Em vésperas de Natal, aqui ficam as minhas escolhas para a reabertura do mercado nacional.
Algumas escolhas são absolutamente consensuais, outras nem tanto, mas é isto o futebol.
Na táctica mais utilizada pelos treinadores nacionais (4-2-3-1), escolhi um “onze” de qualidade.
GUARDA REDES –Moretto
DEFESA DIREITO – Rui Duarte (já fazia dupla com Nelson nas minhas escolhas da época passada)
DEFESA CENTRAL –Van der Gaag (mais um repetente)
DEFESA CENTRAL – José Castro
DEFESA ESQUERDO – Jorge Luiz (outra vez)
MÉDIO TRINCO – Andrés Madrid
MÉDIO CENTRO – Vandinho (já conhecido da época passada)
MÉDIO DIREITO – Edson
MÉDIO CRIATIVO – Benachour
MÉDIO ESQUERDO – Ndoye
PONTA LANÇA – Marcel (outro repetente)
Para além dos titulares ainda se arranja um banco à altura: Marcos, Nunes, Miguelito, Lucas, Manuel José, Saganovsky, Bruno Fogaça.
PS: Já agora, Bom Natal...
quinta-feira, dezembro 22, 2005
sábado, dezembro 17, 2005
Claro… como água
Ronald Koeman assume que houve falta no lance que deu o golo e a vitória na partida do Benfica frente ao Nacional da Madeira.
Este simples facto não deveria merecer um “post” mas, em Portugal, seguramente é noticia um treinador assumir que foi beneficiado.
Como diz o ditado: “Contra factos não há argumentos” e a verdade é que os “encarnados” venceram 1-0, num lance em que Luisão faz falta sobre Diego, saltando a bola para Nuno Gomes que não falhou.
É verdade que o árbitro teve outros erros, vários, para as duas equipas, mas aquele é o lance que marca o jogo.
Gostaria que, agora, para além do técnico holandês, também os dirigentes “encarnados” assumissem o erro do árbitro que os beneficiou.
Aqui, o Benfica podia marcar a diferença e não aparecer só quando é prejudicado.
PS: O que dizer da táctica em 5-5-0 que Manuel Machado utilizou até ao golo de Nuno Gomes? Era um autocarro?, um comboio?
Este simples facto não deveria merecer um “post” mas, em Portugal, seguramente é noticia um treinador assumir que foi beneficiado.
Como diz o ditado: “Contra factos não há argumentos” e a verdade é que os “encarnados” venceram 1-0, num lance em que Luisão faz falta sobre Diego, saltando a bola para Nuno Gomes que não falhou.
É verdade que o árbitro teve outros erros, vários, para as duas equipas, mas aquele é o lance que marca o jogo.
Gostaria que, agora, para além do técnico holandês, também os dirigentes “encarnados” assumissem o erro do árbitro que os beneficiou.
Aqui, o Benfica podia marcar a diferença e não aparecer só quando é prejudicado.
PS: O que dizer da táctica em 5-5-0 que Manuel Machado utilizou até ao golo de Nuno Gomes? Era um autocarro?, um comboio?
“Neste inferno, fazemos milagres” (*)
Em altura de bolo-rei, saiu ao Benfica “a fava” no sorteio da Liga dos Campeões.
O actual titular do ceptro europeu, vai ser o adversário dos “encarnados” nos oitavos-de-final da Champions e, em minha opinião, não podia ser pior.
É certo que o “menu” à disposição do campeão nacional não se apresentava fácil, mas, mesmo assim, ainda se conseguia encontrar uns menos maus ou pelo menos alguns que ainda deixavam acesa a luz da esperança (no caso, especialmente, o Arsenal).
A pergunta é: porque é que o Liverpool é a equipa mais complicada?
Especialmente porque, ao contrário do Manchester United, tem uma defesa fortíssima, onde lidera Sammy Hypia, e um treinador espanhol que, pouco a pouco, tem transformado a maneira de jogar e a “disciplinou”, controlando os andamentos do jogo.
Como disse, a defesa é forte (não perdem e não sofrem golos há vários jogos), o meio-campo tem, por exemplo, Xabi Alonso e, especialmente, Gerrard, na frente as opções são muitas e variadas: Morientes, Luís Garcia, Cissé e aquele poste que dá pelo nome de Crouch.
O Benfica para passar precisava de uma equipa com lacunas defensivas, que o Liverpool não tem, e que arriscasse no ataque, o que o Liverpool não faz.
Aliás, não é à toa que o Chelsea, de Mourinho, tem tido cada vez mais problemas para lhes vencer.
A esperança é a última a morrer, mas realmente o cenário não parece nada animador.
Neste contexto, a única vantagem é mesmo o facto da primeira partida ser na Luz. A casa vai estar cheia e o ambiente vai estar frenético, o problema é que eles também não têm um Cristiano Ronaldo.
Será que a mesma equipa consegue dois milagres na mesma época?
(*) frase escrita num cartaz por um dos adeptos que estava na Luz a assistir ao Benfica – Manchester United.
O actual titular do ceptro europeu, vai ser o adversário dos “encarnados” nos oitavos-de-final da Champions e, em minha opinião, não podia ser pior.
É certo que o “menu” à disposição do campeão nacional não se apresentava fácil, mas, mesmo assim, ainda se conseguia encontrar uns menos maus ou pelo menos alguns que ainda deixavam acesa a luz da esperança (no caso, especialmente, o Arsenal).
A pergunta é: porque é que o Liverpool é a equipa mais complicada?
Especialmente porque, ao contrário do Manchester United, tem uma defesa fortíssima, onde lidera Sammy Hypia, e um treinador espanhol que, pouco a pouco, tem transformado a maneira de jogar e a “disciplinou”, controlando os andamentos do jogo.
Como disse, a defesa é forte (não perdem e não sofrem golos há vários jogos), o meio-campo tem, por exemplo, Xabi Alonso e, especialmente, Gerrard, na frente as opções são muitas e variadas: Morientes, Luís Garcia, Cissé e aquele poste que dá pelo nome de Crouch.
O Benfica para passar precisava de uma equipa com lacunas defensivas, que o Liverpool não tem, e que arriscasse no ataque, o que o Liverpool não faz.
Aliás, não é à toa que o Chelsea, de Mourinho, tem tido cada vez mais problemas para lhes vencer.
A esperança é a última a morrer, mas realmente o cenário não parece nada animador.
Neste contexto, a única vantagem é mesmo o facto da primeira partida ser na Luz. A casa vai estar cheia e o ambiente vai estar frenético, o problema é que eles também não têm um Cristiano Ronaldo.
Será que a mesma equipa consegue dois milagres na mesma época?
(*) frase escrita num cartaz por um dos adeptos que estava na Luz a assistir ao Benfica – Manchester United.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
“Menino de ouro”
João Pinto foi assobiado por boa parte dos cerca de 50 mil benfiquistas que estavam na Luz para assistir ao Benfica – Boavista. A pergunta que se coloca é: Porquê?
Sinceramente não encontro explicação para tal atitude dos adeptos “encarnados” para com aquele que foi, durante oito anos, o “menino de ouro”.
Não foi o antigo “camisola 8” da Luz que andou com a equipa às costas durante épocas a fio, em que a qualidade do plantel não abundava? Não foi ele que foi utilizado como bandeira das várias direcções, quase elevado ao nível do Eusébio? Não foi ele que contribuiu decisivamente para as (poucas) alegrias que tivemos durante esse período?
E quanto à saída do clube, foi o ex-capitão que quis sair ou foi escorraçado pelo presidente da altura? Como profissional, foi para o Sporting – podia ter ido para o FC Porto, alguma vez disse mal do Benfica?
As respostas a estas questões são óbvias: João Pinto deu tudo o que tinha pelo Benfica, foi um grande profissional e, apesar de ter saído como saiu, nunca aproveitou esse facto para criticar a instituição.
Ora, assim sendo, aquilo que lhe fizeram no último fim-de-semana na Luz foi uma grande injustiça. João Pinto devia ter sido aplaudido e tratado com o respeito que merece um grande jogador que foi capitão de equipa.
(*) Só para assinalar: este é o post nº 100 do "Doente da Bola".
Sinceramente não encontro explicação para tal atitude dos adeptos “encarnados” para com aquele que foi, durante oito anos, o “menino de ouro”.
Não foi o antigo “camisola 8” da Luz que andou com a equipa às costas durante épocas a fio, em que a qualidade do plantel não abundava? Não foi ele que foi utilizado como bandeira das várias direcções, quase elevado ao nível do Eusébio? Não foi ele que contribuiu decisivamente para as (poucas) alegrias que tivemos durante esse período?
E quanto à saída do clube, foi o ex-capitão que quis sair ou foi escorraçado pelo presidente da altura? Como profissional, foi para o Sporting – podia ter ido para o FC Porto, alguma vez disse mal do Benfica?
As respostas a estas questões são óbvias: João Pinto deu tudo o que tinha pelo Benfica, foi um grande profissional e, apesar de ter saído como saiu, nunca aproveitou esse facto para criticar a instituição.
Ora, assim sendo, aquilo que lhe fizeram no último fim-de-semana na Luz foi uma grande injustiça. João Pinto devia ter sido aplaudido e tratado com o respeito que merece um grande jogador que foi capitão de equipa.
(*) Só para assinalar: este é o post nº 100 do "Doente da Bola".
quarta-feira, dezembro 14, 2005
V(B)entania
Parece certo que, na reabertura de mercado, vai passar por Alvalade uma “bentania” que vai colocar uma mão cheia (ou mais) de jogadores fora do Sporting.
Pinilla já se despediu e vai para o Racing de Santander, Rogério está a caminho do Fluminense e Edson da Polónia, Paíto e Silva devem ser dispensados já (estando no último ano de contrato), Semedo e Varela (mais o primeiro que o segundo) podem ser emprestados para “rodar”. A juntar a estes há ainda o “inadaptado” Wender e, já agora, o “caso” Liedson que, ou renova ou sai.
Se se confirmarem a maioria destas saídas é, obviamente, obrigatório que o Sporting contrate alguns jogadores: laterais para as duas bandas, um central, um avançado, um médio criativo e um extremo.
São muitas mexidas num plantel em poucos meses. O que aconteceu: erro na planificação?; inadaptação dos jogadores (ao clube e ao novo técnico)?; mudança táctica que obriga à mudança de atletas?;
Estas e outras opções são validas. Têm agora a palavra o director-desportivo Carlos Freitas e o treinador Paulo Bento.
Pinilla já se despediu e vai para o Racing de Santander, Rogério está a caminho do Fluminense e Edson da Polónia, Paíto e Silva devem ser dispensados já (estando no último ano de contrato), Semedo e Varela (mais o primeiro que o segundo) podem ser emprestados para “rodar”. A juntar a estes há ainda o “inadaptado” Wender e, já agora, o “caso” Liedson que, ou renova ou sai.
Se se confirmarem a maioria destas saídas é, obviamente, obrigatório que o Sporting contrate alguns jogadores: laterais para as duas bandas, um central, um avançado, um médio criativo e um extremo.
São muitas mexidas num plantel em poucos meses. O que aconteceu: erro na planificação?; inadaptação dos jogadores (ao clube e ao novo técnico)?; mudança táctica que obriga à mudança de atletas?;
Estas e outras opções são validas. Têm agora a palavra o director-desportivo Carlos Freitas e o treinador Paulo Bento.
Acordos… há muitos
O “caso Maciel” e o U. Leiria – FC Porto volta a trazer uma polémica que já parecia (e devia) estar afastada do futebol português.
Desde a época passada que este artigo do Regulamento de Competições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional veio aclarar as situações:
Artigo 32-A
(Cedência de utilização temporária)
"Nas situações de cedência de utilização temporária de um jogador, por parte do clube a que se mostre contratualmente vinculado a um outro clube, são nulas e de nenhum efeito quaisquer cláusulas, ainda que estabelecidas ou acordadas entre as partes intervenientes, e nomeadamente entre clube cessante e clube cessionário, que, por qualquer forma, visem limitar, condicionar ou onerar a livre utilização do jogador em causa por parte de clube cessionário na vigência do período de cedência temporária".
Está escrito em português e não deixa dúvidas: os jogadores emprestados não podem ser impedidos de actual contra os clubes a que estão contratualmente ligados.
O que é certo é que, por um “acordo de cavalheiros” (disse Jorge Jesus à RR na quarta-feira antes do jogo), Maciel não jogou frente aos “dragões”.
Resumindo: Maciel não estava lesionado, não estava castigado… Maciel, que era totalista, não jogou porque o FC Porto não deixou.
Obviamente, não estou a pôr em causa a superioridade dos “azuis e brancos” que poderiam perfeitamente ter ganho o jogo com o dito jogador em campo, o que digo é que, mais uma vez, não foram cumpridos os regulamentos.
Assim sendo, quem de direito tem que castigar quem “driblou” os regulamentos, nem que seja com uma singela multa pecuniária, porque, obviamente, ninguém vai tirar três pontos ao líder FC Porto.
Há, naturalmente, quem defenda estes “impedimentos” com o argumento de que “o atleta será crucificado se falhar contra o clube que lhe paga os ordenados”.
O que é verdade é que falhar todos podem falhar, emprestados ou não, o que não se pode é impedir alguém de cumprir o seu contrato de trabalho.
Só falta agora que o presidente João Bartolomeu ou o técnico Jorge Jesus venham desmentir o dito “acordo de cavalheiros”.
Desde a época passada que este artigo do Regulamento de Competições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional veio aclarar as situações:
Artigo 32-A
(Cedência de utilização temporária)
"Nas situações de cedência de utilização temporária de um jogador, por parte do clube a que se mostre contratualmente vinculado a um outro clube, são nulas e de nenhum efeito quaisquer cláusulas, ainda que estabelecidas ou acordadas entre as partes intervenientes, e nomeadamente entre clube cessante e clube cessionário, que, por qualquer forma, visem limitar, condicionar ou onerar a livre utilização do jogador em causa por parte de clube cessionário na vigência do período de cedência temporária".
Está escrito em português e não deixa dúvidas: os jogadores emprestados não podem ser impedidos de actual contra os clubes a que estão contratualmente ligados.
O que é certo é que, por um “acordo de cavalheiros” (disse Jorge Jesus à RR na quarta-feira antes do jogo), Maciel não jogou frente aos “dragões”.
Resumindo: Maciel não estava lesionado, não estava castigado… Maciel, que era totalista, não jogou porque o FC Porto não deixou.
Obviamente, não estou a pôr em causa a superioridade dos “azuis e brancos” que poderiam perfeitamente ter ganho o jogo com o dito jogador em campo, o que digo é que, mais uma vez, não foram cumpridos os regulamentos.
Assim sendo, quem de direito tem que castigar quem “driblou” os regulamentos, nem que seja com uma singela multa pecuniária, porque, obviamente, ninguém vai tirar três pontos ao líder FC Porto.
Há, naturalmente, quem defenda estes “impedimentos” com o argumento de que “o atleta será crucificado se falhar contra o clube que lhe paga os ordenados”.
O que é verdade é que falhar todos podem falhar, emprestados ou não, o que não se pode é impedir alguém de cumprir o seu contrato de trabalho.
Só falta agora que o presidente João Bartolomeu ou o técnico Jorge Jesus venham desmentir o dito “acordo de cavalheiros”.
É Natal…
Apesar de ser ano de Mundial, a Liga portuguesa vai, como habitualmente, parar para férias de Natal e Ano Novo.
A jornada 16 joga-se a 21 de Dezembro (quarta-feira) e depois a seguinte regressa apenas a 8 de Janeiro.
Ou seja, em Portugal, o campeonato principal pára 18 dias.
Já em Inglaterra, no espaço de uma semana, fazem-se quatro (4) partidas para a Premiership: 26, 28 e 31 de Dezembro e 2 de Janeiro.
Não sei qual das duas políticas está correcta mas, em minha opinião, devia aplicar-se a este caso o ditado “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
Fazer quatro jogos no espaço de uma semana (ainda por cima festiva) parece-me errado e até perigoso para a integridade física dos atletas, do mesmo modo que parar de competir durante mais de duas semanas também não me parece ser correcto.
Entretanto, aqui fica a opinião de alguém que é conhecedor das duas realidades: José Mourinho já veio dizer que concorda com as férias natalícias e dá até o exemplo de Co Adriaanse que, segundo o treinador do Chelsea, faz bem em dar férias prolongadas aos “dragões” (10 ou 11 dias), porque depois tudo se recupera em três ou quatro dias.
Está aberto o debate…
A jornada 16 joga-se a 21 de Dezembro (quarta-feira) e depois a seguinte regressa apenas a 8 de Janeiro.
Ou seja, em Portugal, o campeonato principal pára 18 dias.
Já em Inglaterra, no espaço de uma semana, fazem-se quatro (4) partidas para a Premiership: 26, 28 e 31 de Dezembro e 2 de Janeiro.
Não sei qual das duas políticas está correcta mas, em minha opinião, devia aplicar-se a este caso o ditado “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
Fazer quatro jogos no espaço de uma semana (ainda por cima festiva) parece-me errado e até perigoso para a integridade física dos atletas, do mesmo modo que parar de competir durante mais de duas semanas também não me parece ser correcto.
Entretanto, aqui fica a opinião de alguém que é conhecedor das duas realidades: José Mourinho já veio dizer que concorda com as férias natalícias e dá até o exemplo de Co Adriaanse que, segundo o treinador do Chelsea, faz bem em dar férias prolongadas aos “dragões” (10 ou 11 dias), porque depois tudo se recupera em três ou quatro dias.
Está aberto o debate…
sábado, dezembro 10, 2005
(In)coerência
Há várias coisas que me enervam, no futebol e fora dele, uma delas é a incoerência.
Não posso com aquelas pessoas que, de um dia para o outro ou do dia para a noite, mudam de opinião sobre determinado assunto ou vão variando consoante o “ângulo de análise” (leia-se, se é contra ou a favor do “meu clube”).
Vem isto a propósito da última atitude da direcção do Benfica, que sinceramente me deixou perplexo.
Os “encarnados” apresentaram queixa à UEFA das atitudes inqualificáveis de Cristiano Ronaldo, na Luz, no jogo da "Champions".
Não há dúvida que Ronaldo não devia ter feito o que fez (um profissional tem que saber aguentar a pressão), mas isso não devia dar ao Benfica o direito de apresentar queixa.
Por duas razões fundamentais: primeiro, “aquilo” é uma situação, diria, “normal” num jogo de futebol e a “quente”; segundo – e ainda mais importante – porque o próprio Benfica queixou-se e lamentou atitude semelhante do FC Porto aquando do “caso Nuno Gomes”.
Ora, dito isto, como se explica que a equipa da Luz critique a queixa dos “dragões” e, semanas depois, tome atitude semelhante em relação a Cristiano Ronaldo?
Não se percebe, é injusto, incoerente e, já agora, indigno do Benfica.
Não posso com aquelas pessoas que, de um dia para o outro ou do dia para a noite, mudam de opinião sobre determinado assunto ou vão variando consoante o “ângulo de análise” (leia-se, se é contra ou a favor do “meu clube”).
Vem isto a propósito da última atitude da direcção do Benfica, que sinceramente me deixou perplexo.
Os “encarnados” apresentaram queixa à UEFA das atitudes inqualificáveis de Cristiano Ronaldo, na Luz, no jogo da "Champions".
Não há dúvida que Ronaldo não devia ter feito o que fez (um profissional tem que saber aguentar a pressão), mas isso não devia dar ao Benfica o direito de apresentar queixa.
Por duas razões fundamentais: primeiro, “aquilo” é uma situação, diria, “normal” num jogo de futebol e a “quente”; segundo – e ainda mais importante – porque o próprio Benfica queixou-se e lamentou atitude semelhante do FC Porto aquando do “caso Nuno Gomes”.
Ora, dito isto, como se explica que a equipa da Luz critique a queixa dos “dragões” e, semanas depois, tome atitude semelhante em relação a Cristiano Ronaldo?
Não se percebe, é injusto, incoerente e, já agora, indigno do Benfica.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Não há desculpas
Quando um colega e amigo me disse qual tinha sido o sorteio para o Mundial 2006, a minha primeira reacção foi rir e dizer: “Estás a gozar!?”.
Afinal, era mesmo verdade: calharam a Portugal três "vultos" do futebol mundial (México, Irão e Angola).
Que mais podia a selecção nacional desejar para a primeira fase de grupos do Mundial da Alemanha? Nem os mais optimistas poderiam pedir melhor companhia para a selecção das “quinas”.
Face aos três adversários, só há uma hipótese: a equipa de Scolari tem que fazer, no mínimo, sete pontos e ficar em primeiro lugar no “grupo D”.
Atenção ao facto do grupo de Portugal cruzar com a Argentina e, portanto, convém mesmo ter isso em atenção.
Não há desculpas e, desta vez, não pode haver as “baldas” ou os “desleixos” que acontecerem na Coreia e no Japão em que o nosso grupo também não era nada de especial e, mesmo assim, "ficámos a ver navios".
O "plantel" à disposição de Scolari é, agora, mais forte do que era nessa altura e o aviso para o que correu mal, também em termos organizativos, tem que servir de exemplo e não pode ser esquecido.
De Luiz Felipe Scolari que mais há a dizer? O homem parece mesmo abençoado.
Espero que, agora, o "mister" se deixe de “teorias da conspiração”, de medos de “cabalas” e “lobbies” e se limite a fazer o seu trabalho: seleccionar os melhores 23 e prepará-los (bem) para a competição.
Aqui fica o resumo do sorteio:
O primeiro jogo da selecção nacional realiza-se a 11 de Junho, na cidade de Colónia, e o adversário será Angola, segue-se o Irão, a 17 de Junho, em Frankfurt, e para terminar a fase de grupos Portugal defronta o México, dia 21, em Gelsenkirchen.
O Mundial de 2006 arranca a 9 de Junho com o Alemanha-Costa Rica, que terá como palco o Estádio Olímpico de Munique.
Grupo A: Alemanha, Costa Rica, Polónia e Equador.
Grupo B: Inglaterra, Paraguai, Trinidade e Tobago e Suécia.
Grupo C: Argentina, Costa do Marfim, Sérvia e Montenegro e Holanda.
Grupo D: México, Irão, Angola e Portugal.
Grupo E: Itália, Gana, Estados Unidos e República Checa.
Grupo F: Brasil, Croácia, Austrália e Japão.
Grupo G: França, Suiça, Coreia do Sul e Togo.
Grupo H: Espanha, Ucrânia, Tunísia e Arábia Saudita.
Afinal, era mesmo verdade: calharam a Portugal três "vultos" do futebol mundial (México, Irão e Angola).
Que mais podia a selecção nacional desejar para a primeira fase de grupos do Mundial da Alemanha? Nem os mais optimistas poderiam pedir melhor companhia para a selecção das “quinas”.
Face aos três adversários, só há uma hipótese: a equipa de Scolari tem que fazer, no mínimo, sete pontos e ficar em primeiro lugar no “grupo D”.
Atenção ao facto do grupo de Portugal cruzar com a Argentina e, portanto, convém mesmo ter isso em atenção.
Não há desculpas e, desta vez, não pode haver as “baldas” ou os “desleixos” que acontecerem na Coreia e no Japão em que o nosso grupo também não era nada de especial e, mesmo assim, "ficámos a ver navios".
O "plantel" à disposição de Scolari é, agora, mais forte do que era nessa altura e o aviso para o que correu mal, também em termos organizativos, tem que servir de exemplo e não pode ser esquecido.
De Luiz Felipe Scolari que mais há a dizer? O homem parece mesmo abençoado.
Espero que, agora, o "mister" se deixe de “teorias da conspiração”, de medos de “cabalas” e “lobbies” e se limite a fazer o seu trabalho: seleccionar os melhores 23 e prepará-los (bem) para a competição.
Aqui fica o resumo do sorteio:
O primeiro jogo da selecção nacional realiza-se a 11 de Junho, na cidade de Colónia, e o adversário será Angola, segue-se o Irão, a 17 de Junho, em Frankfurt, e para terminar a fase de grupos Portugal defronta o México, dia 21, em Gelsenkirchen.
O Mundial de 2006 arranca a 9 de Junho com o Alemanha-Costa Rica, que terá como palco o Estádio Olímpico de Munique.
Grupo A: Alemanha, Costa Rica, Polónia e Equador.
Grupo B: Inglaterra, Paraguai, Trinidade e Tobago e Suécia.
Grupo C: Argentina, Costa do Marfim, Sérvia e Montenegro e Holanda.
Grupo D: México, Irão, Angola e Portugal.
Grupo E: Itália, Gana, Estados Unidos e República Checa.
Grupo F: Brasil, Croácia, Austrália e Japão.
Grupo G: França, Suiça, Coreia do Sul e Togo.
Grupo H: Espanha, Ucrânia, Tunísia e Arábia Saudita.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Um Benfica… à Benfica
Afinal, houve mesmo milagre na “nova catedral” e os “encarnados” vingaram a noite de 1968.
Foi grande o sofrimento dos 65 mil na Luz e dos milhões que assistiram pela televisão, mas o Benfica voltou às grandes noites europeias.
É bom não esquecer: este Manchester United estava na máxima força e ao Benfica faltavam cinco titulares.
A entrega dos jogadores foi imensa, sabendo dessas limitações e do poderio do adversário.
Mesmo a perder, a equipa de Koeman não desesperou, conseguiu algumas boas jogadas e dois golos que viraram o jogo.
No segundo tempo… sofrer e sofrer até ao fim, com o Manchester United a usar toda a artilharia possível, colocando “toda a carne no assador”, o que chegou a sufocar o Benfica.
Insuperáveis estiveram os defesas do Benfica (magistral Luísão), incansáveis todos os outros. Importante a posição de Geovanni, que hoje correu o equivalente aos últimos três meses.
As limitações do plantel não desapareceram e não se pode embandeirar em arco, mas esta noite, os jogadores do Benfica superaram-se a si próprios. Ficou provado, mais uma vez, que os nomes e os orçamentos não ganham jogos.
De Cristiano Ronaldo nem quero falar...
Agora, vamos ver se o Benfica consegue gerir Liga e Champions com o curto plantel que tem.
Eusébio e companhia estão vingados… e seis milhões estão em festa.
Foi grande o sofrimento dos 65 mil na Luz e dos milhões que assistiram pela televisão, mas o Benfica voltou às grandes noites europeias.
É bom não esquecer: este Manchester United estava na máxima força e ao Benfica faltavam cinco titulares.
A entrega dos jogadores foi imensa, sabendo dessas limitações e do poderio do adversário.
Mesmo a perder, a equipa de Koeman não desesperou, conseguiu algumas boas jogadas e dois golos que viraram o jogo.
No segundo tempo… sofrer e sofrer até ao fim, com o Manchester United a usar toda a artilharia possível, colocando “toda a carne no assador”, o que chegou a sufocar o Benfica.
Insuperáveis estiveram os defesas do Benfica (magistral Luísão), incansáveis todos os outros. Importante a posição de Geovanni, que hoje correu o equivalente aos últimos três meses.
As limitações do plantel não desapareceram e não se pode embandeirar em arco, mas esta noite, os jogadores do Benfica superaram-se a si próprios. Ficou provado, mais uma vez, que os nomes e os orçamentos não ganham jogos.
De Cristiano Ronaldo nem quero falar...
Agora, vamos ver se o Benfica consegue gerir Liga e Champions com o curto plantel que tem.
Eusébio e companhia estão vingados… e seis milhões estão em festa.
É só uma ideia...
E se (e se) esta noite, no jogo do tudo ou nada para a Champions na Luz, o Benfica entrasse em campo em 3-5-2 para contrapor ao esperado 4-4-2 do Manchester United?
É mesmo só uma ideia, porque, de repente, Sir Alex até pode entrar com uma equipa de maior contenção e optar por um só ponta-de-lança de início (não é provável, mas possível).
Mas voltando ao Benfica e aos três centrais...
Eu sei que "nenhuma grande equipa joga com três centraias", eu sei que os "encarnados" não estão rotinados neste sistema (e que nos dois jogos que assim jogaram, a "coisa" correu mal), e que as grandes equipas não mudam as estratégias consoante os adversários, e que o plantel não permite "inventar", e que há cinco baixas entre os titulares, e que...
Mesmo consciente de todos estes "e ques", não me chocaria que hoje, o Benfica arriscasse e se adaptasse ao adversário tentando tirar proveito daquela que é, actualmente, a sua vantagem: exactamente a consistência defensiva.
Ficavam três centrais para os dois avançados do Man United e cinco médios (com Nelson e Léo nas alas) para quatro dos "red devils" (com especial atenção aos extremos e, claro, às entradas de Scholes) e Geovanni a apoiar Nuno Gomes na frente. Ou seja, a equipa ficava, no papel, equilibrada.
Apesar de a vitória ser obrigatória, a equipa da Luz não pode perder a cabeça porque um golo do adversário é "a morte do artista".
Esta é só uma proposta, mas, resumindo e concluindo, o Benfica precisa da vitória e, se calhar, de um milagre.
É mesmo só uma ideia, porque, de repente, Sir Alex até pode entrar com uma equipa de maior contenção e optar por um só ponta-de-lança de início (não é provável, mas possível).
Mas voltando ao Benfica e aos três centrais...
Eu sei que "nenhuma grande equipa joga com três centraias", eu sei que os "encarnados" não estão rotinados neste sistema (e que nos dois jogos que assim jogaram, a "coisa" correu mal), e que as grandes equipas não mudam as estratégias consoante os adversários, e que o plantel não permite "inventar", e que há cinco baixas entre os titulares, e que...
Mesmo consciente de todos estes "e ques", não me chocaria que hoje, o Benfica arriscasse e se adaptasse ao adversário tentando tirar proveito daquela que é, actualmente, a sua vantagem: exactamente a consistência defensiva.
Ficavam três centrais para os dois avançados do Man United e cinco médios (com Nelson e Léo nas alas) para quatro dos "red devils" (com especial atenção aos extremos e, claro, às entradas de Scholes) e Geovanni a apoiar Nuno Gomes na frente. Ou seja, a equipa ficava, no papel, equilibrada.
Apesar de a vitória ser obrigatória, a equipa da Luz não pode perder a cabeça porque um golo do adversário é "a morte do artista".
Esta é só uma proposta, mas, resumindo e concluindo, o Benfica precisa da vitória e, se calhar, de um milagre.
“Et pluribus unum”
Todos por uma… vitória. É “só” isto que o Benfica precisa esta noite: derrotar o Manchester United na “nova catedral” na noite da “encruzilhada”.
Em caso de vitória – e só assim – os “encarnados” seguem em frente na Liga dos Campeões.
A tarefa não é fácil, diria mesmo que é muito improvável, face à diferença de qualidade dos plantéis.
Nos cinco jogos anteriores da Champions, o Benfica desperdiçou várias ocasiões para fazer mais pontos (especialmente em Old Trafford e em Espanha) e agora vai ter que entrar em campo para um jogo de “mata-mata”.
Com a visita do Man United, que não vem passear a Lisboa, já que fica “fora de jogo” se perder, a equipa da Luz vai ter que fazer um jogo quase “épico”.
É bom não esquecer que, hoje os “red devils” de Alex Fergusson vêm praticamente na máxima força (ao contrário da primeira volta), enquanto o Benfica vai jogar amputado de pedras fundamentais.
Simão, Micolli, Karagounis e Manuel Fernandes, mais Moreira (será que Quim está a 100%) não vão entrar em campo e aqui está metade do 11 titular de Ronald Koeman.
Como já foi amplamente notado, o plantel não é nada largo e estas lacunas notam-se e muito. Para felicidade do Benfica, a defesa está intacta e pode ser que esteja aí a chave se esta conseguir segurar Nistelrooy, Rooney, Giggs, Scholes e, claro, Ronaldo.
O Benfica está numa encruzilhada: Apesar de ser obrigado a ganhar, não pode atacar desmesuradamente, sem cuidados defensivos, por várias razões: primeiro porque não tem equipa para isso (a equipa joga melhor em contra-ataque e não em ataque continuado) e, depois, porque o ataque adversário seria (será) mortífero.
É nestes jogos “impossíveis” que os portugueses se costumam suplantar e fazer autênticos milagres.
Lembro-me sempre de vários jogos. Cito apenas dois: um do Benfica (em Londres, frente ao Arsenal, vitória 3-1) e outro da Selecção (1-0 na Alemanha, golo de Carlos Manuel).
Esta é a reedição de um jogo histórico. Que pena já não haver Eusébio de “águia ao peito”. Esperemos que, desta vez, o resultado seja diferente.
Em caso de vitória – e só assim – os “encarnados” seguem em frente na Liga dos Campeões.
A tarefa não é fácil, diria mesmo que é muito improvável, face à diferença de qualidade dos plantéis.
Nos cinco jogos anteriores da Champions, o Benfica desperdiçou várias ocasiões para fazer mais pontos (especialmente em Old Trafford e em Espanha) e agora vai ter que entrar em campo para um jogo de “mata-mata”.
Com a visita do Man United, que não vem passear a Lisboa, já que fica “fora de jogo” se perder, a equipa da Luz vai ter que fazer um jogo quase “épico”.
É bom não esquecer que, hoje os “red devils” de Alex Fergusson vêm praticamente na máxima força (ao contrário da primeira volta), enquanto o Benfica vai jogar amputado de pedras fundamentais.
Simão, Micolli, Karagounis e Manuel Fernandes, mais Moreira (será que Quim está a 100%) não vão entrar em campo e aqui está metade do 11 titular de Ronald Koeman.
Como já foi amplamente notado, o plantel não é nada largo e estas lacunas notam-se e muito. Para felicidade do Benfica, a defesa está intacta e pode ser que esteja aí a chave se esta conseguir segurar Nistelrooy, Rooney, Giggs, Scholes e, claro, Ronaldo.
O Benfica está numa encruzilhada: Apesar de ser obrigado a ganhar, não pode atacar desmesuradamente, sem cuidados defensivos, por várias razões: primeiro porque não tem equipa para isso (a equipa joga melhor em contra-ataque e não em ataque continuado) e, depois, porque o ataque adversário seria (será) mortífero.
É nestes jogos “impossíveis” que os portugueses se costumam suplantar e fazer autênticos milagres.
Lembro-me sempre de vários jogos. Cito apenas dois: um do Benfica (em Londres, frente ao Arsenal, vitória 3-1) e outro da Selecção (1-0 na Alemanha, golo de Carlos Manuel).
Esta é a reedição de um jogo histórico. Que pena já não haver Eusébio de “águia ao peito”. Esperemos que, desta vez, o resultado seja diferente.
Cartão vermelho
O FC Porto está fora das competições europeias depois de esta noite não ter vencido o Artmédia na Eslováquia.
Para ser justo, convém dizer que não foi esta noite que os “dragões” desperdiçaram a hipótese de qualificação.
Mais grave, muito mais grave, foram as derrotas, especialmente esta, com o Artmédia (casa) e o Rangers (fora). O que é curioso é que os “azuis e brancos” venceram o jogo menos provável (frente ao Inter).
Pode sempre dizer-se que o FC Porto teve azar em algumas partidas, que o plantel é inexperiente, mas o que também é certo é que Co Adriaanse inventou em muitos jogos e nunca assumiu as suas responsabilidades.
Quando saiu o sorteio, todos pensaram que o vice-campeão português seria, pelo menos, o segundo no grupo, o que é verdade é que a equipa desperdiçou uma ocasião soberana de continuar na principal prova da UEFA.
Para além de Co Adriaanse, também Pinto da Costa não pode ser esquecido. Ele é o principal responsável, até porque continua a dar "carta branca" ao técnico holandês.
Esta é a pior campanha na Europa dos “dragões” nas últimas 10 épocas.
É verdade que os “azuis e brancos” são líderes na Liga portuguesa, mas continua a parecer que o plantel (o melhor do país) não está a ser bem aproveitado.
Para ser justo, convém dizer que não foi esta noite que os “dragões” desperdiçaram a hipótese de qualificação.
Mais grave, muito mais grave, foram as derrotas, especialmente esta, com o Artmédia (casa) e o Rangers (fora). O que é curioso é que os “azuis e brancos” venceram o jogo menos provável (frente ao Inter).
Pode sempre dizer-se que o FC Porto teve azar em algumas partidas, que o plantel é inexperiente, mas o que também é certo é que Co Adriaanse inventou em muitos jogos e nunca assumiu as suas responsabilidades.
Quando saiu o sorteio, todos pensaram que o vice-campeão português seria, pelo menos, o segundo no grupo, o que é verdade é que a equipa desperdiçou uma ocasião soberana de continuar na principal prova da UEFA.
Para além de Co Adriaanse, também Pinto da Costa não pode ser esquecido. Ele é o principal responsável, até porque continua a dar "carta branca" ao técnico holandês.
Esta é a pior campanha na Europa dos “dragões” nas últimas 10 épocas.
É verdade que os “azuis e brancos” são líderes na Liga portuguesa, mas continua a parecer que o plantel (o melhor do país) não está a ser bem aproveitado.
domingo, dezembro 04, 2005
Compras de Natal
Dezembro é o mês em que os dirigentes e treinadores têm que decidir o que querem fazer com os respectivos plantéis.
Os acertos (entradas e saídas) podem ser feitos a partir do início do mês que vem e, por isso, é agora que as contas começam.
Vamos, aqui e agora, analisar as lacunas dos chamados “três grandes”.
BENFICA
No campeão nacional, já se sabe, há grandes desequilíbrios no lote de jogadores ao dispor de Ronald Koeman.
O Benfica necessitaria, em minha opinião, de quatro jogadores: dois avançados (um mais fixo, um mais móvel), um extremo (que jogue nos dois flancos) e um guarda-redes.
Vamos por partes, no ataque: os “encarnados” têm actualmente Nuno Gomes, Miccoli e Mantorras. Logo aqui se nota a falta de um homem forte no jogo aéreo. A juntar a esse facto, há ainda o “pormenor” de Mantorras ir estar “fora de jogo” várias semanas devido à CAN, isto claro, já descontando as lesões de Miccoli.
Assim, um jogador tipo “Karadas” (mas na versão jogador) e um outro “Miccoli” (que possa também descair nos flancos) seriam necessários para equilibrar e dar opções a Koeman.
Depois, um extremo, de preferência que possa jogar nas duas alas. Simão e Geovanni não têm alternativas sérias no grupo e tudo se agrava quando há lesões (do capitão) ou “sonecas” (de Geovanni).
O jovem Manu, emprestado pelo Benfica ao Estrela da Amadora, poderia ser a solução mais económica. Já agora, a juntar a este regresso, podia e devia apostar-se mais no Hélio Roque.
Por outro lado, face à grave lesão de Moreira, aos problemas de Quim e à inexperiência de Nereu, o Benfica terá que apostar na contratação de um guarda-redes que dê segurança à equipa.
Aqui tem duas hipóteses: ou faz um remendo e encontra um jogador emprestado até final da época ou investe, já, num nome certo e seguro para futuro. A SAD que decida o que quer ou pode fazer.
Claro que podiam ainda vir mais jogadores e tudo se pode agravar se, por exemplo, Simão sair (não me parece nada boa política que o “20” saia no meio da época, e os resultados têm-me dado razão, mas…o dinheiro é quem mais ordena), mas estas são as faltas mais evidentes.
FC PORTO
Os “dragões” têm o melhor e mais equilibrado plantel da Liga de futebol e, sendo assim, podiam não precisar de reforços. Mas precisam.
Há lacunas entre os “azuis e brancos” especialmente na defesa.
Apesar de ter cinco defesas-centrais, Co Adriaanse está com dificuldades em encontrar um parceiro para Pedro Emanuel. Já se fala em Caneira para vir ocupar a vaga que vai ser deixada vaga pelo “capitão” Jorge Costa.
Depois há o “caso” das laterais: à direita temos Bosingwa e Sonkaya mas nenhum dos dois dá garantias de qualidade e, por isso, seria necessário um defesa-direito que pegasse de estaca; na esquerda, César Peixoto é adaptação e Cech demora a convencer o próprio técnico que o trouxe.
No ataque, com as lesões de Sokota e Bruno Morais e as “birras” (diferentes) de McCarthy e Postiga não seria de estranhar se viesse alguém para fazer companhia ao “bombardeiro” Hugo Almeida.
Pode ser que venha também um extremo-esquerdo para permitir a Lisandro Lopez mais liberdade na frente de ataque e a Quaresma que jogue sobre a direita.
SPORTING
Nos “leões” entrou Paulo Bento para o lugar de José Peseiro e houve jogadores que ganharam mais protagonismo (Nani é apenas o mais notado).
Para a reabertura de mercado, os “verde e brancos” necessitariam de começar por reforçar a linha defensiva.
Um central “à Enakharire” e dois defesas-laterais (especialmente esquerdo, se Rogério não sair) seriam prioridades.
Depois, no meio-campo, um “Rochemback” (que João Alves não está a conseguir ser) seria importante para pautar o jogo.
No ataque, para além de se saber o que se quer fazer com o “levezinho” e com o “bebé chorão” Pinigol, seria também importante se se vai apostar nos flancos ou não nas acções ofensivas. Se a resposta for positiva então é obrigatório encontrar companhia para Douala, Nani e Wender (esperando que este se adapte).
Falta saber se há dinheiro para os acertos…
PS1: estas análises partem do princípio que jogadores-chave não saem agora em Janeiro (Simão, McCarthy, Liedson). Se se confirmarem os abandonos, os respectivos clubes, para além de terem que receber bom dinheiro, têm que ter “olho clínico” para as substituições e a meio da época isso não se me afigura (nada) fácil.
PS2: num próximo post darei a conhecer as minhas escolhas para reforços, tendo como base, única e exclusivamente, o campeonato da Liga.
Os acertos (entradas e saídas) podem ser feitos a partir do início do mês que vem e, por isso, é agora que as contas começam.
Vamos, aqui e agora, analisar as lacunas dos chamados “três grandes”.
BENFICA
No campeão nacional, já se sabe, há grandes desequilíbrios no lote de jogadores ao dispor de Ronald Koeman.
O Benfica necessitaria, em minha opinião, de quatro jogadores: dois avançados (um mais fixo, um mais móvel), um extremo (que jogue nos dois flancos) e um guarda-redes.
Vamos por partes, no ataque: os “encarnados” têm actualmente Nuno Gomes, Miccoli e Mantorras. Logo aqui se nota a falta de um homem forte no jogo aéreo. A juntar a esse facto, há ainda o “pormenor” de Mantorras ir estar “fora de jogo” várias semanas devido à CAN, isto claro, já descontando as lesões de Miccoli.
Assim, um jogador tipo “Karadas” (mas na versão jogador) e um outro “Miccoli” (que possa também descair nos flancos) seriam necessários para equilibrar e dar opções a Koeman.
Depois, um extremo, de preferência que possa jogar nas duas alas. Simão e Geovanni não têm alternativas sérias no grupo e tudo se agrava quando há lesões (do capitão) ou “sonecas” (de Geovanni).
O jovem Manu, emprestado pelo Benfica ao Estrela da Amadora, poderia ser a solução mais económica. Já agora, a juntar a este regresso, podia e devia apostar-se mais no Hélio Roque.
Por outro lado, face à grave lesão de Moreira, aos problemas de Quim e à inexperiência de Nereu, o Benfica terá que apostar na contratação de um guarda-redes que dê segurança à equipa.
Aqui tem duas hipóteses: ou faz um remendo e encontra um jogador emprestado até final da época ou investe, já, num nome certo e seguro para futuro. A SAD que decida o que quer ou pode fazer.
Claro que podiam ainda vir mais jogadores e tudo se pode agravar se, por exemplo, Simão sair (não me parece nada boa política que o “20” saia no meio da época, e os resultados têm-me dado razão, mas…o dinheiro é quem mais ordena), mas estas são as faltas mais evidentes.
FC PORTO
Os “dragões” têm o melhor e mais equilibrado plantel da Liga de futebol e, sendo assim, podiam não precisar de reforços. Mas precisam.
Há lacunas entre os “azuis e brancos” especialmente na defesa.
Apesar de ter cinco defesas-centrais, Co Adriaanse está com dificuldades em encontrar um parceiro para Pedro Emanuel. Já se fala em Caneira para vir ocupar a vaga que vai ser deixada vaga pelo “capitão” Jorge Costa.
Depois há o “caso” das laterais: à direita temos Bosingwa e Sonkaya mas nenhum dos dois dá garantias de qualidade e, por isso, seria necessário um defesa-direito que pegasse de estaca; na esquerda, César Peixoto é adaptação e Cech demora a convencer o próprio técnico que o trouxe.
No ataque, com as lesões de Sokota e Bruno Morais e as “birras” (diferentes) de McCarthy e Postiga não seria de estranhar se viesse alguém para fazer companhia ao “bombardeiro” Hugo Almeida.
Pode ser que venha também um extremo-esquerdo para permitir a Lisandro Lopez mais liberdade na frente de ataque e a Quaresma que jogue sobre a direita.
SPORTING
Nos “leões” entrou Paulo Bento para o lugar de José Peseiro e houve jogadores que ganharam mais protagonismo (Nani é apenas o mais notado).
Para a reabertura de mercado, os “verde e brancos” necessitariam de começar por reforçar a linha defensiva.
Um central “à Enakharire” e dois defesas-laterais (especialmente esquerdo, se Rogério não sair) seriam prioridades.
Depois, no meio-campo, um “Rochemback” (que João Alves não está a conseguir ser) seria importante para pautar o jogo.
No ataque, para além de se saber o que se quer fazer com o “levezinho” e com o “bebé chorão” Pinigol, seria também importante se se vai apostar nos flancos ou não nas acções ofensivas. Se a resposta for positiva então é obrigatório encontrar companhia para Douala, Nani e Wender (esperando que este se adapte).
Falta saber se há dinheiro para os acertos…
PS1: estas análises partem do princípio que jogadores-chave não saem agora em Janeiro (Simão, McCarthy, Liedson). Se se confirmarem os abandonos, os respectivos clubes, para além de terem que receber bom dinheiro, têm que ter “olho clínico” para as substituições e a meio da época isso não se me afigura (nada) fácil.
PS2: num próximo post darei a conhecer as minhas escolhas para reforços, tendo como base, única e exclusivamente, o campeonato da Liga.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Riscas e riscos…
Joga-se esta sexta-feira o clássico do Dragão entre FC Porto e Sporting. Frente a frente, o líder “azul e branco” e os “leões” em recuperação.
O factor casa poderá vir a dar ligeira vantagem ao FC Porto mas, “a descontar”, está o “factor Adriaanse”.
Como vai o técnico holandês abordar o jogo? Vai colocar os jogadores que estão em melhor forma? Vai jogar, utopicamente e loucamente, ao ataque? Vai gerir, também a pensar a Liga dos Campeões? Vai saber ler o jogo?
Quanto ao Sporting tem pouco a perder e muito a ganhar com esta partida. A equipa ganhou tranquilidade com Paulo Bento, voltou a ganhar jogos, está a subir na tabela e joga fora. Por isso, qualquer mau resultado trazido do sucessor das Antas, não deve abalar a equipa.
No que diz respeito às equipas: Co Adriaanse está na máxima força (só faltam Sokota, que nunca foi primeira escolha, e Bruno Morais que está lesionado desde o princípio da época).
McCarthy deve continuar a sua travessia no deserto.
Já Paulo Bento continua a deixar Liedson de fora por castigo e não joga com Douala, Beto e João Alves, todos lesionados.
Assim sendo, se Adriaanse não inventar, deve jogar em 4-3-3: Vítor Baia, Bosingwa (à falta de melhor), Pedro Emanuel, Pepe e Cech (duvido que César Peixoto jogue depois do que aconteceu em Barcelos); Paulo Assunção, Lucho e Ibson (Jorginho e Diego não estão em forma); e um trio na frente de ataque (Lisandro, Hugo Almeida e Quaresma).
Do lado “verde e branco”, sem Liedson e Douala, o jovem treinador português vai ter que procurar parceiro para o “renascido” Deivid. Paulo Bento tem três opções: Sá Pinto (a mais provável, até porque, para além de jogar na frente também fecha melhor no meio-campo), Wender (o mais parecido com o avançado camaronês, mas que não tem jogado) ou a surpresa Pinilla (“bebé chorão”, avançado mais central, mais semelhante ao “levezinho”).
Sem extremos clássicos e face ao 4-3-3 adversário, o Sporting deve entrar em campo com um 4-4-2, em losango (“à Mourinho” da época passada).
Na baliza, o “renascido” Ricardo, na defesa Rogério, Tonel, Polga e André Marques (o miúdo jogou bem a última partida, mas talvez ainda jogue o adaptado Tello); Custódio, João Moutinho, Carlos Martins e Nani; Sá Pinto (porque não Pinilla?!) e Deivid.
Se se confirmarem estas tácticas, talvez o Sporting tenha alguma vantagem em campo. A principal luta seria entre um ataque que pode ser demolidor, mas que tem marcado poucos golos, contra uma defesa instável e insegura.
Quem ganhar este confronto directo vai estar mais perto de vencer a partida do Dragão. Depois há dois avançados centrais do Sporting contra dois centrais do FC Porto e três médios "azuis" (mais compactos), contra quatro "verdes" (mais "espalha brazas").
À espreita deste resultado vai estar uma mão cheia de equipas: desde o Nacional ao Braga, passando pelo Setúbal e chegando, obviamente, ao Benfica, que espera que o FC Porto não ganhe.
O factor casa poderá vir a dar ligeira vantagem ao FC Porto mas, “a descontar”, está o “factor Adriaanse”.
Como vai o técnico holandês abordar o jogo? Vai colocar os jogadores que estão em melhor forma? Vai jogar, utopicamente e loucamente, ao ataque? Vai gerir, também a pensar a Liga dos Campeões? Vai saber ler o jogo?
Quanto ao Sporting tem pouco a perder e muito a ganhar com esta partida. A equipa ganhou tranquilidade com Paulo Bento, voltou a ganhar jogos, está a subir na tabela e joga fora. Por isso, qualquer mau resultado trazido do sucessor das Antas, não deve abalar a equipa.
No que diz respeito às equipas: Co Adriaanse está na máxima força (só faltam Sokota, que nunca foi primeira escolha, e Bruno Morais que está lesionado desde o princípio da época).
McCarthy deve continuar a sua travessia no deserto.
Já Paulo Bento continua a deixar Liedson de fora por castigo e não joga com Douala, Beto e João Alves, todos lesionados.
Assim sendo, se Adriaanse não inventar, deve jogar em 4-3-3: Vítor Baia, Bosingwa (à falta de melhor), Pedro Emanuel, Pepe e Cech (duvido que César Peixoto jogue depois do que aconteceu em Barcelos); Paulo Assunção, Lucho e Ibson (Jorginho e Diego não estão em forma); e um trio na frente de ataque (Lisandro, Hugo Almeida e Quaresma).
Do lado “verde e branco”, sem Liedson e Douala, o jovem treinador português vai ter que procurar parceiro para o “renascido” Deivid. Paulo Bento tem três opções: Sá Pinto (a mais provável, até porque, para além de jogar na frente também fecha melhor no meio-campo), Wender (o mais parecido com o avançado camaronês, mas que não tem jogado) ou a surpresa Pinilla (“bebé chorão”, avançado mais central, mais semelhante ao “levezinho”).
Sem extremos clássicos e face ao 4-3-3 adversário, o Sporting deve entrar em campo com um 4-4-2, em losango (“à Mourinho” da época passada).
Na baliza, o “renascido” Ricardo, na defesa Rogério, Tonel, Polga e André Marques (o miúdo jogou bem a última partida, mas talvez ainda jogue o adaptado Tello); Custódio, João Moutinho, Carlos Martins e Nani; Sá Pinto (porque não Pinilla?!) e Deivid.
Se se confirmarem estas tácticas, talvez o Sporting tenha alguma vantagem em campo. A principal luta seria entre um ataque que pode ser demolidor, mas que tem marcado poucos golos, contra uma defesa instável e insegura.
Quem ganhar este confronto directo vai estar mais perto de vencer a partida do Dragão. Depois há dois avançados centrais do Sporting contra dois centrais do FC Porto e três médios "azuis" (mais compactos), contra quatro "verdes" (mais "espalha brazas").
À espreita deste resultado vai estar uma mão cheia de equipas: desde o Nacional ao Braga, passando pelo Setúbal e chegando, obviamente, ao Benfica, que espera que o FC Porto não ganhe.
“Ou há moralidade…”
O ditado popular não deixa dúvidas e aplica-se ao que se passou no Benfica esta semana.
Os “encarnados” têm conhecidas lacunas no plantel e, dirigente e treinadores, andam à procura de reforços para reforçar o grupo. Até aqui tudo bem.
O problema é que Ronald Koeman deu uma entrevista à televisão holandesa, não só a falar de posições a reforçar, mas especialmente a dar nomes.
Não podem os jogadores ser multados por darem entrevistas e ao treinador não acontecer nada por abrir a boca.
O que é mais grave: admitir o que já se sabe, que Simão está disposto a sair em Janeiro, ou confirmar, em directo na televisão, quais são os alvos para reforçar a equipa?
Não se pode, ao mesmo tempo, defender o rigor e o profissionalismo de uma estrutura e depois dar estes tiros no pé.
Mesmo que os nomes de que já se falou não sejam alvos “encarnados” (Toldo, Dudec ou Lobont…), o certo é que esta “salganhada” de nomes não ajuda porque mesmo o “verdadeiro” alvo vai fazer-se mais caro ao ouvir tantos nomes na praça pública.
Falaremos de reforços mais perto da data de abertura de mercado.
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