Numa altura em que está instalada a dúvida quanto à permanência de Luiz Felipe Scolari ao comando da selecção nacional, esta é a altura certa para fazer o balanço da presença portuguesa no Mundial.
E vou fazê-la já, antes do Portugal – Alemanha, para reforçar que, aconteça o que acontecer, hoje em Estugarda, a minha posição não se altera.
A análise que vou fazer divide-se, claro, nos aspectos positivos e nos aspectos negativos.
Sinal positivo
- Aconteça o que acontecer, o balanço desta campanha é extremamente positivo, acima do esperado pelo comum dos mortais e fica na história
- O espírito de grupo fantástico que Scolari conseguiu é algo que deveria ser estudado e recuperado como um exemplo a seguir
- A equipa foi subindo de forma na competição e caiu apenas aos pés da sua “besta negra”
- Defensivamente irrepreensível
- Ricardo, Ricardo Carvalho, Miguel, Maniche e Figo foram os jogadores “mais”
- Petit, Tiago e Simão eram os únicos com quem se podia contar naquele banco
Sinal negativo
- Voltámos a ficar à porta do Olimpo (é só uma constatação de facto, já que lá chegámos)
- Tremenda incapacidade ofensiva, poucos golos, mesmo contra 10 em algumas situações
- Não conseguimos dar a volta na primeira vez que estivemos em desvantagem
- A falta de alternativas (de jogadores e de tácticas)
- Pauleta, Postiga e os veraneantes Boa Morte e Nuno Gomes estiveram ou mal (os dois primeiros) ou inexistentes. Deco também esteve abaixo do esperado
Scolari
- Resultados históricos para um país como Portugal
- Grande especialista na união de um grupo e de um país
- Falta de um “plano B”
- Teimosia que leva à “cegueira desportiva”
Neste aspecto aqui recupero algumas perguntas que já tinha feito antes do início do campeonato mundial:
- Porque foram à Alemanha jogadores como Nuno Gomes e Boa Morte se não estavam em condições de jogar?
- Não ficou provado que Quaresma e João Moutinho fizeram falta?
- Porque nunca se treinou uma alternativa ao 4-2-3-1 (4-4-2 ou 3-5-2)?
Sem comentários:
Enviar um comentário