

Apesar de, desta vez, merecer (justamente) os parabéns, e de ter razões de queixa por não ter tido treinos com os jogadores, Couceiro não pode esquecer os erros que foram cometidos no jogo da primeira mão.

Não passou de Besta a Bestial por causa de um jogo em que a estrelinha, claramente o acompanhou.

Esperemos que, agora, possa preparar a equipa com tempo para que, para o ano, na Holanda, possa limpar a imagem do último Europeu.

"AA"

O Polónia - Portugal tem pouco que se lhe diga: vitória claríssima dos polacos, que peca por escassa, tal foi o domínio.

Luiz Felipe Scolari jogou para empatar e, como quase sempre acontece nestas situações, perdeu.

A selecção entrou adormecida, amorfa, sem garra e antes da meia-hora perdia por 2-0 e já tinha levado uma bola aos postes.

Da primeira primeira parte nada se viu da equipa das "quinas" e, mesmo na segunda, foram poucas as melhorias.

Mais uma vez, jogaram os "amigos de Scolari", independentemente da forma e das opções: Costinha e Nuno Valente são, apenas, os dois casos mais evidentes, mas outros jogadores mereciam fortes reprimendas (por exemplo, incríveis os erros de Ricardo Rocha e Miguel nos golos polacos).

Continuo sem perceber porque Nani esteve tanto tempo no banco, continuo sem entender porque Tonel, Quaresma e, especialmente, João Moutinho não são convocados, não compreendo como vamos para um jogo sem suplente para Nuno Gomes...

Foi a primeira derrota nos últimos oito anos numa fase de qualificação... espero que não tenhamos que voltar a usar a máquina de calcular.

PS: peço desculpa pelo interregno. Muito trabalho tem impedido uma disponibilidade efectiva para os blogs.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Médicos há muitos

"Temos o melhor departamento médico de Portugal" - esta é a extraordinária frase que marca a manhã do Benfica.

O que é mais fantástico é que não foi o presidente do clube que a proferiu, como seria normal nele. Foi Paulo Jorge, chegado há poucos meses à Luz, que comentou assim o agravamento da lesão de Rui Costa e o caso adjacente.

Eu percebo que o extremo, ex-Boavista, não podia criticar o seu clube, podia era ter moderado o seu entusiasmo.

Ao longo dos anos, com este departamento médico e esta equipa técnica e as anteriores, têm sido vários os casos, alguns de grande gravidade, muitos mal explicados.

Aproveito a ocasião para citar apenas dois casos: Mantorras (o mais grave) e Rui Costa (o mais recente).

Mantorras

O jovem angolano andou a jogar uma época inteira lesionado, com dores, em sacrifício... sabe-se agora agravando a lesão com os médicos a brincar com um caso sério. Foram duas operações que correram mal e, por fim, uma experiência com um médico espanhol, já depois da rótula ter desaparecido.

Convém recordar que o Benfica tentou disfarçar o erro de duas maneiras: contrato renovado com o jogador, sempre acarinhado por Luís Filipe Vieira, e departamento médico remodelado, com o director anterior a ser substutuido.

Depois de dois anos de calvário, Mantorras voltou a jogar a espaços mas dificilmente passará testes médicos e jogue num outro clube que não os "encarnados".

Enquanto lá estiver Vieira, tudo bem... Se fosse outro jogador, até poderia ter havido queixas em tribunal.

Rui Costa

O "maestro" jogou lesionado diante do Aves e agravou a lesão para níveis que não estão explicados (desde três semanas até dois meses, já se ouviu de tudo).

O que não se percebe é que, tendo o jogador feito três exames de despistagem antes do jogo, não se tenha detectado a gravidade da lesão e tenha sido necessário mudar de analista para perceber uma ruptura de dois centímetros.

O Benfica vem culpar o centro de análise onde tem levado os seus atletas. Convém que perceba o que aconteceu e tome medidas para bem da sua credibilidade enquanto clube e da confiança dos jogadores.

terça-feira, outubro 03, 2006

E esta, hein?

Se o grande Fernando Pessa ainda fosse vivo esta seria, seguramente, mais uma "estória" que ele gostaria de contar.

Este está a ser um ano fértil em acontecimentos estranhos e, depois de golos com a mão, de golos marcados por apanha-bolas, de bolas que entram e não contam, de bolas que contam e não entram, há mais uma que nunca tinha visto.

E se um treinador se demitisse no intervalo de um jogo oficial? Impossível? Nada é impossível no mundo do futebol.

Sem mais atrasos, com licença do "Mais Futebol", aqui fica o caso insólito.

Tudo aconteceu na Suíça, se a moda pega...

segunda-feira, outubro 02, 2006

"Pôr toda a carne no assador" (*)

O Benfica venceu (goleou) o Desportivo das Aves por 4-1 em jogo da jornada 5 da Liga e pode ter iniciado a recuperação futebolística e anímica. Foi pelo menos isso que disse Nuno Gomes na "flash interview" da Sporttv.

Pela primeira vez esta época vi um Benfica atacante (mesmo sem ter feito muitos remates), pressionante e a trocar a bola em progressão entre os jogadores.

Claro que o adversário era fraquinho (a continuar assim, o Aves do professor Neca vai direitinho de volta para a Liga de Honra), mas o facto de Fernando Santos ter arriscado (dois avançados, dois alas, dois laterais ofensivos e apenas um médio defensivo) parece ter resultado neste jogo da Luz.

No entanto, percebeu-se perfeitamente que a equipa não está forte psicologicamente, deu duas baldas defensivas ao Aves e tremeu depois do "frango" do Quim.

Pela positiva, destaque especial para dois jogadores: Paulo Jorge (tem vindo a surpreender e a ser um dos melhores do Benfica) e Karagounis (belo jogo até como "trinco").

Curioso também o facto do técnico, após a saída de Simão, ter voltado a ensaiar a táctica de "4-4-2 losango".

Seja como seja, não vale a pena embandeirar em arco e passar do "8 para o 80", como é característico dos portugueses.

As grandes equipas fazem-se com resultados e exibições consistentes e vitórias consecutivas. De nada vale aos "encarnados" este triunfo se não continuarem a ganhar.

As lacunas do plantel continuam lá e as dúvidas em relação a Fernando Santos também, mas não deixa de ser positivo que o técnico tenha sabido alterar e arriscar. Pode ter sido só pela pressão dos lenços brancos, mas o certo é que a equipa jogou bom futebol em alguns períodos do jogo.

Alguns dados ficam deste jogo: pelo menos em casa, o Benfica não pode ter medo de atacar, deve jogar com laterais ofensivos, apenas um trinco e dois pontas de lança.

(*) Esta frase celebrizada por Quinito foi colocada em prática por Fernando Santos ao ver-se empatado com o Aves ao intervalo.

domingo, outubro 01, 2006

Péssima semana europeia

Seis jogos, dois empates, quatro derrotas e, portanto, zero vitórias - a este ritmo vamos rapidamente perder a terceira equipa na Champions.

Se a época terminasse agora, Portugal terminaria a época em 16º posto e perderia a actual posição no ranking da UEFA.

O melhor resultado da semana foi do Sporting que, apesar das dificuldades e dos sustos, empatou fora de casa.

O Vitória de Setúbal, já condenado à partida foi à Holanda sacar um empate, também no estrangeiro.

Benfica e FC Porto perderam os duelos luso britânicos, resultados normais, apesar de preocupantes exibições.

O Nacional tinha perdido na primeira mão pela diferença mínima, chegaram a sonhar, mas não aguentaram a pressão e sucumbiram no prolongamento.

Já o Sporting de Braga tremeu, mas não caiu. Depois de uma vitoria por 2-0 na primeira mão, os arsenalistas sofreram para conseguir chegar, pela primeira vez, à fase de grupos. O golo de Wender no prolongamento deu aos bracarenses uma derrota com sabor a vitória.

Esperemos que, na próxima ronda, reduzidos a quatro equipas, os resultados sejam bem melhores. Têm mesmo que ser...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Pés na terra

O Benfica perdeu com o Manchester United porque - simplesmente - os ingleses são superiores e porque "o Natal não é todos os dias" e ainda estamos longe de Dezembro.

Os "encarnados" fizeram o jogo possível e, enquanto tiveram força, conseguiram pressionar os "red devils", apesar de, na verdade, não terem criado oportunidades de golo. Lembro-me de um remate de Nuno Gomes no primeiro tempo, um falhanço de Mantorras no segundo e pouco mais.

A equipa parece estar a esforçar-se para melhorar, mas continua sem se ver grande coisa, especialmente em termos ofensivos, poucos remates, poucas oportunidades...

Em relação ao jogo de ontem duas notas: não percebi porque raio ficaram Fonseca e Miguelito fora dos convocados e, pior que isso, continuam os sinais de indisciplina no plantel.

É certo que os jogadores não têm que gostar quando são substituidos - e isso é positivo - o que não pode acontecer é que fiquem tão furiosos que não cumprimentem o técnico, que lhes estica o braço.

Os sócios começam a perder a paciência com o técnico Fernando Santos e já apareceram os lenços brancos.

Sabem os que me conhecem que não gosto do "engenheiro do penta", enquanto treinador, mas vou fazer todos os esforços para não passar os próximos posts a desancar no homem.

Vamos ver o que acontece.

terça-feira, setembro 26, 2006

Levantar ou cair?

Depois da noite mágica de Dezembro, o Benfica volta a receber, hoje, na Luz, o Manchester United para a Liga dos Campeões.

Vai ser um jogo ainda mais complicado que o da época passada e por várias razões: primeiro porque os ingleses estão mais fortes (mais equilibrados, essencialmente) e os "encarnados" não estão a "carborar". Por outro lado, há o sentimento de vingança que os "red devils" trazem.

Este vai também ser uma partida complicada para Fernando Santos: a equipa não vem de bons resultados, muito menos de boas exibições, mas, pior que isso, o seu antecessor venceu o Man United.

A pressão de sócios e adeptos pode tornar-se insuportável se o resultado não for positivo esta noite.

A equipa da Luz tem estado em crise, mas esta é outra competição e a motivação e a concentração são também diferentes e este é, claro, o jogo ideal para dar a volta por cima.

As equipas

O Benfica não tem "maestro" e deixou de fora Kikin Fonseca, já com o Manchester não vieram os lesionados Silvestre, Giggs e Park.

Há dúvidas nas equipas, especialmente nos ingleses que tanto podem jogar em "4-4-2" ou em "4-3-3".

MANCHESTER UNITED

Van der Sar
Gary Neville, Rio Ferdinand, Vidic, Heinze
Michael Carrick, Fletcher, Paul Scholes
Cristiano Ronaldo, Rooney, Saha

Na equipa portuguesa deve voltar o "4-2-3-1", com dois trincos clássicos, e Miccoli descaido para a direita.

Quim
Alcides, Luisão, Anderson, Léo
Petit, Katsouranis, Karagounis
Miccoli, Nuno Gomes e Simão

Dúvidas

  • Aguentará Miccoli os 90 minutos e a função defesa/ataque que terá fechando à direita?
  • Poderá Anderson voltar às grandes exibições e não fazer lembrar Ricardo Rocha?
  • Os dois "trincos" vão dar consistência defensiva e, ao mesmo tempo, permitir fluidez ofensiva?
  • Karagounis pode fazer de Rui Costa?
  • Vamos ter Simão dos grandes jogos?

domingo, setembro 24, 2006

10 minutos

O Benfica perdeu dois pontos em Pacos de Ferreira com um golo sofrido já dentro dos descontos.

Podia ser apenas coincidência, mas não é. Pelo menos é isso que tenta provar o jornal "A Bola" na sua edição de hoje.

Recorda o desportivo, que as equipas de Fernando Santos têm, habitualmente, uns 10 minutos finais bem difíceis: já aconteceu no Sporting e no FC Porto anteriormente.

"Na temporada 98/99, a primeira ao serviço do FC Porto, não se registou qualquer ponto perdido pelos "dragões" nos instantes finais dos jogos e no final sagraram-se campeões. Em 99/2000 foram sete os pontos perdidos nos últimos dez minutos de quatro jogos: o FC Porto terminou em segundo lugar, a quatro pontos do Sporting. Em 2000/01, quatro pontos perdidos nas referidas circunstâncias e o título para o Boavista... por um ponto. Já no Sporting (2003/04), a situação repetiu-se mais vezes — a última das quais com o golaço de Geovanni em Alvalade (0-1). Os leões perderam oito pontos nos últimos minutos em cinco jogos, viram fugir o título para o FC Porto (com mais nove pontos do que a equipa de Alvalade) e também o segundo lugar: ficaram a um ponto do Benfica. Já em 2000/01 o técnico viu o seu FC Porto perder na Mata Real, no último minuto, com um golo de Leonardo".

in "A Bola"

Claro que também terá havido jogos em que aconteceu o contrário, mas não deixa de ser elucidativo que em jogos decisivos, com títulos em discussão, as equipas de Fernando Santos tenham tremido.

Para mim é claro: é uma questão de feitio do técnico que demonstra mais medo de perder que vontade de ganhar.

Esta época já tivemos um exemplo "claro como água": o jogo da primeira jornada da Champions frente ao Copenhaga. Foi vergonhosa a exibição e escandalosa a forma como a equipa andou a passar tempo.

sexta-feira, setembro 22, 2006

L. F. Vieira recandidato

Luís Filipe Vieira confirmou ontem na RTP o que se esperava: é candidato, novamente, à presidência do Benfica.

Antes do mais, gostaria de dizer que seria bom que houvesse concorrência e que Vieira não chegasse sozinho às eleições de Outubro.

Positivo

O certo é que, fazendo uma análise dos últimos três anos, o Benfica melhorou muito e conseguiu vários triunfos.

Primeiro com a recuperação da credibilidade financeira (deixaram de aparecer os credores à porta e foram sendo resolvidos casos do passado), com o reforço de sócios, e - claro - o regresso às vitórias (no futebol, mas também de algumas amadoras que deixaram de estar moribundas).

Fundamentais também as "aquisições": novo estádio e centro de estágio (o que vai permitir "recuperar" as camadas jovens) e, até, a criação da Fundação para ajudar antigos dirigentes e atletas.

As constantes ideias para "fazer dinheiro" (algumas seguidas pela concorrência) devem ser continuadas e reforçadas.

Não estando o projecto concluído, obviamente, que Luís Filipe Vieira vai tentar mais três anos, para, segundo diz, voltar a colocar o Benfica como um "colosso" europeu.

Negativo

Claro que nem tudo são rosas e há pontos que era importante alterar.

Mudar e moderar o discurso, deixar a estratégia constante da vitimização e da cabala.

Continuar a apostar na moderação de contratações (poucos mas bons) e de vendas (poucas mas boas).

Dar força às modalidades de alta competição ou acabar com elas (onde estiver o Benfica deve estar para ganhar).

Seria importante contratar um coordenador técnico para as camadas jovens e encontrar um director desportivo (que não ex-empresário).

Por tudo isto, não tenho dúvidas: eu votaria em L. F. Vieira, se pudesse.

Não vou é na cantiga do Messias, do D. Sebastião, do Insubstituível, do Mártir - ninguém tem esse estatuto.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Telhados de vidro

É certo que o Sporting foi prejudicado na partida frente ao Paços de Ferreira. Ninguém tem dúvidas disso, mas é necessário ser coerente.

Do alto da sua "moral" e do seu pedestal de ser superior , o presidente dos "leões" veio sugerir que a equipa da Capital do Móvel sugerisse a repetição do jogo por ter ganho com um golo claramente irregular.

Filipe Soares Franco veio lembrar dois casos da Premier League para justificar esta sua teoria.

O líder sportinguista é capaz de ter razão... este seria o mundo fantástico, mas não é isso que acontece, nem com o Sporting.

Já nem vou falar do jogo da passada semana frente ao Nacional, mas sim de um jogo e de um lance igualmente escandaloso, da mesma magnitude do da mão de Ronny:

Quem não se lembra do Sporting - U.Leiria da época passada em que a equipa do Lis marcou um golo que não foi validado, apesar da bola ter entrado mais de um metro na baliza de Ricardo.

O Sporting pediu a repetição do jogo?

terça-feira, setembro 19, 2006

Elucidativo...

O director desportivo do Barcelona falou ontem sobre jogadores a actuar em Portugal e que, eventualmente, podem vir a interessar ao clube catalão.

Txiki Beguiristain reconhece que o "Barça" está a seguir o jovem Anderson, mas garante que o prodígio brasileiro não é uma prioridade, pelo menos para já.

O dirigente acrescenta também que Lucho, Pepe e Ibson são outros jogadores "debaixo de olho".

Por outro lado, Beguiristain adianta ainda que também o Sporting tem atletas interessantes. Neste caso não foram avançados nomes, mas não é dificil adivinhar que estão a pensar, obviamente, em Nani e João Moutinho.

Ora, o que ressalta destas declarações do ex-jogador "blau-grana"? Não há jogadores do Benfica.

Dá que pensar.

Manuel Fernandes vs Katsouranis (*)

Da época passada, uma das novidades que se nota no “11” do Benfica é a “troca” de Manuel Fernandes por Katsouranis.

Há diferenças entre os dois jogadores, a principal é que o português é um “8” e o internacional helénico um “6”.

Antes de continuar, gostaria de reafirmar que sempre entendi que o Benfica necessitava de um jogador como Katsouranis (médio defensivo, forte fisicamente, tacticamente disciplinado e tecnicamente evoluido), bem diferente de Beto e que poderia dar uma ajuda efectiva à equipa.

Já sobre Manuel Fernandes, há pouco a dizer: grande jogador, enorme margem de progressão, cultura táctica, só precisa de ter sorte com as lesões... e, depois, é das escolas e isso no Benfica é notícia.

O caso

O grego, jogador fetiche de Fernando Santos, foi-nos “vendido” como sendo um jogador polivalente que faria várias posições no meio-campo.

Esta “facilidade” levou o treinador a tentar, primeiro, um “4-4-2 losango” (com “Katso” a alternar com Petit entre o vértice inferior e o vértice direito, sem sucesso) e, depois, o “4-2-3-1” (com os dois jogadores a coincidirem nos mesmos espaços à frente da defesa).

Até agora, em qualquer destas tácticas, tem dado a ideia (também por culpa dos outros jogadores) que Petit e Katsouranis se atropelam e atrapalham. Nos jogos já realizados a coexistência em campo não tem dado nem velocidade nem fulgor ofensivo à equipa e, pior do que isso, também não tem dado consistência defensiva.

Na última partida da Liga, frente ao Nacional, os “encarnados”, sem Petit castigado, alteraram novamente a estratégia e jogaram em 4-3-3, com Katsouranis sozinho como “trinco” e Karagounis a jogar a “8”, na posição que era, na época passada de Manuel Fernandes.

E é aqui que entra a questão: deverá o Benfica jogar com dois “trincos” ou, pelo contrário, jogar com um “6” e um “box to box” como Tiago ou Manuel Fernandes?

O veredicto

Claro que para responder a esta questão será necessário ter atenção a outras variáveis: os automatismos que a equipa vá ganhando (com ou sem dois trincos), o adversário (é obviamente diferente jogar com um Manchester United ou um Nacional da Madeira) e os colegas de equipa (é diferente jogar com ou sem Rui Costa, por exemplo).

Em minha opinião, deve a equipa da Luz, na maior parte dos jogos da Liga, apostar em apenas um médio defensivo e depois um outro que possa defender e atacar com quase a mesma eficácia, nas costas do médio ofensivo.

Sendo assim, pegando nos últimos jogos, e sem fulanizar, parece-me favorável que, pelo menos nos próximos tempos para o campeonato nacional, o Benfica jogue na táctica de 4-3-3.

(*) Talvez se tivesse evitado esta questão se não tivesse havido as novelas Manuel Fernandes e Simão e o plantel tivesse sido construído como deveria ter sido (com uma táctica bem definida e dois jogadores por posição).

Irradiação, já! (isto é que era interesse público) (*)

O texto que eu gostaria de ter escrito sobre o que se tem passado no futebol português.

Sem mais comentários:

Este campeonato vai ser um despautério. Tudo porque a justiça desportiva não funciona e se recusa a castigar com a pena óbvia da irradiação os múltiplos artistas do sistema, com os seus nomes de código e os seus métodos de falsários
Algumas pessoas têm uma tolerância surpreendente para este tipo de situações. Eu nunca tive. Há 20 anos, ou talvez mais, dois jogos decisivos da derradeira jornada de uma série qualquer dos campeonatos distritais de futebol terminaram com resultados impensáveis. Qualquer coisa como 18-6, um, e 21-7, o outro.
Na altura eu era jornalista de A BOLA. Todos os domingos recebia as chamadas telefónicas dos correspondentes locais e tomava nota dos jogos e das classificações. O despropósito dos números dos golos daqueles dois jogos motivou-me a querer saber porquê e como e quem.
A curiosidade profissional foi rapidamente satisfeita. Os dois clubes supergoleadores de terras vizinhas disputavam entre si a subida de escalão e estavam igualados em pontos a uma jornada do fim. A temporada iria resolver-se pela diferença de golos. E até nesse pormenor as duas equipas rivais tinham um score idêntico.
E todos tiveram a mesma ideia. Os guarda-redes das equipas adversárias foram amaciados, os árbitros foram sensibilizados, alguns jogadores das equipas pretendentes à subida rubricaram exibições não menos estranhas e marcaram golos na própria baliza. Os dois resultados avolumaram-se até ao ponto da demência. E porquê? Porque cada equipa tinha um espião no campo do adversário. A missão do espião era correr para o telefone do café mais próximo sempre que houvesse um golo e informar os da sua cor da marcha do marcador.
Nunca dois espiões correram tanto e telefonaram tanto. E, assim, dentro das quatro linhas os jogadores iam sabendo como paravam as modas e os golos que tinham de deixar entrar, uns, e que tinham de marcar, outros.
A história tinha pinceladas neo-realistas. Cheguei a falar com algumas testemunhas dos acontecimentos e houve uma (torcia pelo clube que acabou por ficar em segundo lugar e não subir) que me garantiu ter a GNR ajudado o clube adversário ao disponibilizar ao espião os meios sofisticados de comunicação telefónica da sua carrinha destacada para manter a segurança pública do espectáculo.
Recolhida esta primeira dose de informação dirigi-me ao mítico chefe de redacção de A BOLA, Vítor Santos, e, contando o que já sabia, pedi autorização para me deslocar até às duas localidades em questão para fazer uma reportagem.
— Para fazer o quê? — perguntou o meu chefe.
— Uma reportagem. Falar com os dirigentes, com os jogadores, com os espectadores…
— Pois, pois…
— Ia eu e um fotógrafo. É uma grande história, chefe! — insisti num entusiasmo pueril.
Mas não tive sorte nenhuma.
— Sabes, rapariga, eu acho melhor não tocar nisso — disse-me o Vítor Santos. Olhou-me nos olhos, inclinou-se para trás na sua cadeira de chefe e cruzou as mãos em cima da barriga.
— Não tocar nisso?
— Nem ao de leve. Essas coisas existem, sempre hão-de existir mas torná-las públicas faz mal ao futebol e nós, jornalistas, não podemos fazer mal ao futebol.
O meu respeito por Vítor Santos leva-me a querer acreditar que se hoje fosse vivo teria mudado de opinião. No entanto, eu não mudei.
O que faz mal ao futebol é a impunidade.
Se o dirigente dos quinhentinhos tivesse sido irradiado no momento em que a opinião pública e a justiça desportiva tiveram conhecimento do seu método de aliciamento o futebol agradecia.
E talvez o futebol não estivesse neste actual patamar de lodo.
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de clubes têm órgãos de justiça e de disciplina. Do que estão à espera para intervir, saneando o futebol da manipulação com cara e com nome?
O que mais será preciso para irradiar dirigentes, empresários, árbitros e outros figurões mais ou menos simpáticos?
A figura disciplinar da irradiação não existe na Lei de Bases do Sistema Desportivo?
Pode o Ministério Público arquivar tudo o que quiser. Mas quando o procurador escreve que «o modo de actuação» passa pela sugestão de nomes de árbitros, pelo conhecimento antecipado de nomes de árbitros, pela pressão directa ou indirecta sobre os mesmos árbitros e transcreve diálogos com frases como «o chefe da caixa», «bem roubadinho», «se quer umas viagens para o ano temos de atalhar caminho», «tu pediste, foi-te concedido», «é a malta que o pode fazer chegar onde ele quer», «queriam um penalty mas eu dei-lhe um amarelo», «dou-lhe uma beijoca», «ai se não fosse eu», «o senhor para mim é como um pai», «conceda-me essa graça», «trouxemos um carregamento que nem cabia na mala», «12 minutos que eu dei e nem assim», «o Serafim vai vacinado», «não pode fazer muito porque o jogo dá na televisão, percebe?», toda a gente percebe.
E porque temos nós, os que gostamos de futebol, de continuar a aturar estas pessoas todas nos seus postos de sempre, impunes, viciosas, trocando graçolas promíscuas com políticos em funções, em directo na televisão, ou recebendo honras de Estado em nome dos votos das «massas associativas»?
E não se pode irradiá-los?
O futebol, para continuar a ser o espectáculo que é, precisa de 11 jogadores de cada lado. Os jogadores existem, a bola também. Não deve ser muito difícil o nascer de uma nova geração de dirigentes e de árbitros. Estes que temos e que mandam e são mandados estão feitos há anos, há décadas. O fim de uns será o fim dos outros. Por isso, passado o susto inicial do apito dourado, continuarão a proteger-se porque uns são «uns pais» e outros «uns filhos» dependentes e respeitadores e «vacinados».
Este campeonato promete ser o mais transtornado de sempre, o mais polémico, o mais escandaloso. Adivinha-se um despautério no que diz respeito à arbitragem, aos lamentos, aos penalties e aos carregamentos de dúvidas que não cabem nas malas.
Tudo porque a justiça desportiva não funciona e se recusa a castigar com a pena óbvia da irradiação os múltiplos artistas do sistema, com os seus nomes de código e os seus métodos de falsários.
Têm medo de quê? De quem?
Porque é que não se pode irradiá-los? De preferência já!
Há pessoas com quem não se pode nem se deve tomar sequer um café. Muito menos falar de qualquer assunto que não seja uma troca trivial de cumprimentos ou duas frases sobre o tempo que faz. Os presidentes do Benfica e do Belenenses quando falam com o presidente da Liga sobre a nomeação de um árbitro para um jogo entre os seus dois emblemas estão a ser levados na brincadeira, por mais que achem que também eles têm uma pequena voz a fazer ouvir e que ambos podem escolher o «mal menor». O resultado é que acabaram por passar por esta vergonha.
É evidente que logo vieram, pressurosos, os serventuários do poder, tentar meter no mesmo saco viagens a Cancun, meninas de programa, promessas de favores e ameaças de despromoções com a inanidade dos diálogos Valentim-Vieira. Mas é por isto mesmo que não se deve atender o telefone a algumas pessoas.
O presidente ideal do meu Benfica manteria esta conversa meteórica com o presidente da Liga:
PRESIDENTE DA LIGA: Estou-lhe a ligar por causa do árbitro do jogo com o Belenenses.
PRESIDENTE IDEAL DO BENFICA: Mas o que é que o senhor tem a ver com isso? O Luís Guilherme está doente?
PRESIDENTE DA LIGA: Quer o Paixão? Ou o Lucílio? Talvez o Paulo Costa a apitar…
PRESIDENTE IDEAL DO BENFICA: A apitar só a sirene da polícia e já.
E logo descia o pano.
Os três jogos de suspensão aplicados a Petit são pena leve. Valerão para, assim que der jeito, vir o Benfica a ser acusado de favores do alto.

(*) Texto de Leonor Pinhão "Contra a Corrente", in A Bola

domingo, setembro 17, 2006

Outras bolas (6)

É mais uma incursão fora do "mundo do futebol", desta vez para dar os parabéns à selecção nacional de Basquetebol.

Pela primeira vez, a equipa das "quinas" conseguiu a qualificação para uma fase final de um Europeu (há 56 anos tinha sido por convite).

Portugal alcançou quatro vitórias em seis jogos, a última das quais frente a Israel (69-48), e beneficiou da vitória da Bósnia.

Parabéns a todo o grupo de trabalho. Lá os veremos em Espanha para o ano que vem.

Zero

Pela segunda vez desde que atribui classificações, a equipa da RR deu "nota 0" a uma equipa de arbitragem depois de uma partida da I Liga: foi no Sporting - Paços de Ferreira, arbitrado por João Ferreira.

Este senhor "árbitro" não viu o golo dos pacenses marcado com a mão, não viu um penalty cometido sobre Liedson e ainda falhou em faltas e foras de jogo.

A primeira vez em que o "zero" foi atribuído foi num célebre Benfica - FC Porto, apitado por Olegário Benquerença, em que o senhor "árbitro" não viu um golo limpo do Petit e duas grandes penalidades contra os "dragões".

O que têm em comum estes dois "senhores do apito"? São internacionais.

A questão que se coloca é: Como é possível? Como podem estes senhores "árbitros" chegar aos lugares mais altos da arbitragem?

Aí está mais um aspecto que os investigadores do "Apito Dourado" deveriam ter em conta.

Depois do que fez hoje, aliás, depois do que tem feito nos últimos tempos, João Ferreira podia e devia dedicar-se a outra actividade que não a arbitragem.

Já agora, quando é que o Luís Guilherme deixa de fazer as nomeações?

quinta-feira, setembro 14, 2006

Eurolândia

Terminou a primeira jornada das duas provas da UEFA e o balanço podia ser mais positivo: duas vitórias, dois empates, duas derrotas.

Nos triunfos, o Sporting venceu o Inter de Milão (1-0) e o Sporting de Braga derrotou o Chievo Verona (2-0), ambos em casa.

Os empates foram na Champions, do FC Porto em casa diante do CSKA, e do Benfica na Dinamarca frente ao Copenhaga.

Já as derrotas foram as do Vitória de Setúbal, frente ao Heerenveen (0-3), e do Nacional, diante do Rapid Bucareste (0-1).

Os jogos...

Os "leões" conseguiram a surpresa da jornada ao ganhar ao "todo o poderoso" Inter. A equipa de Alvalade conseguiu um bom jogo e um melhor resultado, com uma equipa jovem a quem (ainda por cima) faltavam jogadores (Paredes, Custódio, Carlos Martins).

O Inter terá menosprezado o adversário e pareceu contentar-se com o empate. Normalmente "quem joga para empatar...". Por outro lado, o golo de Caneira é daqueles que tão cedo não volta a acontecer.

O Braga também ganhou, fez um bom resultado, mas não deve contar com "o ovo no cu da galinha". Os arsenalistas têm que manter a cabeça fria, jogar concentrados e aguentar a pressão inicial dos italianos.

O FC Porto voltou a empatar com os russos na abertura de mais uma época na Liga dos Campeões. Pelo factor casa e pelo domínio do jogo, os "dragões" podiam e deviam ter ganho, mas Anderson não pode fazer tudo e falta quem marque golos.

O Nacional perdeu 1-0 na Roménia e ainda tem algumas hipóteses de virar o jogo, mas o adversário joga melhor fora e é perigoso no contra-ataque. Sonhar não paga imposto.

Do Setúbal há pouco a dizer: com a derrota em casa... está despachado. É muita "areia para esta camioneta".

Sem paninhos quentes...

Vamos ser directos: o Benfica fez uma exibição absolutamente lamentável - inacreditável mesmo - na Dinamarca, diante do Copenhaga, para a Liga dos Campeões.

Sem ponta de classe, de vontade, de brio profissional (nada, zero), os "encarnados" fizeram um jogo pior que qualquer equipa da Liga de Honra que vá ao estádio da Luz.

Nos primeiros 45 minutos nem um remate, nada, zero... na segunda lembro-me de dois, por acaso um até foi ao poste, o que seria o máximo da eficácia.

Como é possível o Benfica jogar tão pouco? jogar tão mal?

Continua a não haver força, fio de jogo, segurança defensiva, jogadas de envolvimento, remates, nada, zero.

Aquela segunda parte a passar tempo, a atrasar bolas, a recusar-se a atacar, é indigna do Benfica, é indigna de um clube centenário com milhões de adeptos e muitos títulos nacionais e internacionais, só no futebol.

Miserável o discurso do treinador a dizer que o empate foi bom, que a equipa teve receio e condicionamentos psicológicos pela derrota no Bessa, que podia ter sido mais ousada... Ora aí está, Fernando Santos a admitir a sua culpa.

Se o Benfica joga assim contra o Copenhaga, o que vai acontecer a seguir frente ao Manchester United?

Todo o grupo de trabalho devia vir pedir desculpa aos adeptos por esta vergonha. Foi mais uma machadada no prestígio do clube.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Prognósticos...

Depois da exibição miserável do Bessa, o Benfica estreia-se esta noite na Liga dos Campeões na Dinamarca frente ao Copenhaga.

Claro que são competições diferentes, claro que a motivação é diferente, claro que o adversário é diferente e, pelos vistos, até os jogadores vão ser diferentes. Ao que parece, Fernando Santos vai fazer cinco alterações no "11".

No entanto, face ao que se tem passado, o receio de um mau resultado mantém-se porque a equipa não tem estado nada bem, nem defensiva nem ofensivamente. Não se vê fio de jogo e até se perdeu a coesão defensiva.

Sinceramente, não tenho grandes dados para comentar estas alterações, essencialmente porque não sei como joga o Copenhaga e não conheço quase nenhum dos seus jogadores. Por outro lado, há dúvidas sobre a forma do "capitão".

Estes dinamarqueses são, em teoria, os adversários mais acessíveis do grupo, mas é bom não esquecer que eliminaram o Ajax na pré-eliminatória.

Seria bom para o Benfica entrar a vencer mas, tendo em conta o que se tem passado e lembrando que é um jogo fora, o fundamental é não perder.

A equipa

Fernando Santos vai, ao que parece, fazer cinco alterações em relação ao jogo frente ao Boavista.

Rui Costa lesionou-se e entra Nuno Assis
Alcides entra para o lugar de Nélson
Ricardo Rocha joga ao lado de Luisão
Paulo Jorge e Simão vão estar nas alas em vez de Manú e Miguelito

Face aos condicionalismos e lamentando a ausência de Karagounis (continuo a dizer que se está inscrito podia e devia ser opção), algumas alterações parecem-me bem, outras deixam-me dúvidas.

Por exemplo, a titularidade dos dois alas, por razões diferentes - obviamente-, deixa-me algo inquieto. Já a titularidade de Alcides, neste jogo fora, parece-me correcta.

Espero que o engenheiro consiga pegar no plantel e pô-lo a jogar futebol e a conseguir resultados, sob pena desta ser uma época bem complicada.

Como dizia o outro: "Prognósticos... só no fim do jogo" mas o cenário não é nada animador.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Mau de mais...

O Benfica entrou na nova Liga com uma semana de atraso, por culpa do "caso Mateus", e, depois do que foi visto no Bessa, fica a ideia de que precisa de adiar mais umas quantas partidas.

Olhando para a exibição dos "encarnados", pouco há a realçar de positivo quer em termos individuais quer de grupo.

A "novela Simão" é uma das grandes responsáveis por este atraso. A equipa começou a ser preparada no pressuposto de que o "20" ia deixar o clube e que, por isso, seria obrigatório mudar; a sua não saída, depois de avanços e recuos, levou a que o treinador voltasse a utilizar uma táctica onde pudesse utilizar em simultâneo o capitão e o "maestro" Rui Costa.

Ora, acontece que uma equipa de futebol, para funcionar, necessita de automatismos, automatismos estes que se ganham treinando e jogando juntos. Isso não tem acontecido e por várias razões.

Por um lado, o plantel continua com lacunas evidentes (continua a haver posições sem suplentes credíveis), por outro, continuo com dúvidas que Fernando Santos seja o treinador certo no lugar certo.

A equipa da Luz está atrasada em todos os aspectos do jogo, táctica e fisicamente, não cria lances ofensivos e, pior que isso, parece ter perdido a coesão defensiva que lhe garantiu importantes vitórias na época passada.

Para além destas evidências, que já se notam desde a pré-época e que não parecem ter tendência para melhorar, há outro aspecto que ficou evidente: a equipa está nervosa, instável em termos emocionais - aquela explosão de Petit !?.

Atenção, a culpa não é só do técnico e dos jogadores... a direcção também tem culpa.

sexta-feira, setembro 08, 2006

A montanha pariu... um galo

Os sócios do Gil Vicente decidiram, em Assembleia Geral, dar "carta branca" à direcção do clube para avançar com o "caso Mateus". Entre os 900 sócios que estavam presentes só dois votaram contra.

O presidente do clube de Barcelos continua a criticar os tribunais desportivos e a dizer que não têm credibilidade, garante também que vai continuar para os tribunais civis, eventualmente até aos tribunais europeus.

António Fiúza está convencido que o Gil Vicente vai continuar a jogar na I Liga, esperando que o Tribunal Administrativo de Lisboa assim o decida.

Não saiu, no entanto, nenhuma decisão concreta desta reunião magna dos gilistas, o que dá ideia que andamos todos a gozar com coisas sérias.

A FIFA tem a palavra final... no dia 14 de Setembro, entretanto, esperemos para ver que jornada temos neste fim-de-semana.

quinta-feira, setembro 07, 2006

"Foi um grande resultado"

Declarações de Luiz Felipe Scolari depois do Portugal - Finlândia em que empatámos 1-1 fora de casa.

O seleccionador continua, assim, a sua campanha de "arrefecimento" de expectativas, depois do segundo lugar no Europeu e do quarto no Mundial.

Diz Scolari que a "equipa das quinas" não está bem - e tem razão -, também é verdade que há uma série de lesões em jogadores fundamentais (Miguel, Jorge Andrade, Meira, Maniche, Quaresma, Simão...), mas isto não pode explicar tudo.

É que dar a titularidade a Ricardo Costa e Caneira, por exemplo, já é um problema diferente que poderia ter sido resolvido. Quer o jogo particular, quer o oficial provaram que os dois não estão, pelo menos neste momento, em condições para serem titulares.

Por outro lado, convém recordar a "Felipão" que todas as selecções estão a começar e muitas estiveram no Mundial. Por isso, os problemas são comuns.

O certo é que o grupo é longo, faltam muitos jogos. A qualificação é o objecticvo final e isso faz-se jogo a jogo, ponto a ponto.

Não devemos é, nem ser miserabilistas (dizer que "sete pontos nos primeiros quatro jogos é bom" é estar a gozar), nem eufóricos (considerar - como alguns adeptos por aí - que temos a qualificação está garantida porque o grupo é "fácil").

Aliás, o grupo não é tão fácil como parece... mas sobre isso falaremos mais tarde.

domingo, setembro 03, 2006

Sindroma "K"

Para surpresa de todos, incluíndo do treinador, o Benfica decidiu repescar Karagounis e Karyaka à última hora para o seu plantel principal.

No último dia do prazo para inscrição de jogadores, os "encarnados" ganharam dois reforços que já não contavam.

A situação dos dois médios é diferente: o russo tem estado afastado desde meio da época passada, após uma entrevista mal explicada e um abaixamento de forma ainda mais estranho; já o grego - conhecido de Fernando Santos - parecia ter encontrado o seu espaço com a táctica "4-4-2 losango", mas perdeu influência com o regresso do 4-2-3-1 e pediu para sair.

O problema é que, ao que parece, não apareceram propostas que convencessem jogadores e clube.

Agora, do mal o menos, não os podendo transferir seria incompreensível não os inscrever para as competições nacionais e internacionais.

Aliás, especialmente Karagounis pode vir a ser importante, dada a saída de Manuel Fernandes e a idade avançada de Rui Costa, já que pode fazer estas duas posições. Seria até estranho se Fernando Santos não soubesse aproveitar este activo.

Em Janeiro, com a reabertura do mercado, novas oportunidades de saída podem surgir para estes dois descontentes.

PS: A transferência de Manuel Fernandes para o Portsmouth tem contornos muito estranhos e continua por explicar.

sábado, setembro 02, 2006

Registo para memória futura...

O “caso Mateus” parece estar agora perto do fim, falta perceber se para o bem ou para o mal do futebol português.

O “Expresso” garante que a FIFA já decidiu suspender o futebol português, mas a decisão estará suspensa até 14 de Setembro. Até lá, o Gil Vicente tem que abandonar o processo nos tribunais civis, sob pena de seis clubes e a selecção “ficarem a ver navios”.

Antes de mais – e para que fique registado – aqui fica, resumidamente, a cronologia do caso:

  • Mateus jogava como profissional no Felgueiras
  • O Felgueiras foi à falência e deixou o futebol
  • O Lixa contrata Mateus como amador
  • Em Janeiro, o Gil Vicente tenta contratar o jogador, mas Liga e Federação recusam porque um clube profissional não pode ter amadores
  • O clube de Barcelos viola as regras e recorre aos tribunais civis e consegue uma autorização provisória que a Liga aceita.
  • Académica e Belenenses queixam-se desta irregularidade e é aberto um processo
  • A primeira reunião da Comissão Disciplinar dá razão ao Belenenses, mas uma segunda dá razão ao Gil porque há mudanças no sentido de voto de alguns dos conselheiros
  • O Belenses interpõe recurso e ganha. Os “galos” são condenados a descer de divisão.
  • O clube de Barcelos volta a interpor recurso para o Conselho de Justiça da Federação que confirma a descida do Gil Vicente.
  • O Gil Vicente insiste e interpõe uma providência cautelar agora no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa para tentar reverter a decisão do CJ da FPF, o que acontece.
  • O Leixões, terceiro classificado da Liga de Honra, reclama promoção à Liga. A Comissão Executiva da Liga suspende os jogos do Belenenses, Gil Vicente e Leixões, depois do clube de Matosinhos ter apresentado um recurso com efeito suspensivo.
  • A FIFA exige que o Gil Vicente seja desportivamente castigado e desista do processo em tribunal civil.
  • A Federação invoca “interesse público” para os campeonatos profissionais e, assim, fintar os tribunais civis.
  • Conselho de Justiça nega recurso do Leixões. Belenenses fica na I Liga e o Gil suspenso
  • António Fiúza, presidente do Gil Vicente, quer manter o caso em tribunal, mas marca uma Assembleia geral de sócios (quinta-feira) para que sejam eles a decidir o que fazer

Este é um grande "imbróglio" que pode, por um lado, ser um novo "caso Bosman" ou a falência do futebol português.

O que é certo é que todos os clubes e Federações conhecem e aceitam, de livre vontade, as regras da FIFA. A partir daqui, é só cumprir os regulamentos.

Vamos ver o que decide o Gil Vicente e o que faz a toda poderosa FIFA...

domingo, agosto 27, 2006

Marcha atrás

Depois de ter "batido no fundo" e terminado um campeonato no sexto lugar, o Benfica encontrou uma estratégia que lhe voltou a dar títulos poucas temporadas depois. No entanto, desde o mercado de Inverno da época passada parece ter havido um retrocesso.

A recuperação dos "encarnados" foi iniciada, basicamente, com a chegada de Jose António Camacho a meio da época de 2002/03 com a equipa a terminar a Liga no segundo posto.

No final dessa época, o treinador espanhol fez uma exigência fundamental para a renovação do contrato e que se revelou decisiva para a melhoria do plantel: "Não pode sair nenhum jogador essencial".

Face a esta nova estratégia, não saiu ninguém, entraram dois titulares (Fyssas e Luisão) e a equipa começou a ganhar automatismos e a subir de rendimento, também impulsionada pela união de grupo surgida após a tragédia de Miki Feher.

No final, a equipa da Luz conquistou a Taça de Portugal, diante do FC Porto, e voltou a ficar em segundo na classificação.

Já na época 2004/05, já com Giovanni Trapatoni nos comandos, e sem Tiago (titular vendido ao Chelsea), continuou a contenção de entradas e saídas e - claro - o objectivo era o regresso ao título 11 anos depois.

O triunfo foi conseguido, apesar do Benfica não ter, reconhecidamente, o melhor plantel dos "grandes". A grande vantagem era a união e o conhecimento do grupo de trabalho, aliado à experiência do treinador.

Do grupo de campeões apenas saiu Miguel e toda a estrutura continuou intacta com a chegada do técnico holandês Ronald Koeman, que ainda conseguiu Karagounis e Miccoli como reforços.

A estratégia parecia, assim, que se ia manter pela quarta época consecutiva, mas algou se alterou e para pior no mercado de Inverno da temporada passada.

O que se passou?

De repente, chegados ao Natal da época passada, os "encarnados", em três competições (Campeonato, Taça e Liga dos Campeões) e ainda com lacunas no plantel, fizeram uma mão cheia de contratações com o objectivo de melhorar a equipa.

Ora, não foi nada disso que aconteceu e por duas razões: primeiro porque a chegada de tantos "corpos estranhos" encravou a máquina e minou o grupo e, depois, porque os novos não corresponderam (Moretto, Marco Ferreira, Robert, Manduca, Marcel), nenhum deles justificou a aposta.

Era indiscutível que o Benfica necessitava de alguns jogadores, mas tinham que ser verdadeiras mais valias para entrarem num grupo que tinha sido campeão. Claramente, não foi isso que aconteceu...

A precipitação da SAD (tão usual num passado recente) foi tal que, dos cinco reforços de Dezembro, três já não estão no plantel (Robert, Manduca e Marcel) e os outros dois são suplentes ou reservas.

A juntar a estes casos mais evidentes há ainda outros jogadores (também eles chegados recentemente) que estão afastados, mas que continuam no "sai não sai": André Luiz, Everson, Karyaka ou Karagounis.

O certo é que esta política não trouxe benefícios à equipa nem em termos desportivos (terminou a época em terceiro) nem financeiros (nenhum foi até agora vendido por dinheiro que se visse).

Quando se sabe que, obrigado pelo "project finance", o Benfica tem que fazer, pelo menos, 10 milhões de euros em receitas de jogadores (Manuel Fernandes dá 8.5 milhões), este dinheiro deitado à rua com jogadores duvidosos, ainda menos se compreende.

É obrigatório que presidente, director-geral e treinador se entendam sobre que rumo dar à equipa, que reforços são efectivamente necessários por forma a que a SAD volte a vender pouco mas bem e a comprar verdadeiras mais valias.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Caldeirada à portuguesa

A caldeirada é um dos pratos típicos da cozinha portuguesa - e eu até gosto - mas só no enquadramento culinário.

Aquilo que se está a passar no futebol português neste início de época é verdadeiramente inacreditável. Não há adjectivos para qualificar as cambalhotas do "caso Mateus".

Sem querer agora falar sobre quem tem razão, até porque são muitos e contraditórios os argumentos e eu não sou jurista, o que gostaria de recordar é que este caso começou há meses, já na segunda volta da época passada.

Foram meses e meses de avanços e recuos, recursos e outros truques, com advogados, juizes, comissões de disciplina e de justiça, fazendo avançar e atrasar o processo.

É verdadeiramente lamentável, digno de um qualquer país da América Latina, que hoje ainda nada esteja decidido e não se saiba quem são os participantes da I Liga e da Liga de Honra.

Só esta tarde, por exemplo, o Benfica teve dois adversários para a primeira jornada: Belenenses primeiro, Gil Vicente depois e, por fim, ao que parece, nem um nem outro, devido à intervenção do Leixões.

O certo é que está tudo embrulhado, verdadeira caldeirada, e três equipas têm os jogos suspensos (Gil Vicente, Belenenses e Leixões) e a Liga começa coxa.

Como "o seguro morreu de velho", o Benfica que, oficialmente recebeu dois documentos com adversários diferentes, já garantiu que vai estar em campo à hora marcada, pronto para jogar, seja contra quem for.

Há três balneários disponíveis...

PS: Alguém que chame um "chef" para pôr ordem nisto, que a caldeirada está a azedar

"Bolinhas" da sorte

Foi amigo, em teoria, o sorteio das três equipas portuguesas na Taça UEFA.

Sem serem "cabeças de série" (o que aconteceu pela primeira vez, por efeito de termos três equipas na Champions), os lusos tinham pela frente a vida muito complicada, mas as "bolinhas da sorte" acabaram por não ser nada madrastas.

Ao Sporting de Braga, uma equipa que vai seguramente lutar com os "grandes" pelos primeiros lugares, calhou o Chievo Verona, equipa italiana.

Já o Vitória de Setúbal vai defrontar os holandeses do Heerenveen, enquanto o Nacional joga diante dos romenos do Rapid Bucareste.

A primeira mão realiza-se a 14 de Setembro e a segunda a 28 do mesmo mês.

Face ao que podia ter acontecido, nada mau. Pode ser que seja desta que alguma destas entre na fase de grupos da UEFA.

quinta-feira, agosto 24, 2006

"Roda dos Milhões"

Em teoria, o sorteio da Liga dos Campeões (com FC Porto, Sporting e Benfica) deu a "fava" aos "leões".

À equipa de Alvalade calharam dois colossos do futebol mundial (Inter de Milão e Bayern de Munique) e a incógnita dos russos do Spartak de Moscovo.

Ao "campeão da pré-época" está, para já, garantido um grande sucesso de bilheteira no Alvalade XXI. Desportivamente, o Sporting vai ter dificuldades para conseguir a qualificação, mas isso só pode ser positivo para a equipa já que, por um lado, ajuda na motivação e, por outro, retira pressão.

Já o campeão FC Porto fica no mesmo grupo que o grande Arsenal, os russos do CSKA (conhecidos do Sporting da final da UEFA) e os alemães do Hamburgo.

Os "dragões" têm condições para seguir em frente, ganhando em casa, e batendo-se com os "gunners" pela vitória no grupo.

Entretanto, o Benfica reencontra o Manchester United, que quererá vingar-se da época passada, até porque parece bem mais forte, defronta o Celtic e também o Copenhaga, a grande surpresa por ter eliminado o Ajax.

Os "encarnados", se tiverem o plantel em condições, e tiverem alguma sorte, podem garantir a passagem à fase seguinte.

Os jogos começam já em Setembro, convém que os portugueses (especialmente as "águias") melhorem a forma rapidamente.

terça-feira, agosto 22, 2006

Missão cumprida


O Benfica fez o que tinha a fazer, ganhou ao Áustria de Viena e carimbou o passaporte para a fase de grupos da Champions.

A vitória por 3-o foi fácil, mas escassa face ao domínio dos "encarnados" até ao minuto 65, altura em que Rui Costa teve que sair por lesão.

Foi uma exibição de gala do "maestro" que marcou o primeiro golo e esteve na jogada dos outros dois, para além de outras "valsas" que foi tocando, perante uns austríacos que não sabem dançar.

Face a este resultado, o Benfica está onde era obrigado a estar: na Liga dos Campeões e já arrecadou, pelo menos, cinco milhões de euros.

A exibição foi boa (enquanto houve Rui Costa), o resultado também, mas agora não podem os adeptos, sócios e dirigentes embandeirar em arco, passar do "8 para o 80" e achar que está tudo bem.

Não está... e continua óbvio, seja em que táctica for, que o plantel é curto em algumas posições.

Ganhar ou ganhar

O Benfica defronta esta terça-feira o Áustria de Viena na segunda mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões e só tem uma hipótese: ganhar.

Num jogo em que está em causa a entrada na Liga Milionária (15 milhões na época passada), contra um campeão austríaco de quarta categoria, aos "encarnados" não resta outra alternativa que não seja carimbar o passaporte para a Champions.

Mesmo com uma mão cheia de lesionados e o plantel ainda em manobras, a equipa da Luz é manifestamente superior, aliás, como se viu no primeiro jogo na Áustria em que o Benfica só não ganhou porque não jogou para tal.

A equipa

Face aos condicionalismos actuais, não há grandes dúvidas, nem alternativas, quanto ao "11" a apresentar por Fernando Santos:

Quim
Nélson, Luisão, Anderson e Ricardo Rocha
Petit, Katsouranis e Rui Costa
Manu, Nuno Gomes e Paulo Jorge

"Meninos mimados 2"

Vítor Baia e Ricardo continuam a "troca de galhardetes" e o nível da conversa está a descer a grande velocidade.

Depois de um período de acalmia, que coincidiu com o Mundial, tudo voltou a agravar-se após mais uma entrevista do guarda-redes do Sporting no "Record" a que Baia, depois, respondeu.

Não querendo, aqui, entrar em pormenores, nem saber quem tem razão, serve o presente post para mostrar o meu desagrado por toda esta "estória".

Está na hora destes "meninos mimados" se calarem ou se entenderem de vez. Portem-se como homenzinhos e joguem à bola.

sexta-feira, agosto 18, 2006

"Meninos mimados"

Os futebolistas têm vindo a ganhar força ao longo dos últimos anos, muito por culpa da crescente pressão dos "empresários".

Já este ano, vários casos, em diferentes campeonatos, têm confirmado esta teoria.

O último exemplo foi Mahamadou Diarra, do Lyon, que esta noite acertou a transferência para o Real Madrid, já depois deter ameaçado o campeão francês com um claríssimo: “Ou vou para Madrid ou não jogo em lado nenhum”.

Outro caso mediático desta pré-época é o do defesa Gallas que ainda não se apresentou no Chelsea, alegando que quer deixar a equipa de Londres, apesar de ter mais um ano de contrato.

Face a estes e outros casos, fica a pergunta: Mas o que é isto?

O que tem acontecido é demonstrativo da força do dinheiro e do total desrespeito pelas mais elementares regras da boa negociação.

Agora, em vez de um clube falar com outro, chegar a acordo e, só depois, ir falar com o atleta, o que se passa é que o comprador alicia o jogador e convence-o a pressionar o clube vendedor de molde a que, das duas uma, aconteça uma rescisão de contrato ou, pelo menos, um grande abaixamento da verba a pagar.

Um dos truques que mais se está a tornar “normal” é o “Não tenho razões psicológicas para continuar”.

Mesmo em Portugal, este esquema inadmissível já foi utilizado, até por clubes grandes, e isso não dignifica em nada as pessoas e as instituições.

Novamente, Mas o que é isto?

Se o clube estiver a cumprir com o contrato, a pagar o salário e o jogador tiver contrato para cumprir, só tem que se aguentar à bronca.

Convém que a FIFA ponha mão nisto, sob pena do futebol entrar por um caminho sem volta. Digo eu…