quarta-feira, dezembro 07, 2005

“Et pluribus unum”

Todos por uma… vitória. É “só” isto que o Benfica precisa esta noite: derrotar o Manchester United na “nova catedral” na noite da “encruzilhada”.

Em caso de vitória – e só assim – os “encarnados” seguem em frente na Liga dos Campeões.

A tarefa não é fácil, diria mesmo que é muito improvável, face à diferença de qualidade dos plantéis.

Nos cinco jogos anteriores da Champions, o Benfica desperdiçou várias ocasiões para fazer mais pontos (especialmente em Old Trafford e em Espanha) e agora vai ter que entrar em campo para um jogo de “mata-mata”.

Com a visita do Man United, que não vem passear a Lisboa, já que fica “fora de jogo” se perder, a equipa da Luz vai ter que fazer um jogo quase “épico”.

É bom não esquecer que, hoje os “red devils” de Alex Fergusson vêm praticamente na máxima força (ao contrário da primeira volta), enquanto o Benfica vai jogar amputado de pedras fundamentais.

Simão, Micolli, Karagounis e Manuel Fernandes, mais Moreira (será que Quim está a 100%) não vão entrar em campo e aqui está metade do 11 titular de Ronald Koeman.

Como já foi amplamente notado, o plantel não é nada largo e estas lacunas notam-se e muito. Para felicidade do Benfica, a defesa está intacta e pode ser que esteja aí a chave se esta conseguir segurar Nistelrooy, Rooney, Giggs, Scholes e, claro, Ronaldo.

O Benfica está numa encruzilhada: Apesar de ser obrigado a ganhar, não pode atacar desmesuradamente, sem cuidados defensivos, por várias razões: primeiro porque não tem equipa para isso (a equipa joga melhor em contra-ataque e não em ataque continuado) e, depois, porque o ataque adversário seria (será) mortífero.

É nestes jogos “impossíveis” que os portugueses se costumam suplantar e fazer autênticos milagres.

Lembro-me sempre de vários jogos. Cito apenas dois: um do Benfica (em Londres, frente ao Arsenal, vitória 3-1) e outro da Selecção (1-0 na Alemanha, golo de Carlos Manuel).

Esta é a reedição de um jogo histórico. Que pena já não haver Eusébio de “águia ao peito”. Esperemos que, desta vez, o resultado seja diferente.

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