sábado, setembro 05, 2009

Tudo ou nada

A selecção nacional defronta, daqui a poucas horas, a Dinamarca, num jogo absolutamente decisivo para a qualificação do Mundial da África do Sul.

Para que a equipa das Quinas ainda possa sonhar (com os pés bem assentes na terra) com a fase final em 2010, só a vitória interessa.

Claro que o empate serve, se... mas não quero entrar por aí, até porque Portugal não costuma dar-se bem com esse tipo de contas.

Os comandados de Queirós perderam na primeira mão em casa contra estes dinamarqueses, curiosamente naquele que terá sido o melhor jogo desta campanha. Depois vieram também as más exibições e continuaram os maus resultados que colocam Portugal numa situação bem dificil no grupo.

Para a partida de hoje, Portugal está praticamente na máxima força (só falta Hugo Almeida, lesionado).

Felizmente, o seleccionador deixou-se de experiências estranhas e de convocar jogadores quase desconhecidos e aposta agora nos mais fortes.

Ao que tudo indica, Portugal vai mudar a táctica de sempre (4-3-3) para utilizar o 4-4-2 losango. Não sei se tem a ver, apenas, com a forma de jogar dos dinamarqueses ou - como parece - com a titularidade anunciada de Liedson (*) que - como se sabe - não se adapta a outra forma de jogo.

Atenção, eu gosto do 4-4-2 losango. O que me faz confusão é que se altere anos e anos de jogo por causa de um jogador, ainda por cima quando o novo esquema não teve tempo de teste (a não ser que se ache que o Liechenstein - onde não esteve Liedson - serve para alguma coisa).

Por outro lado, obrigar Cristiano Ronaldo a jogar a ponta-de-lança não me parece o mais aconselhável, mas enfim.

O fundamental é que ganhem, jogue quem jogar, marque quem marcar.

(*) já o disse e reafirmo sou contra a chamada de Liedson, como já fui de Deco e Pepe. Não está em causa a qualidade dos jogadores - indiscutível - mas sim uma questão de princípio.

terça-feira, setembro 01, 2009

Alô Benfica... daqui Terra

O Benfica tem o melhor plantel dos últimos 10 anos.

O Benfica vai vencer o campeonato? Não sei, porque para ganhar a Liga é preciso - como se sabe - bem mais do que o melhor conjunto de jogadores. E, aliás, isso ficou - desde logo - provado com a primeira jornada.

Agora, convém ter os pés assentes na terra, cabeça no lugar e não exagerar nos elogios, até porque não há equipas perfeitas e os "encarnados" estão longe de o ser.

É isso que vou aqui tentar mostrar.

Em primeiro lugar, de recordar que a equipa da Luz perdeu três titulares da época passada: Katsouranis, Reyes e Suazo.

Depois, na baliza, continua ser haver um titular indiscutível, um daqueles que não deixe dúvidas a ninguém - tipo Preud'homme. Agora está Quim, mas fica sempre a ideia que tão depressa pode fazer uma grande defesa, como deixar entrar um frango.

No centro da defesa a equipa da Luz está bem servida: David Luiz é (de longe) o melhor e, em minha opinião Luisão está sobrevalorizado, valendo-lhe a experiência sempre necessária naquele sector (ainda para mais quando todos os outros têm 22 anos ou menos). Já nas laterais, Maxi é indiscutível e Shaffer está em fase de adaptação/crescimento. Não há suplentes À altura (César Peixoto não é lateral de raiz e pode ser útil noutros lugares e Luís Filipe, enfim).

No meio-campo, muitas e boas soluções. No entanto, faz-me alguma "comichão" a dispensa do Yebda (apesar de perceber que era necessário fazer algum dinheiro com o empréstimo e futura venda). Não que ele seja alguma coisa de extraordinário, mas fica o Javi Garcia - um verdadeiro achado - sem suplente directo. Antes que me digam que o Ruben e o Ramires podem fazer o lugar, eu respondo já que não é a mesma coisa (basta olhar para o cabedal do espanhol). Concordo com a vinda de Filipe Menezes ou - para ser mais correcto - concordo com a vinda de um jogador para aquela posição. O Aimar não aguenta todos os minutos, nem todos os jogos, e era obrigatório encontrar alguém que pudesse/soubesse dar alguma magia/andamento à equipa nas ausências do internacional argentino.

No ataque, Mantorras não conta (e já deveria ter sido dispensado enquanto futebolista) e os titulares são, naturalmente, Cardozo e Saviola. A espreitar ainda boas opções: Weldon (mais móvel) e Keirrison (mais fixo). Nuno Gomes é o joker, a voz da experiência.

Até agora, destaques para David Luiz na defesa, Javi Garcia no meio-campo, Fábio Coentrão no ataque. Como é bom ver Aimar e Cardozo "en su sitio" e Di Maria (finalmente) a crescer.

Posto isto, aqui fica o "11" base e os seus directos suplentes:

QUIM (moreira)
MAXI (luis filipe)
LUISÃO (miguel vitor)
DAVID LUIZ (sidnei)
SHAFFER (cesar peixoto)
JAVI GARCIA (ruben amorim)
RAMIRES (carlos martins)
DI MARIA (fabio coentrão)
AIMAR (filipe menezes)
SAVIOLA (weldon)
CARDOZO (keirrison)