terça-feira, maio 31, 2005

Ciao

Giovanni Trapattoni confirmou esta tarde aquilo que já se sabia há semanas: vai deixar o Benfica, essencialmente porque tem saudades da família.

A decisão da “velha raposa” tem que ser respeitada. Aos 66 anos, Trap quer regressar a Roma.

Trapattoni devolveu ao Benfica aquilo que o clube mais queria e que procurava há já 11 anos: o título de campeão nacional. Isso é o mais importante e é isso que fica para a história.

Só por isto – e já não é pouco – sócios e adeptos do Benfica têm que estar agradecidos ao técnico italiano.

Claro que, para além da vitória, o Benfica podia e devia ter jogado melhor mas a verdade é que, como diz o ditado, “Sem ovos não se fazem omoletes”.

Já foi dito por todos que os “encarnados” tinham o plantel mais curto dos três grandes, especialmente porque algumas das contratações falharam, o que foi dito por poucos é que, provavelmente, sem Trapattoni o milagre da conquista do título não teria sido possível.

Agora, a administração da SAD só tem duas coisas a fazer: agradecer ao senhor Giovanni Trapattoni os bons serviços prestados à nação benfiquista e, de forma rápida mas segura, encontrar um sucessor à altura do prestígio do clube.

A época que aí vem é fundamental para o Benfica, com a defesa do título e o regresso à Liga dos Campeões, e a equipa tem que se apresentar à altura.

Já começou o falatório em torno do novo treinador e eu não vou entrar nesse “diz que diz, vem não vem”, apesar de ter uma aposta.

Posso é deixar o perfil: treinador estrangeiro e jovem, competente e com currículo, disciplinador, mas amigo dos jogadores e, já agora, com futebol ofensivo e vistoso para a vista.

PS: É óbvio, no entanto, que um eventual regresso de Camacho (e aqui estou a abrir uma excepção e a avançar com um nome porque são circunstâncias diferentes) teria também fortes vantagens porque é competente, exigente com jogadores e Direcção e, especialmente, porque já conhece o plantel e o campeonato português.

domingo, maio 29, 2005

Faltou a cereja… ficou o bolo

O Benfica perdeu a Taça de Portugal diante do Vitória de Setúbal, que foi um justo vencedor.

Os “encarnados”, cansados de tantas festas e borgas após a conquista do título, nunca pareceram capazes de conquistar a “dobradinha”, 18 anos depois.

Os sadinos voltaram aos triunfos 38 anos depois e mereceram, “sem espinhas” esta conquista.

À equipa de Trapattoni, espremida até à última, faltou a “cereja”, mas ficou o “bolo”.

Agora vai ser preciso manter a estrutura do plantel e encontrar cinco ou seis jogadores, que sejam efectivos reforços.

domingo, maio 22, 2005

BENFICA CAMPEÃO

O Benfica terminou hoje um jejum de 11 anos... e que fome tinham os seis milhões de adeptos.

Agora apetece dizer: JÁ ESTÁ

"Ninguém pára o Benfica", dizem os adeptos e "bora" fesetejar.

Depois, vamos para a dobradinha...

O jogo das vossas vidas…

O Benfica está a 90 minutos de quebrar um jejum de 11 anos e dar uma alegria imensa aos milhões de benfiquistas espalhados pelo Mundo. Por isso, não pode falhar.

Os “encarnados” têm um jogo difícil no Bessa, contra um Boavista já tranquilo sem nada a ganhar ou a perder.

Na última vez que a equipa de Trapattoni defrontou uma equipa tranquila com a obrigação de vencer falhou (Penafiel), numa péssima exibição.

Agora, isso não pode acontecer, nem que os “axadrezados” apareçam super-motivados. Dizem as “más-linguas” que o FC Porto, para além de um prémio de vários milhares de contos para incentivar à vitória, também já pagou os meses de salários em atraso aos jogadores do Boavista.

Não sabemos se isso é verdade, mas, mesmo que seja, um Benfica concentrado, motivado e com objectivo tão claro, tem – porque tem - que ganhar ao Boavista.

Depois o Benfica ainda tem a final da Taça de Portugal para jogar. É outra competição para ganhar mas, vamos por partes…

PS1: Giovanni Trapattoni já disse a um jornal italiano que quer voltar a casa. Não sei quais são as causas de tal decisão e, espero, que sejam só saudades. Por mim, para além do merecido agradecimento ao senhor, não fico muito triste com a sua saída.

É verdade que o homem não tinha muitos ovos, mas é verdade que saíram poucas boas omeletes daquela fábrica e, sinceramente, a concretizar-se, não foi o Benfica que ganhou, foram os outros que perderam.

PS2: Quem também parece que vai sair é José Veiga, o gestor do futebol “encarnado”. O antigo empresário formou a equipa nos últimos dois anos e a verdade é que o Benfica parece regressado aos títulos (primeiro a Taça, agora a hipótese de “dobradinha”).

Também é verdade que, apesar de (muito) menos, ainda foram cometidos alguns erros nas contratações e houve dinheiro (que é escasso) mal gasto, mas o que é certo é que a equipa ganhou com ele ao leme e foi feita frente ao “amigo” Pinto da Costa.

Tenho pena que Veiga e Vieira se tenham desentendido, espero que, seja qual for a solução, o Benfica não fique a perder.

Se se confirmar a vitória, uma quota-parte da mesma tem (custe a quem custar) que ser atribuída ao gestor José Veiga, apesar de tudo, bem melhor que o empresário Veiga.

domingo, maio 15, 2005

Falta um pontinho assim…

O Benfica está a (1) um singelo ponto de ser campeão nacional depois de 11 anos de jejum.
Parece impossível mas é verdade: os “encarnados” estão quase a “matar o borrego” e a ganhar o campeonato.

O jogo desta noite foi equilibrado, teve poucas ocasiões de golo e a equipa de Trapattoni acabou por ter a sorte que lhe faltou noutras ocasiões.

Agora os jogadores do Benfica não têm desculpa: faltam 90 minutos e os “encarnados” têm mesmo que ganhar.

Há seis milhões de adeptos à espera disto…

sexta-feira, maio 13, 2005

“Revienga”

O Jorge Perestrelo devia estar este sábado na Luz a assistir ao Benfica – Sporting, decisivo para a SuperLiga.

Não vai estar porque o coração não aguentou esta “revienga” da vida… O “derby” fica mais pobre, o futebol português também e a rádio está de luto.

O Jorge Perestrelo era, para o bem e para o mal, um caso único.

Já tinha passado a minha “fase Perestrelo” e já não tinha muita paciência para as asneiras no meio dos relatos, mas, por outro lado, já tenho saudades daquela loucura que eram os jogos da selecção (ele a cantar o hino nacional aquando de um golo), a cantar o hino do fcp ou a gritar, a plenos pulmões, "eu te amo sporting" quando se sabe agora que era benfiquista do coração.

Jorge Perestrelo era um artista na sua profissão e é sempre uma pena quando se perde um "jogador" desta craveira.

Os palpites para o “dia D”

O “Dia Decisivo”, o “Derby”, o jogo de toDas as emoções é amanhã. TuDo Deve ficar Decidido e Benfica e Sporting vão entrar para ganhar.

Os “encarnados” estão na máxima força (!), com todo o plantel à disposição mas, apesar disso, as opções de Trapattoni não são grandes.

Na baliza vai estar Quim, na defesa Miguel, Luisão, Ricardo Rocha e Dos Santos.

No meio-campo o trio do costume: Petit, Manuel Fernandes e Nuno Assis.

Na frente também não há novidades: Geovanni, Nuno Gomes e Simão.

Obviamente que é necessário não esquecer que o “miúdo” Fernandes e Nuno Gomes vêm de lesões, que Miguel e Simão não estão – há muito – a 100%.

O problema é que não há opções e são estes que vão ter que jogar…

No Sporting faltam Enakarihre, Carlos Martins (por lesão) e Liedson (por castigo) mas José Peseiro tem muito por onde escolher.

Na baliza Ricardo, depois Miguel Garcia, Beto, Andersson Polga e Rui Jorge.

No meio-campo o losango habitual. Desta vez aposto em Custódio e João Moutinho, Pedro Barbosa e Tello.

Na frente Douala e Pinilla.

Claro que sempre pode jogar Sá Pinto (ou na frente ou no meio-campo) Rochemback (regressado de lesão) ou Hugo Viana.

segunda-feira, maio 02, 2005

Grande apito

Este foi mais um fim-de-semana futebolístico fértil em casos e polémicas arbitrais.

Os “senhores do apito” voltaram a ser os principais protagonistas da jornada 31 da SuperLiga.

No Benfica – Belenenses, Mário Mendes não viu uma grande penalidade de Neca sobre Nuno Gomes e depois, talvez com peso na consciência, “forçou a nota” no “penalty” assinalado. É certo que a bola bateu no braço do jogador do Belém, mas…

No FC Porto – Marítimo, o golo que deu os três pontos aos “dragões” foi marcado por McCarthy em, clara, posição de fora de jogo. Há depois um golo anulado a Diego por fora de jogo posicional de dois jogadores “azuis e brancos”. Duvidoso…

Já no Braga – Sporting, ainda com o resultado a zero na segunda parte, Wender sofre falta na área “leonina”… e nada. Nos descontos, Pinilla pode ter sofrido carga quando tentava o quarto golo. As imagens não esclarecem e também já não resolvia nada.

O que é certo é que os três grandes acabaram por ser beneficiados e razão tem o presidente do Braga quando diz que assim é muito difícil algum dos pequenos intrometer-se na luta pelo título.

Faltam três jornadas para terminar o campeonato e está tudo embrulhado na frente. Vamos ver como termina...