ou... "uns bifes bem passados"
Portugal está nas meias-finais de um Mundial, 40 anos depois da campanha dos "Magriços". Mais uma vez, sofremos mas passámos os ingleses nos penalties.
Foi mais uma tarde de glória e, a partir daqui, aconteça o que acontecer, já se fez "estória".
A equipa das "quinas" passou, mereceu passar, mas podia e devia ter jogado melhor, especialmente porque esteve uma hora com um jogador a mais.
É certo que não tinhamos Costinha e Deco e que Cristiano Ronaldo não estava a 100%, mas mesmo assim podia ter-se evitado o sofrimento do prolongamento e das grandes penalidades.
Também é verdade que as equipas estavam com medo de arriscar, mas a maior responsabilidade era dos portugueses.
Já agora, só uma nota, da mesma forma que Scolari já admitiu que preparou a equipa para jogar com 10, deveria fazer o mesmo para a situação de vantagem numérica.
Bom, mas como diz a outra, "isso agora não interessa nada".
O jogo
Jogou de início a equipa que eu teria colocado, para contrapor ao super-meio-campo inglês e a luta foi titânica.
Não houve muitas oportunidades de golo e o equilíbrio foi a nota dominante no primeiro tempo que chegou, obviamente, empatado a zero.
Na segunda parte, os ingleses entraram melhor e estavam a começar a ter ascendente quando ao quarto de hora o Rooney nos fez um grande favor.
Apesar da substituição do Pauleta que não percebi (não que ele estivesse a jogar bem, mas porque tinhamos um jogador a mais), a verdade é que os lusos foram aos poucos ganhando preponderância no jogo, especialmente através de remates de fora da área.
Sem conseguir criar perigo na área e com os jogadores a começarem a sentir dificuldades físicas, Portugal ainda apanhou alguns sustos, especialmente de bolas paradas.
As entradas de Hugo Viana (especialmente) e Postiga (que mal esteve, para além do penalty) ajudaram a reequilibrar a equipa e, quer no fim dos 90 quer no prolongamento, levaram a que Portugal estivesse mais perto do golo, o que poderia ter evitado o sofrimento final.
A equipa
Todos os 14 que estiveram em campo foram guerreiros, mas é impossível não destacar Ricardo que esteve absolutamente soberbo nos penalties, defendendo três e adivinhando o quarto. Foi "o homem do jogo", apesar da votação da FIFA.
A defesa esteve "cinco estrelas" com os centrais insuperáveis (Ricardo Carvalho voltou a provar que é dos melhores do mundo e Fernando Meira a cada jogo que passa vai apagando a má imagem do jogo frente a Angola) e uns laterais muito certos nas marcações e com Miguel a ter ainda força para ir à frente.
O meio-campo não esteve brilhante, também porque faltaram Costinha e Deco, mas lutaram muito. Petit entrou mal, mas recuperou, e Tiago deu tudo. Hugo Viana, desta vez, entrou bem.
No ataque, Pauleta não teve jogo enquanto Figo e Ronaldo tentaram, enquanto tiveram forças para isso. Simão não entrou tão bem como habitualmente.
De volta ao Ricardo só para dizer que tem estado a fazer um grande campeonato do Mundo, dando segurança à equipa, nos remates de fora da área, nos cruzamentos e, se calhar, vai estar no "11" da prova.
Agora, venham os franceses que nós temos duas contas para acertar com eles.
domingo, julho 02, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Parece que os ingleses já encontraram um saco de boxe para desviar as atenções de mais esta derrota.
Cristiano Ronaldo não vai ter vida fácil no regresso a Manchester.
Como disse Scolari, "quem jogou lindo está em casa". Agora,reconheço mnérito na convocatória de Scolari.. infelizmente são aqueles e poucos mais....E venha de lá a França.... espero que desta vez seja para passar.
Enviar um comentário