ou... a hora de acertar umas contas antigas
Estamos a pouco mais de 24 horas de reencontrar os franceses numa meia-final de uma grande competição internacional.
Para além do balanço negativo nos jogos particulares há ainda (especialmente) duas derrotas que custam a engolir e não se esquecem, por mais anos que passem.
Em 1984, Platini eliminou a equipa das "quinas" num dos jogos mais intensos de que tenho memória. Estivemos a perder, a ganhar (já no prolongamento com dois golos de Jordão) e acabámos por ser derrotados, muito por falta de força e experiência.
Em 2000, o "penalty dourado" de Zidane e um fiscal de linha muito zeloso voltaram a colocar os lusitanos fora da corrida. Também estivemos a ganhar (grande golo de Nuno Gomes), mas depois a "coisa" acabou mal.
Seis anos depois está na hora da vingança...
O jogo
Não vai ser uma partida nada fácil esta contra uns franceses que pareciam de "fim de estação" mas que, de repente, renasceram das cinzas com a vitória sobre os espanhóis, que cometeram o erro básico de picar o orgulho gaulês.
No geral é uma equipa forte, experiente, que sabe tudo de bola e com opções para todas as posições, especialmente de ataque.
A defesa é coesa, no centro quase intransponível com Thuram e Gallas.
O meio-campo tem um muro (com Makelele e Vieira), o que dá liberdade ao artista Zidane, que está a melhorar de jogo para jogo.
Nas alas dois jovens "leões", tecnicistas e rápidos, que podem criar problemas aos laterais portugueses.
Na frente, Henry, só um dos melhores do mundo.
Depois, no banco, ainda há, entre outros, Trezeguet, Saha, Govou e Wiltord.
Portugal vai ter que estar, uma vez mais, ao seu melhor nível desportivo e de concentração para ultrapassar este adversário complicadíssimo.
Com os regressos de Costinha e Deco, as esperadas recuperações de Figo e Ronaldo e sem Petit, a equipa das "quinas" não terá dúvidas quanto ao "11" a apresentar.
Vai ser uma luta de esquemas iguais (4-2-3-1) e aí ganha quem lutar mais e errar menos.
Fundamental vai ser parar alguns jogadores-chave dos franceses: o cérebro Zidane, as arrancadas de Vieira, as subidas de Sagnol, a irreverência de Ribery e o instinto de Henry. Por outro lado convém ter cuidado com as bolas paradas e a altura dos jogadores franceses.
FRANÇA
Barthez
Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal
Makelele, Vieira e Zidane
Ribery, Henry e Malouda
PORTUGAL
Ricardo
Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente
Costinha, Maniche e Deco
Figo, Pauleta e Cristiano Ronaldo
Confesso que não grandes opções mas, face ao adversário, talvez fosse o jogo ideal para Petit (se pudesse) jogar ao lado de Costinha e Ronaldo jogar na frente no lugar de Pauleta, com Simão na ala.
Que os Deuses do futebol e, já agora, a Senhora de Fátima e do Caravagio nos ajudem.
terça-feira, julho 04, 2006
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1 comentário:
Para ganhar à França, Portugal vai ter de fazer o seu melhor jogo deste campeonato, vai ter de jogar pela vida.
Espero que o árbitro uruguaio que vai dirigir a partida não se deixe influenciar pela campanha de que a selecção nacional está a ser alvo.
Até porque os franceses não são meninos de coro. Vieira distribui fruta à esquerda e à direita, Sagnol é nervozinho e Ribery também lhe salta a tampa de vez em quando.
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