quarta-feira, novembro 29, 2006

Assaltos

Já não é a primeira vez que falo sobre isto mas cá vai: são escandalosos os preços dos bilhetes dos jogos de futebol em Portugal.

Por exemplo, para o próximo "derby" Sporting - Benfica, há bilhetes a 15o euros (30 c0nt0s) para não sócios.

É certo que é "o jogo dos jogos", mas devia haver respeito pelos adeptos, até tendo em conta o país em que vivemos.

Aliás, esta atitude elitista dos "leões" já teve reflexo noutras partidas e, por exemplo, nem nos jogos da Champions o estádio de Alvalade encheu.

O maior e o melhor

O Benfica está no Guiness por ser o clube de futebol com mais sócios. Segundo o Livro dos Recordes, são mais de 160 mil os associados dos "encarnados".

Este é um facto interessante, que causa alguma inveja nos adversários, e que tem estado a servir de "bandeira" para a actual direcção do clube da Luz.

Há aqui, no entanto, dois pontos que gostaria de reforçar:
  • Admitindo que estes dados são fidedignos, o número de sócios é bom, mas acaba por ainda ser baixo - tendo em consideração um universo potencial de seis milhões de adeptos.
  • Rui Costa colocou o dedo na ferida: mais importante que ser "o maior clube do mundo", o Benfica deve lutar por ser "o melhor clube do mundo".

PS: O "maestro", mais uma vez, mostrou o seu benfiquismo ao fazer esta e outras declarações importantes numa recente entrevista. Bem diferente a atitude de Figo para com o seu "clube do coração".

sexta-feira, novembro 24, 2006

Contas simples...

Para não variar, o Benfica ganhou por três, desta vez ao Copenhaga, e continua a sonhar com a Liga dos Campeões. Os portugueses só têm uma hipótese...

Os dinamarqueses confirmaram que são fraquinhos e foi pena que os "encarnados" se tenham demitido de jogar futebol na segunda parte.

Por outro lado - e ainda mais importante - ficou provado que aquele empate fora foi um mau resultado, especialmente pelo tipo de exibição que a equipa fez desprezando a vitória que agora tanta falta lhe faz.

Agora, para a qualificação, graças à derrota do Manchester United diante do Celtic, os comandados de Fernando Santos "só" têm que ganhar no "Teatro dos Sonhos".

Simples, não é?

terça-feira, novembro 21, 2006

Ganhar, claro

O Benfica defronta esta noite o Copenhaga para a quinta jornada da Liga dos Campeões e só a vitória interessa.

Os “encarnados” estão mal no campeonato e atrasados na Champions e, por isso, um bom resultado na Luz pode ser o início de uma boa fase.

A equipa está muito instável e passa do 8 para o 80 e do 80 para o 8 de um jogo para outro, muitas vezes sem explicação aparente.

Qual será o Benfica desta noite? Não faço ideia.

O Copenhaga está de peito cheio depois de vencer o Manchester United e isso pode dificultar as contas dos portugueses.

Em princípio será uma luta táctica entre um 4-4-2 convencional e um 4-4-2 “losango”.

Sinceramente, penso que o Benfica deveria ter atenção às alas adversárias e ao seu contra-ataque e, por isso, talvez o “losango” não seja o ideal.

Aqui fica a minha sugestão para esta noite em 4-3-3:

MOREIRA
NÉLSON, ANDERSON, RICARDO ROCHA, LÉO
KATSOURANIS, KARAGOUNIS, NUNO ASSIS
PAULO JORGE, MICCOLI, SIMÃO

No entanto, a equipa de Fernando Santos deve entrar assim:

QUIM
ALCIDES, ANDERSON, RICARDO ROCHA, LEO
PETIT, KATSOURANIS, KARAGOUNIS, SIMÃO
NUNO GOMES, MICCOLI

Seja como for, só a vitória interessa. Já agora, convém que o Manchester United colabore e ganhe ao Celtic.

Puxão de orelhas

"Hoje não vi o Benfica a jogar à bola e vi alguns rapazinhos a correr. Eles têm que entender que têm uma camisola, têm uma responsabilidade acrescida e têm que sentir se querem vestir esta camisola" - Foi assim que o presidente "encarnado" se atirou aos jogadores depois da derrota em Braga.

Luis Filipe Vieira terá perdido a paciência depois de mais uma péssima exibição no campeonato e decidiu mudar de estratégia.

Claramente as "conversas em família" de Fernando Santos não estão a resultar e a equipa continua muito instável e a bater recordes negativos: três derrotas em nove jogos na Liga.

Acredito que os jogadores não tenham gostado nada deste puxão de orelhas público e podem reagir de duas formas: bem (o que levará o plantel a puxar dos galões e a querer uma vitória para provar que tem valor) ou mal (o que levará os jogadores a ficarem ainda mais amorfos e desinspirados).

Fernando Santos está também no "fio da navalha" e, agora, sem Veiga, o técnico pode ter ficado sem um dos seus principais defensores.

Mais uma chapa 3

Dentro das quatro linhas, o Benfica voltou a perder em Braga e, mais uma vez, sofreu três golos. Já são várias as derrotas por este número e algo terá de ser alterado.

O jogo foi muito mau, a primeira meia-hora valeu zero, os golos foram oferecidos, a equipa perdeu dezenas de bolas, jogou de forma lenta, criou poucas oportunidades e a defesa voltou a meter água.

Não tem nada a ver com a categoria dos jogadores, mas há atletas em clara baixa de forma e isto tem que ser dito: Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Petit...

segunda-feira, novembro 20, 2006

Veiga, cara e coroa

José Veiga deixou o Benfica depois de problemas pessoais com o fisco e a justiça que nada têm a ver com o clube e já decorrem há alguns anos.

Sabem os que me conhecem que eu não era propriamente um grande apoiante do ex-empresário por um conjunto de razões que, para simplificar, se resumem numa: não gostava da utilização da "escola Pinto da Costa" e das respectivas técnicas de guerrilha.

Por outro lado, para todos os sócios e adeptos que defendem que os "encarnados" são um clube diferente, que deve ser um modelo de gestão e liderado por gente séria e "à prova de bala", a saída de Veiga é um alívio que pode representar o início de uma nova fase e de uma nova estratégia.

No entanto, convém não esquecer e até realçar a (grande) importância que o director-geral teve no regresso do Benfica aos títulos e na estabilização do plantel dos últimos anos.

Em termos desportivos, José Veiga vai fazer falta ao grupo de trabalho e a sua vaga vai ser difícil de preencher.

Resumindo, apesar do estilo, foi correcta e digna a decisão de se demitir do Benfica. O esforço do presidente para a manutenção do director-geral e a dedicatória do capitão são demonstrativos da importância de Veiga no clube.

sábado, novembro 18, 2006

É caso ou foi acaso?

Pela primeira vez em muito tempo, Luiz Felipe Scolari fez mexidas visíveis na convocatória de uma selecção nacional por si comandada.

Lesionado estava Fernando Meira (e Petit), alegadamente castigados pelo treinador foram os (até agora?!) intocáveis Maniche, Nuno Valente, Costinha (e Petit).

Sangue novo com as chamadas de Tonel, Raul Meireles e Nélson e os regressos de Jorge Andrade, Quaresma, Carlos Martins e João Moutinho.

As chamadas são justas e não merecem grande contestação, nota-se apenas a falta clara de um lateral esquerdo de raiz (ausência que é necessário suprir).

Já as ausências merecem análise detalhada:

  • Se é verdade que os ausentes não forçados o foram por castigo interno, algo vai mal porque o que se sabe é que mais jogadores (Deco e Miguel, pelo menos) também foram apanhados "fora de jogo" e não consta que tenham sido castigados.
  • Se foi mera opção do técnico por este ser um jogo fácil, então, mais experiências poderiam e deveriam ter sido feitas.
  • Se, por outro lado, é o "fim da linha" para alguns jogadores fetiche (especialmente Costinha) então esta decisão peca por tardia e deveria ter sido tomada, pelo menos, logo após o Mundial.

O que é certo é que especialmente João Moutinho, Quaresma e Tonel há muito mereciam a chamada aos "AA" e, estou certa, só a pressão dos media fizeram adiar esse momento.

Decisiva vai ser a próxima convocatória, uma dupla operação, contra adversários (Bélgica e Sérvia) bem mais difíceis que este Cazaquistão.

Se alguns do "quarteto ilustre" repetir ausência pode mesmo ser o fim definitivo de um ciclo.

"Dentro das quatro linhas"

Portugal cumpriu a obrigação e venceu (3-0) o Cazaquistão mas ficou a dever a si próprio mais uma mão cheia de golos. Especialmente Nuno Gomes esteve desinspirado, o que felizmente foi compensado por dois extremos (Cristiano Ronaldo e Simão) em dia sim.

Apesar deste triunfo, a situação no grupo não está nada fácil e complicou-se ainda mais com a vitória da Polónia em terras belgas, o que obriga a equipa das "quinas" a repetir façanha.

Os seis pontos eram fundamentais nas próximas duas partidas. Vamos ver o que acontece lá para Março e, já agora, vamos ver o que faz Scolari.

sexta-feira, novembro 17, 2006

A semana dos treinadores

Estes últimos dias tem havido muitas trocas de técnicos da I Liga e algumas estão mal explicadas ou são, no mínimo, estranhas.

Por exemplo, Augusto Inácio trocou o Beira-Mar pelo Ionikos, que é o mesmo que dizer que trocou os últimos lugares portugueses pelos últimos lugares da Grécia.

Claro que a mudança foi por dinheiro e isso é, obviamente, legítimo. No entanto, estranho dois aspectos: primeiro que um técnico com o curículo de Inácio tenha que aceitar um convite de um clubezeco para ganhar uns trocos; por outro lado, que o treinador aceite ir para um clube em que o presidente tem graves problemas com a justiça.

Entretanto, à equipa de Aveiro (que fez umas massas com este negócio) chegou Carlos Carvalhal que tinha deixado o Sporting de Braga horas antes.

Para além das questões éticas que esta troca implica (o homem esteve desempregado poucas horas) e que deveriam ser regulamentadas (como já são com os jogadores), choca-me a atitude dos protagonistas e as desculpas esfarrapadas: "Carvalhal saiu por razões pessoais; Carvalhal não tinha condições para continuar em Braga".

É que, se tinha razões pessoais para não poder estar em Braga, dificilmente poderia estar em Aveiro poucas horas depois a assinar contrato.

Mais difícil, mas seguramente mais sério seria dizer: "Carvalhal não aguentou a pressão" ou "Carvalhal não tem pulso nestes jogadores" ou "Carvalhal não pôs a equipa a jogar em Alvalade".

Vamos ver o que o treinador Carvalhal - que deu muito nas vistas no Leixões mas que demora a afirmar-se - faz em Aveiro com uma equipa que não é nada de especial.

Também notícia foi a renovação de Jesualdo Ferreira com o FC Porto. Esta situação é habitual no Dragão mas, curiosamente, costuma acontecer após algum mau resultado.

Os "azuis e brancos" lideram o campeonato e ainda lutam na Liga dos Campeões. Tudo está em aberto e as contas fazem-se no fim.

Nota final para um incompreendido em terras lusas que continua em destaque lá fora: Manuel José ganhou mais uma Liga dos Campeões africanos, a terceira pelo Al-Alhy.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Tudo em aberto

O Benfica "devolveu" o resultado ao Celtic de Glasgow e reentrou na corrida pela passagem à próxima fase da Liga dos Campeões.

Os "encarnados" fizeram um bom jogo, mas também convém não esquecer que a equipa teve a sorte do jogo com dois golos "oferecidos".

Fernando Santos começa a fazer valer as suas ideias e o regresso do "4-4-2 losango" parece estar a dar frutos: 4-1 ao Aves, 4-0 à União Leiria, 3-1 ao Estrela da Amadora, 3-0 ao Celtic e 3-0 ao Beira-Mar.

Claro que, apesar da melhoria evidente, nem tudo corre como devia e não podemos esquecer as derrotas na Escócia e no Dragão e as lacunas do plantel que lá continuam.

Falta perceber se esta paragem estúpida de Liga e o "caso Veiga" (de que falaremos mais à frente) não vão perturbar a equipa.

Também curioso vai ser ver como se arruma o losango de meio campo quando estiverem no mesmo "11" Simão e Rui Costa.

A semana europeia

Dificil era pedir melhor depois de três vitórias e um empate fora. Foi uma óptima jornada para compensar a anterior que tinha sido bem fraquinha.

Apesar destes bons resultados, as contas continuam complicadas para os três grandes na Champions. Já o Braga tem tudo em aberto mas dois jogos difíceis pela frente.

PS: Peço desculpa pelo interregno. A coisa não tem estado fácil. Vou tentar recuperar o atraso em breve.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Tudo ou nada

O Benfica joga, esta noite, frente ao Celtic de Glasgow para a quarta jornada da Liga dos Campeões e só tem uma hipótese: ganhar.

Depois de uma primeira volta abaixo do esperado, com duas derrotas e um empate, os "encarnados" têm mesmo que vencer os próximos dois jogos da Champions se ainda querem ter hipóteses de seguir em frente.

É simples: ou ganha ou vai ao ar... E o que é preciso? Concentração defensiva, trabalho colectivo e força de vontade no ataque, mesmo que o golo não apareça logo.

Aqui fica a minha aposta:

QUIM
NÉLSON, LUISÃO, ANDERSON e LÉO
PETIT, KATSOURANIS, NUNO ASSIS e SIMÃO
NUNO GOMES e MICCOLI