Numa transposição para o mundo do futebol, há também uma dúvida semelhante que costuma ocupar técnicos, jornalistas, comentadores e adeptos: É um treinador ou são os jogadores que definem a táctica de uma equipa?
- Alguns defendem que um técnico chega a determinado clube e impõe as suas ideias, moldando os jogadores que tem à disposição.
- Outros preferem dizer que os jogadores obrigam o treinador a adaptar-se ao grupo.
Vem isto a propósito daquela que parece ser a primeira dúvida séria de Fernando Santos no Benfica: que táctica utilizar (4-3-3 ou 4-4-2)?
No centro da "polémica" três jogadores: Simão, Rui Costa e Miccoli.
Aqui colocam-se dois cenários, partindo do princípio que o "maestro" é titular:
- Simão fica: aí a solução mais óbvia parece ser o 4-3-3 (a táctica favorita do "mister"), com o "20" numa ala e Rui Costa a pautar o jogo à frente de dois médios mais defensivos. Neste cenário, a continuidade de Miccoli deixará de ser fundamental já que o ponta-de-lança terá que ter outras características.
- Simão sai: sem o extremo já é mais provável que os "encarnados" joguem em 4-4-2 "losango" com Rui Costa na frente de um tridente que saiba fazer as compensações defensivas e ofensivas, sem extremos, mas que tenha dois avançados (um deles sendo Miccoli pela rapidez e facilidade de remate).
Não tenho certezas sobre qual é a posição correcta, mas prefiro que um treinador, especialmente na primeira época num clube, se adapte à "matéria prima" que tem à disposição.
Claro que, no treino, deve o técnico ter, pelo menos, um plano "A" e um plano "B" para as várias situações de jogo.
Esta é mais uma situação em que, por exemplo, "the special one" está bem preparado já que as suas equipas tanto jogam em 4-3-3 como 4-4-2 "losango". Mourinho tem ainda o plano "C", de emergência, em que joga apenas com três defesas.
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