quarta-feira, setembro 27, 2006
Pés na terra
Os "encarnados" fizeram o jogo possível e, enquanto tiveram força, conseguiram pressionar os "red devils", apesar de, na verdade, não terem criado oportunidades de golo. Lembro-me de um remate de Nuno Gomes no primeiro tempo, um falhanço de Mantorras no segundo e pouco mais.
A equipa parece estar a esforçar-se para melhorar, mas continua sem se ver grande coisa, especialmente em termos ofensivos, poucos remates, poucas oportunidades...
Em relação ao jogo de ontem duas notas: não percebi porque raio ficaram Fonseca e Miguelito fora dos convocados e, pior que isso, continuam os sinais de indisciplina no plantel.
É certo que os jogadores não têm que gostar quando são substituidos - e isso é positivo - o que não pode acontecer é que fiquem tão furiosos que não cumprimentem o técnico, que lhes estica o braço.
Os sócios começam a perder a paciência com o técnico Fernando Santos e já apareceram os lenços brancos.
Sabem os que me conhecem que não gosto do "engenheiro do penta", enquanto treinador, mas vou fazer todos os esforços para não passar os próximos posts a desancar no homem.
Vamos ver o que acontece.
terça-feira, setembro 26, 2006
Levantar ou cair?
Vai ser um jogo ainda mais complicado que o da época passada e por várias razões: primeiro porque os ingleses estão mais fortes (mais equilibrados, essencialmente) e os "encarnados" não estão a "carborar". Por outro lado, há o sentimento de vingança que os "red devils" trazem.
Este vai também ser uma partida complicada para Fernando Santos: a equipa não vem de bons resultados, muito menos de boas exibições, mas, pior que isso, o seu antecessor venceu o Man United.
A pressão de sócios e adeptos pode tornar-se insuportável se o resultado não for positivo esta noite.
A equipa da Luz tem estado em crise, mas esta é outra competição e a motivação e a concentração são também diferentes e este é, claro, o jogo ideal para dar a volta por cima.
As equipas
O Benfica não tem "maestro" e deixou de fora Kikin Fonseca, já com o Manchester não vieram os lesionados Silvestre, Giggs e Park.
Há dúvidas nas equipas, especialmente nos ingleses que tanto podem jogar em "4-4-2" ou em "4-3-3".
MANCHESTER UNITED
Van der Sar
Gary Neville, Rio Ferdinand, Vidic, Heinze
Michael Carrick, Fletcher, Paul Scholes
Cristiano Ronaldo, Rooney, Saha
Na equipa portuguesa deve voltar o "4-2-3-1", com dois trincos clássicos, e Miccoli descaido para a direita.
Quim
Alcides, Luisão, Anderson, Léo
Petit, Katsouranis, Karagounis
Miccoli, Nuno Gomes e Simão
Dúvidas
- Aguentará Miccoli os 90 minutos e a função defesa/ataque que terá fechando à direita?
- Poderá Anderson voltar às grandes exibições e não fazer lembrar Ricardo Rocha?
- Os dois "trincos" vão dar consistência defensiva e, ao mesmo tempo, permitir fluidez ofensiva?
- Karagounis pode fazer de Rui Costa?
- Vamos ter Simão dos grandes jogos?
domingo, setembro 24, 2006
10 minutos
Podia ser apenas coincidência, mas não é. Pelo menos é isso que tenta provar o jornal "A Bola" na sua edição de hoje.
Recorda o desportivo, que as equipas de Fernando Santos têm, habitualmente, uns 10 minutos finais bem difíceis: já aconteceu no Sporting e no FC Porto anteriormente.
"Na temporada 98/99, a primeira ao serviço do FC Porto, não se registou qualquer ponto perdido pelos "dragões" nos instantes finais dos jogos e no final sagraram-se campeões. Em 99/2000 foram sete os pontos perdidos nos últimos dez minutos de quatro jogos: o FC Porto terminou em segundo lugar, a quatro pontos do Sporting. Em 2000/01, quatro pontos perdidos nas referidas circunstâncias e o título para o Boavista... por um ponto. Já no Sporting (2003/04), a situação repetiu-se mais vezes — a última das quais com o golaço de Geovanni em Alvalade (0-1). Os leões perderam oito pontos nos últimos minutos em cinco jogos, viram fugir o título para o FC Porto (com mais nove pontos do que a equipa de Alvalade) e também o segundo lugar: ficaram a um ponto do Benfica. Já em 2000/01 o técnico viu o seu FC Porto perder na Mata Real, no último minuto, com um golo de Leonardo".
in "A Bola"
Claro que também terá havido jogos em que aconteceu o contrário, mas não deixa de ser elucidativo que em jogos decisivos, com títulos em discussão, as equipas de Fernando Santos tenham tremido.
Para mim é claro: é uma questão de feitio do técnico que demonstra mais medo de perder que vontade de ganhar.
Esta época já tivemos um exemplo "claro como água": o jogo da primeira jornada da Champions frente ao Copenhaga. Foi vergonhosa a exibição e escandalosa a forma como a equipa andou a passar tempo.
sexta-feira, setembro 22, 2006
L. F. Vieira recandidato
Antes do mais, gostaria de dizer que seria bom que houvesse concorrência e que Vieira não chegasse sozinho às eleições de Outubro.
Positivo
O certo é que, fazendo uma análise dos últimos três anos, o Benfica melhorou muito e conseguiu vários triunfos.
Primeiro com a recuperação da credibilidade financeira (deixaram de aparecer os credores à porta e foram sendo resolvidos casos do passado), com o reforço de sócios, e - claro - o regresso às vitórias (no futebol, mas também de algumas amadoras que deixaram de estar moribundas).
Fundamentais também as "aquisições": novo estádio e centro de estágio (o que vai permitir "recuperar" as camadas jovens) e, até, a criação da Fundação para ajudar antigos dirigentes e atletas.
As constantes ideias para "fazer dinheiro" (algumas seguidas pela concorrência) devem ser continuadas e reforçadas.
Não estando o projecto concluído, obviamente, que Luís Filipe Vieira vai tentar mais três anos, para, segundo diz, voltar a colocar o Benfica como um "colosso" europeu.
Negativo
Claro que nem tudo são rosas e há pontos que era importante alterar.
Mudar e moderar o discurso, deixar a estratégia constante da vitimização e da cabala.
Continuar a apostar na moderação de contratações (poucos mas bons) e de vendas (poucas mas boas).
Dar força às modalidades de alta competição ou acabar com elas (onde estiver o Benfica deve estar para ganhar).
Seria importante contratar um coordenador técnico para as camadas jovens e encontrar um director desportivo (que não ex-empresário).
Por tudo isto, não tenho dúvidas: eu votaria em L. F. Vieira, se pudesse.
Não vou é na cantiga do Messias, do D. Sebastião, do Insubstituível, do Mártir - ninguém tem esse estatuto.
quarta-feira, setembro 20, 2006
Telhados de vidro
Do alto da sua "moral" e do seu pedestal de ser superior , o presidente dos "leões" veio sugerir que a equipa da Capital do Móvel sugerisse a repetição do jogo por ter ganho com um golo claramente irregular.
Filipe Soares Franco veio lembrar dois casos da Premier League para justificar esta sua teoria.
O líder sportinguista é capaz de ter razão... este seria o mundo fantástico, mas não é isso que acontece, nem com o Sporting.
Já nem vou falar do jogo da passada semana frente ao Nacional, mas sim de um jogo e de um lance igualmente escandaloso, da mesma magnitude do da mão de Ronny:
Quem não se lembra do Sporting - U.Leiria da época passada em que a equipa do Lis marcou um golo que não foi validado, apesar da bola ter entrado mais de um metro na baliza de Ricardo.
O Sporting pediu a repetição do jogo?
terça-feira, setembro 19, 2006
Elucidativo...
Txiki Beguiristain reconhece que o "Barça" está a seguir o jovem Anderson, mas garante que o prodígio brasileiro não é uma prioridade, pelo menos para já.
O dirigente acrescenta também que Lucho, Pepe e Ibson são outros jogadores "debaixo de olho".
Por outro lado, Beguiristain adianta ainda que também o Sporting tem atletas interessantes. Neste caso não foram avançados nomes, mas não é dificil adivinhar que estão a pensar, obviamente, em Nani e João Moutinho.
Ora, o que ressalta destas declarações do ex-jogador "blau-grana"? Não há jogadores do Benfica.
Dá que pensar.
Manuel Fernandes vs Katsouranis (*)
Há diferenças entre os dois jogadores, a principal é que o português é um “8” e o internacional helénico um “6”.
Antes de continuar, gostaria de reafirmar que sempre entendi que o Benfica necessitava de um jogador como Katsouranis (médio defensivo, forte fisicamente, tacticamente disciplinado e tecnicamente evoluido), bem diferente de Beto e que poderia dar uma ajuda efectiva à equipa.
Já sobre Manuel Fernandes, há pouco a dizer: grande jogador, enorme margem de progressão, cultura táctica, só precisa de ter sorte com as lesões... e, depois, é das escolas e isso no Benfica é notícia.
O caso
O grego, jogador fetiche de Fernando Santos, foi-nos “vendido” como sendo um jogador polivalente que faria várias posições no meio-campo.
Esta “facilidade” levou o treinador a tentar, primeiro, um “4-4-2 losango” (com “Katso” a alternar com Petit entre o vértice inferior e o vértice direito, sem sucesso) e, depois, o “4-2-3-1” (com os dois jogadores a coincidirem nos mesmos espaços à frente da defesa).
Até agora, em qualquer destas tácticas, tem dado a ideia (também por culpa dos outros jogadores) que Petit e Katsouranis se atropelam e atrapalham. Nos jogos já realizados a coexistência em campo não tem dado nem velocidade nem fulgor ofensivo à equipa e, pior do que isso, também não tem dado consistência defensiva.
Na última partida da Liga, frente ao Nacional, os “encarnados”, sem Petit castigado, alteraram novamente a estratégia e jogaram em 4-3-3, com Katsouranis sozinho como “trinco” e Karagounis a jogar a “8”, na posição que era, na época passada de Manuel Fernandes.
E é aqui que entra a questão: deverá o Benfica jogar com dois “trincos” ou, pelo contrário, jogar com um “6” e um “box to box” como Tiago ou Manuel Fernandes?
O veredicto
Claro que para responder a esta questão será necessário ter atenção a outras variáveis: os automatismos que a equipa vá ganhando (com ou sem dois trincos), o adversário (é obviamente diferente jogar com um Manchester United ou um Nacional da Madeira) e os colegas de equipa (é diferente jogar com ou sem Rui Costa, por exemplo).
Em minha opinião, deve a equipa da Luz, na maior parte dos jogos da Liga, apostar em apenas um médio defensivo e depois um outro que possa defender e atacar com quase a mesma eficácia, nas costas do médio ofensivo.
Sendo assim, pegando nos últimos jogos, e sem fulanizar, parece-me favorável que, pelo menos nos próximos tempos para o campeonato nacional, o Benfica jogue na táctica de 4-3-3.
(*) Talvez se tivesse evitado esta questão se não tivesse havido as novelas Manuel Fernandes e Simão e o plantel tivesse sido construído como deveria ter sido (com uma táctica bem definida e dois jogadores por posição).
Irradiação, já! (isto é que era interesse público) (*)
Sem mais comentários:
Este campeonato vai ser um despautério. Tudo porque a justiça desportiva não funciona e se recusa a castigar com a pena óbvia da irradiação os múltiplos artistas do sistema, com os seus nomes de código e os seus métodos de falsários
Algumas pessoas têm uma tolerância surpreendente para este tipo de situações. Eu nunca tive. Há 20 anos, ou talvez mais, dois jogos decisivos da derradeira jornada de uma série qualquer dos campeonatos distritais de futebol terminaram com resultados impensáveis. Qualquer coisa como 18-6, um, e 21-7, o outro.
Na altura eu era jornalista de A BOLA. Todos os domingos recebia as chamadas telefónicas dos correspondentes locais e tomava nota dos jogos e das classificações. O despropósito dos números dos golos daqueles dois jogos motivou-me a querer saber porquê e como e quem.
A curiosidade profissional foi rapidamente satisfeita. Os dois clubes supergoleadores de terras vizinhas disputavam entre si a subida de escalão e estavam igualados em pontos a uma jornada do fim. A temporada iria resolver-se pela diferença de golos. E até nesse pormenor as duas equipas rivais tinham um score idêntico.
E todos tiveram a mesma ideia. Os guarda-redes das equipas adversárias foram amaciados, os árbitros foram sensibilizados, alguns jogadores das equipas pretendentes à subida rubricaram exibições não menos estranhas e marcaram golos na própria baliza. Os dois resultados avolumaram-se até ao ponto da demência. E porquê? Porque cada equipa tinha um espião no campo do adversário. A missão do espião era correr para o telefone do café mais próximo sempre que houvesse um golo e informar os da sua cor da marcha do marcador.
Nunca dois espiões correram tanto e telefonaram tanto. E, assim, dentro das quatro linhas os jogadores iam sabendo como paravam as modas e os golos que tinham de deixar entrar, uns, e que tinham de marcar, outros.
A história tinha pinceladas neo-realistas. Cheguei a falar com algumas testemunhas dos acontecimentos e houve uma (torcia pelo clube que acabou por ficar em segundo lugar e não subir) que me garantiu ter a GNR ajudado o clube adversário ao disponibilizar ao espião os meios sofisticados de comunicação telefónica da sua carrinha destacada para manter a segurança pública do espectáculo.
Recolhida esta primeira dose de informação dirigi-me ao mítico chefe de redacção de A BOLA, Vítor Santos, e, contando o que já sabia, pedi autorização para me deslocar até às duas localidades em questão para fazer uma reportagem.
— Para fazer o quê? — perguntou o meu chefe.
— Uma reportagem. Falar com os dirigentes, com os jogadores, com os espectadores…
— Pois, pois…
— Ia eu e um fotógrafo. É uma grande história, chefe! — insisti num entusiasmo pueril.
Mas não tive sorte nenhuma.
— Sabes, rapariga, eu acho melhor não tocar nisso — disse-me o Vítor Santos. Olhou-me nos olhos, inclinou-se para trás na sua cadeira de chefe e cruzou as mãos em cima da barriga.
— Não tocar nisso?
— Nem ao de leve. Essas coisas existem, sempre hão-de existir mas torná-las públicas faz mal ao futebol e nós, jornalistas, não podemos fazer mal ao futebol.
O meu respeito por Vítor Santos leva-me a querer acreditar que se hoje fosse vivo teria mudado de opinião. No entanto, eu não mudei.
O que faz mal ao futebol é a impunidade.
Se o dirigente dos quinhentinhos tivesse sido irradiado no momento em que a opinião pública e a justiça desportiva tiveram conhecimento do seu método de aliciamento o futebol agradecia.
E talvez o futebol não estivesse neste actual patamar de lodo.
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de clubes têm órgãos de justiça e de disciplina. Do que estão à espera para intervir, saneando o futebol da manipulação com cara e com nome?
O que mais será preciso para irradiar dirigentes, empresários, árbitros e outros figurões mais ou menos simpáticos?
A figura disciplinar da irradiação não existe na Lei de Bases do Sistema Desportivo?
Pode o Ministério Público arquivar tudo o que quiser. Mas quando o procurador escreve que «o modo de actuação» passa pela sugestão de nomes de árbitros, pelo conhecimento antecipado de nomes de árbitros, pela pressão directa ou indirecta sobre os mesmos árbitros e transcreve diálogos com frases como «o chefe da caixa», «bem roubadinho», «se quer umas viagens para o ano temos de atalhar caminho», «tu pediste, foi-te concedido», «é a malta que o pode fazer chegar onde ele quer», «queriam um penalty mas eu dei-lhe um amarelo», «dou-lhe uma beijoca», «ai se não fosse eu», «o senhor para mim é como um pai», «conceda-me essa graça», «trouxemos um carregamento que nem cabia na mala», «12 minutos que eu dei e nem assim», «o Serafim vai vacinado», «não pode fazer muito porque o jogo dá na televisão, percebe?», toda a gente percebe.
E porque temos nós, os que gostamos de futebol, de continuar a aturar estas pessoas todas nos seus postos de sempre, impunes, viciosas, trocando graçolas promíscuas com políticos em funções, em directo na televisão, ou recebendo honras de Estado em nome dos votos das «massas associativas»?
E não se pode irradiá-los?
O futebol, para continuar a ser o espectáculo que é, precisa de 11 jogadores de cada lado. Os jogadores existem, a bola também. Não deve ser muito difícil o nascer de uma nova geração de dirigentes e de árbitros. Estes que temos e que mandam e são mandados estão feitos há anos, há décadas. O fim de uns será o fim dos outros. Por isso, passado o susto inicial do apito dourado, continuarão a proteger-se porque uns são «uns pais» e outros «uns filhos» dependentes e respeitadores e «vacinados».
Este campeonato promete ser o mais transtornado de sempre, o mais polémico, o mais escandaloso. Adivinha-se um despautério no que diz respeito à arbitragem, aos lamentos, aos penalties e aos carregamentos de dúvidas que não cabem nas malas.
Tudo porque a justiça desportiva não funciona e se recusa a castigar com a pena óbvia da irradiação os múltiplos artistas do sistema, com os seus nomes de código e os seus métodos de falsários.
Têm medo de quê? De quem?
Porque é que não se pode irradiá-los? De preferência já!
Há pessoas com quem não se pode nem se deve tomar sequer um café. Muito menos falar de qualquer assunto que não seja uma troca trivial de cumprimentos ou duas frases sobre o tempo que faz. Os presidentes do Benfica e do Belenenses quando falam com o presidente da Liga sobre a nomeação de um árbitro para um jogo entre os seus dois emblemas estão a ser levados na brincadeira, por mais que achem que também eles têm uma pequena voz a fazer ouvir e que ambos podem escolher o «mal menor». O resultado é que acabaram por passar por esta vergonha.
É evidente que logo vieram, pressurosos, os serventuários do poder, tentar meter no mesmo saco viagens a Cancun, meninas de programa, promessas de favores e ameaças de despromoções com a inanidade dos diálogos Valentim-Vieira. Mas é por isto mesmo que não se deve atender o telefone a algumas pessoas.
O presidente ideal do meu Benfica manteria esta conversa meteórica com o presidente da Liga:
PRESIDENTE DA LIGA: Estou-lhe a ligar por causa do árbitro do jogo com o Belenenses.
PRESIDENTE IDEAL DO BENFICA: Mas o que é que o senhor tem a ver com isso? O Luís Guilherme está doente?
PRESIDENTE DA LIGA: Quer o Paixão? Ou o Lucílio? Talvez o Paulo Costa a apitar…
PRESIDENTE IDEAL DO BENFICA: A apitar só a sirene da polícia e já.
E logo descia o pano.
Os três jogos de suspensão aplicados a Petit são pena leve. Valerão para, assim que der jeito, vir o Benfica a ser acusado de favores do alto.
(*) Texto de Leonor Pinhão "Contra a Corrente", in A Bola
domingo, setembro 17, 2006
Outras bolas (6)
Pela primeira vez, a equipa das "quinas" conseguiu a qualificação para uma fase final de um Europeu (há 56 anos tinha sido por convite).
Portugal alcançou quatro vitórias em seis jogos, a última das quais frente a Israel (69-48), e beneficiou da vitória da Bósnia.
Parabéns a todo o grupo de trabalho. Lá os veremos em Espanha para o ano que vem.
Zero
Este senhor "árbitro" não viu o golo dos pacenses marcado com a mão, não viu um penalty cometido sobre Liedson e ainda falhou em faltas e foras de jogo.
A primeira vez em que o "zero" foi atribuído foi num célebre Benfica - FC Porto, apitado por Olegário Benquerença, em que o senhor "árbitro" não viu um golo limpo do Petit e duas grandes penalidades contra os "dragões".
O que têm em comum estes dois "senhores do apito"? São internacionais.
A questão que se coloca é: Como é possível? Como podem estes senhores "árbitros" chegar aos lugares mais altos da arbitragem?
Aí está mais um aspecto que os investigadores do "Apito Dourado" deveriam ter em conta.
Depois do que fez hoje, aliás, depois do que tem feito nos últimos tempos, João Ferreira podia e devia dedicar-se a outra actividade que não a arbitragem.
Já agora, quando é que o Luís Guilherme deixa de fazer as nomeações?
quinta-feira, setembro 14, 2006
Eurolândia
Nos triunfos, o Sporting venceu o Inter de Milão (1-0) e o Sporting de Braga derrotou o Chievo Verona (2-0), ambos em casa.
Os empates foram na Champions, do FC Porto em casa diante do CSKA, e do Benfica na Dinamarca frente ao Copenhaga.
Já as derrotas foram as do Vitória de Setúbal, frente ao Heerenveen (0-3), e do Nacional, diante do Rapid Bucareste (0-1).
Os jogos...
Os "leões" conseguiram a surpresa da jornada ao ganhar ao "todo o poderoso" Inter. A equipa de Alvalade conseguiu um bom jogo e um melhor resultado, com uma equipa jovem a quem (ainda por cima) faltavam jogadores (Paredes, Custódio, Carlos Martins).
O Inter terá menosprezado o adversário e pareceu contentar-se com o empate. Normalmente "quem joga para empatar...". Por outro lado, o golo de Caneira é daqueles que tão cedo não volta a acontecer.
O Braga também ganhou, fez um bom resultado, mas não deve contar com "o ovo no cu da galinha". Os arsenalistas têm que manter a cabeça fria, jogar concentrados e aguentar a pressão inicial dos italianos.
O FC Porto voltou a empatar com os russos na abertura de mais uma época na Liga dos Campeões. Pelo factor casa e pelo domínio do jogo, os "dragões" podiam e deviam ter ganho, mas Anderson não pode fazer tudo e falta quem marque golos.
O Nacional perdeu 1-0 na Roménia e ainda tem algumas hipóteses de virar o jogo, mas o adversário joga melhor fora e é perigoso no contra-ataque. Sonhar não paga imposto.
Do Setúbal há pouco a dizer: com a derrota em casa... está despachado. É muita "areia para esta camioneta".
Sem paninhos quentes...
Sem ponta de classe, de vontade, de brio profissional (nada, zero), os "encarnados" fizeram um jogo pior que qualquer equipa da Liga de Honra que vá ao estádio da Luz.
Nos primeiros 45 minutos nem um remate, nada, zero... na segunda lembro-me de dois, por acaso um até foi ao poste, o que seria o máximo da eficácia.
Como é possível o Benfica jogar tão pouco? jogar tão mal?
Continua a não haver força, fio de jogo, segurança defensiva, jogadas de envolvimento, remates, nada, zero.
Aquela segunda parte a passar tempo, a atrasar bolas, a recusar-se a atacar, é indigna do Benfica, é indigna de um clube centenário com milhões de adeptos e muitos títulos nacionais e internacionais, só no futebol.
Miserável o discurso do treinador a dizer que o empate foi bom, que a equipa teve receio e condicionamentos psicológicos pela derrota no Bessa, que podia ter sido mais ousada... Ora aí está, Fernando Santos a admitir a sua culpa.
Se o Benfica joga assim contra o Copenhaga, o que vai acontecer a seguir frente ao Manchester United?
Todo o grupo de trabalho devia vir pedir desculpa aos adeptos por esta vergonha. Foi mais uma machadada no prestígio do clube.
quarta-feira, setembro 13, 2006
Prognósticos...
Claro que são competições diferentes, claro que a motivação é diferente, claro que o adversário é diferente e, pelos vistos, até os jogadores vão ser diferentes. Ao que parece, Fernando Santos vai fazer cinco alterações no "11".
No entanto, face ao que se tem passado, o receio de um mau resultado mantém-se porque a equipa não tem estado nada bem, nem defensiva nem ofensivamente. Não se vê fio de jogo e até se perdeu a coesão defensiva.
Sinceramente, não tenho grandes dados para comentar estas alterações, essencialmente porque não sei como joga o Copenhaga e não conheço quase nenhum dos seus jogadores. Por outro lado, há dúvidas sobre a forma do "capitão".
Estes dinamarqueses são, em teoria, os adversários mais acessíveis do grupo, mas é bom não esquecer que eliminaram o Ajax na pré-eliminatória.
Seria bom para o Benfica entrar a vencer mas, tendo em conta o que se tem passado e lembrando que é um jogo fora, o fundamental é não perder.
A equipa
Fernando Santos vai, ao que parece, fazer cinco alterações em relação ao jogo frente ao Boavista.
Rui Costa lesionou-se e entra Nuno Assis
Alcides entra para o lugar de Nélson
Ricardo Rocha joga ao lado de Luisão
Paulo Jorge e Simão vão estar nas alas em vez de Manú e Miguelito
Face aos condicionalismos e lamentando a ausência de Karagounis (continuo a dizer que se está inscrito podia e devia ser opção), algumas alterações parecem-me bem, outras deixam-me dúvidas.
Por exemplo, a titularidade dos dois alas, por razões diferentes - obviamente-, deixa-me algo inquieto. Já a titularidade de Alcides, neste jogo fora, parece-me correcta.
Espero que o engenheiro consiga pegar no plantel e pô-lo a jogar futebol e a conseguir resultados, sob pena desta ser uma época bem complicada.
Como dizia o outro: "Prognósticos... só no fim do jogo" mas o cenário não é nada animador.
segunda-feira, setembro 11, 2006
Mau de mais...
Olhando para a exibição dos "encarnados", pouco há a realçar de positivo quer em termos individuais quer de grupo.
A "novela Simão" é uma das grandes responsáveis por este atraso. A equipa começou a ser preparada no pressuposto de que o "20" ia deixar o clube e que, por isso, seria obrigatório mudar; a sua não saída, depois de avanços e recuos, levou a que o treinador voltasse a utilizar uma táctica onde pudesse utilizar em simultâneo o capitão e o "maestro" Rui Costa.
Ora, acontece que uma equipa de futebol, para funcionar, necessita de automatismos, automatismos estes que se ganham treinando e jogando juntos. Isso não tem acontecido e por várias razões.
Por um lado, o plantel continua com lacunas evidentes (continua a haver posições sem suplentes credíveis), por outro, continuo com dúvidas que Fernando Santos seja o treinador certo no lugar certo.
A equipa da Luz está atrasada em todos os aspectos do jogo, táctica e fisicamente, não cria lances ofensivos e, pior que isso, parece ter perdido a coesão defensiva que lhe garantiu importantes vitórias na época passada.
Para além destas evidências, que já se notam desde a pré-época e que não parecem ter tendência para melhorar, há outro aspecto que ficou evidente: a equipa está nervosa, instável em termos emocionais - aquela explosão de Petit !?.
Atenção, a culpa não é só do técnico e dos jogadores... a direcção também tem culpa.
sexta-feira, setembro 08, 2006
A montanha pariu... um galo
O presidente do clube de Barcelos continua a criticar os tribunais desportivos e a dizer que não têm credibilidade, garante também que vai continuar para os tribunais civis, eventualmente até aos tribunais europeus.
António Fiúza está convencido que o Gil Vicente vai continuar a jogar na I Liga, esperando que o Tribunal Administrativo de Lisboa assim o decida.
Não saiu, no entanto, nenhuma decisão concreta desta reunião magna dos gilistas, o que dá ideia que andamos todos a gozar com coisas sérias.
A FIFA tem a palavra final... no dia 14 de Setembro, entretanto, esperemos para ver que jornada temos neste fim-de-semana.
quinta-feira, setembro 07, 2006
"Foi um grande resultado"
O seleccionador continua, assim, a sua campanha de "arrefecimento" de expectativas, depois do segundo lugar no Europeu e do quarto no Mundial.
Diz Scolari que a "equipa das quinas" não está bem - e tem razão -, também é verdade que há uma série de lesões em jogadores fundamentais (Miguel, Jorge Andrade, Meira, Maniche, Quaresma, Simão...), mas isto não pode explicar tudo.
É que dar a titularidade a Ricardo Costa e Caneira, por exemplo, já é um problema diferente que poderia ter sido resolvido. Quer o jogo particular, quer o oficial provaram que os dois não estão, pelo menos neste momento, em condições para serem titulares.
Por outro lado, convém recordar a "Felipão" que todas as selecções estão a começar e muitas estiveram no Mundial. Por isso, os problemas são comuns.
O certo é que o grupo é longo, faltam muitos jogos. A qualificação é o objecticvo final e isso faz-se jogo a jogo, ponto a ponto.
Não devemos é, nem ser miserabilistas (dizer que "sete pontos nos primeiros quatro jogos é bom" é estar a gozar), nem eufóricos (considerar - como alguns adeptos por aí - que temos a qualificação está garantida porque o grupo é "fácil").
Aliás, o grupo não é tão fácil como parece... mas sobre isso falaremos mais tarde.
domingo, setembro 03, 2006
Sindroma "K"
No último dia do prazo para inscrição de jogadores, os "encarnados" ganharam dois reforços que já não contavam.
A situação dos dois médios é diferente: o russo tem estado afastado desde meio da época passada, após uma entrevista mal explicada e um abaixamento de forma ainda mais estranho; já o grego - conhecido de Fernando Santos - parecia ter encontrado o seu espaço com a táctica "4-4-2 losango", mas perdeu influência com o regresso do 4-2-3-1 e pediu para sair.
O problema é que, ao que parece, não apareceram propostas que convencessem jogadores e clube.
Agora, do mal o menos, não os podendo transferir seria incompreensível não os inscrever para as competições nacionais e internacionais.
Aliás, especialmente Karagounis pode vir a ser importante, dada a saída de Manuel Fernandes e a idade avançada de Rui Costa, já que pode fazer estas duas posições. Seria até estranho se Fernando Santos não soubesse aproveitar este activo.
Em Janeiro, com a reabertura do mercado, novas oportunidades de saída podem surgir para estes dois descontentes.
PS: A transferência de Manuel Fernandes para o Portsmouth tem contornos muito estranhos e continua por explicar.
sábado, setembro 02, 2006
Registo para memória futura...
O “caso Mateus” parece estar agora perto do fim, falta perceber se para o bem ou para o mal do futebol português.
O “Expresso” garante que a FIFA já decidiu suspender o futebol português, mas a decisão estará suspensa até 14 de Setembro. Até lá, o Gil Vicente tem que abandonar o processo nos tribunais civis, sob pena de seis clubes e a selecção “ficarem a ver navios”.
Antes de mais – e para que fique registado – aqui fica, resumidamente, a cronologia do caso:
- Mateus jogava como profissional no Felgueiras
- O Felgueiras foi à falência e deixou o futebol
- O Lixa contrata Mateus como amador
- Em Janeiro, o Gil Vicente tenta contratar o jogador, mas Liga e Federação recusam porque um clube profissional não pode ter amadores
- O clube de Barcelos viola as regras e recorre aos tribunais civis e consegue uma autorização provisória que a Liga aceita.
- Académica e Belenenses queixam-se desta irregularidade e é aberto um processo
- A primeira reunião da Comissão Disciplinar dá razão ao Belenenses, mas uma segunda dá razão ao Gil porque há mudanças no sentido de voto de alguns dos conselheiros
- O Belenses interpõe recurso e ganha. Os “galos” são condenados a descer de divisão.
- O clube de Barcelos volta a interpor recurso para o Conselho de Justiça da Federação que confirma a descida do Gil Vicente.
- O Gil Vicente insiste e interpõe uma providência cautelar agora no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa para tentar reverter a decisão do CJ da FPF, o que acontece.
- O Leixões, terceiro classificado da Liga de Honra, reclama promoção à Liga. A Comissão Executiva da Liga suspende os jogos do Belenenses, Gil Vicente e Leixões, depois do clube de Matosinhos ter apresentado um recurso com efeito suspensivo.
- A FIFA exige que o Gil Vicente seja desportivamente castigado e desista do processo em tribunal civil.
- A Federação invoca “interesse público” para os campeonatos profissionais e, assim, fintar os tribunais civis.
- Conselho de Justiça nega recurso do Leixões. Belenenses fica na I Liga e o Gil suspenso
- António Fiúza, presidente do Gil Vicente, quer manter o caso em tribunal, mas marca uma Assembleia geral de sócios (quinta-feira) para que sejam eles a decidir o que fazer
Este é um grande "imbróglio" que pode, por um lado, ser um novo "caso Bosman" ou a falência do futebol português.
O que é certo é que todos os clubes e Federações conhecem e aceitam, de livre vontade, as regras da FIFA. A partir daqui, é só cumprir os regulamentos.
Vamos ver o que decide o Gil Vicente e o que faz a toda poderosa FIFA...