Num ano, o Boavista vai já no quinto técnico principal de futebol e a única coerência neste processo é que foram todos contratados por João Loureiro.
Carlos Brito, Jesualdo Ferreira, Pedro Barny, Petrovic e Jaime Pacheco foram os "homens do leme" escolhidos para comandar a nau "axadrezada".
A pergunta que qualquer pessoa coloca nesta altura é: "Claro que estes técnicos têm todos o mesmo sistema de jogo e a mesma forma de ver o futebol. Certo?"
Errado.
Antes de mais duas notas: Jesualdo deixou o Boavista "descalço" já que formou o plantel (nesse aspecto bem, com jogadores interessantes), mas depois abandonando-o em cima da meta; a Petrovic não foi dado tempo, parecia um bom treinador, com ideias frescas e sem medo de pegar no jogo.
Vamos, agora, pegar nos casos de Carlos Brito e Jaime Pacheco (que abriu e fechou esta sequência no Bessa).
Um gosta de futebol à "antiga portuguesa", de passe curto, técnica apurada, não excessivamente fechado, jogar e deixar jogar. Outro é defensor insessante do "pressing", do trabalho defensivo, antes de jogar, não deixar o adversário jogar.
Tiago, Paulo Sousa, Ricardo Silva, Mário Silva são jogadores que devem estar muito felizes com esta escolha, como no Guimarães, Moreno, Flávio Meireles e companhia gostavam muito de Pacheco.
É certo que Jaime Pacheco já ganhou até um campeonato, mas o seu estilo (excessivamente) guerreiro não é bonito e pode mesmo ser considerado "anti-jogo".
Pacheco está de regresso ao Bessa, vamos ver se repete os bons resultados numa casa comandada por um filho que tem muito que aprender com o pai, especialmente no que diz respeito à gestão de uma equipa de futebol. No resto... nem vale a pena falar.
Aquele abandono do camarote, antes do final do jogo com o Nacional, não fica nada bem no curriculo de João Loureiro.
terça-feira, outubro 24, 2006
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2 comentários:
Petrovik merecia o benefício da dúvida.
No futebol dos nossos dias, quer queiramos, quer não, equipa que sofre poucos golos é sempre candidata a ganhar campeonatos e outros troféus. O último mundial foi disso um exemplo, assim como o último campeonato europeu.
Pode argumentar-se que jogar "à defesa" não é garantia de espectáculo. Eu trocaria de bom grado o futebol bonito de Portugal no último europeu pelo título. E trocaria de bom grado algumas excelentes exibições do Mundial pelo título italiano.
Quer queiramos, quer não, os resultados contam... e muito. Claro que poderá ser mais fácil ganhar jogando sempre ao ataque, mas isso não é sinónimo de futebol bonito. O último exemplo em Portugal foi o Porto de Mourinho, dave espectáculo em Portugal, mas lá fora jogava para o resultado. Foi assim que foi campeão europeu!
Maluco do Futebol
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