quinta-feira, abril 05, 2007

Para quê inventar?

Há coisas que me continuam a baralhar nos treinadores: porque raio preparam as equipas de uma certa forma e depois, de um jogo para o outro, mudam a estratégia sem razão aparente.

Vem isto a propósito do jogo desta noite do Benfica em Barcelona em que Fernando Santos decidiu começar o jogo em 4-3-3 deixando o 4-4-2 losango.

É certo que o plantel estava muito debilitado sem Luisão, Katsouranis, Nuno Assis e com Rui Costa a meio gás mas, só por si, essa não era razão para deixar a táctica habitual.

Aliás, mesmo o "11" escolhido permitia manter o esquema e esse foi o primeiro erro: depois de meses a entrar no esquema, permitir ao Espanhol superioridade no centro e, especialmente, prender Simão a uma ala foi dar de avanço.

Independentemente deste erro estrutural, que só se resolveu no segundo tempo após a entrada de Miccoli, houve outros factores que contribuiram para uma péssima exibição do Benfica na maior parte da partida.

João Coimbra ainda não tem pedalada para ser titular da equipa; Derlei está longe do "ninja" do FC Porto e ao tentar fazer tudo depressa e bem só faz tudo ao contrário; Anderson voltou a falhar nas marcações de maneira incrível, coisa que na época passada não acontecia; Nélson continua a ter paragens cerebrais que hoje deram dois golos ao adversário.

Por outro lado, a equipa está cansada, sem capacidade de explosão, a fazer as transições de forma muito lenta e isso deve-se, seguramente, a dificuldades em gerir o número de jogos com o plantel curto que não permite rodar jogadores.

Positiva continua a ser a capacidade de reacção, sempre após o intervalo, o que também quererá dizer que Fernando Santos ainda consegue ler o jogo e fazer passar a mensagem.

Agora, convinha que não se repetissem as ofertas que deram os golos do Espanhol que, para além dos trÊs que marcou ainda conseguiu falhar um, já nos descontos, numa altura em que o Benfica - estranhamente - já tinha voltado a recuar e a desistir de atacar.

O árbitro também não ajudou e teve dois erros graves: não viu um penalty sobre Simão e esqueceu-se de expulsar o defesa-direito do Espanhol.

Uma derrota é sempre uma derrota e perder nunca é bom, mas este acabou por ser o melhor resultado dentro de um quadro de derrota.

Apesar da equipa da Luz ter jogado muito mal, ficou provado que o Benfica é superior ao Espanhol, só tem que o provar em casa para a semana e pode chegar às meias finais da UEFA.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro camarada, eu sei que és um "Moreirista" convicto, mas de momento tenho que te dar razão. Após uma fase em que Quim pareceu estabilizar, está de volta o Quim do início de época. Bolas na pequena - área são golo certo.
Já Nelson e Anderson, devem colocar os nervos em franja a qualquer treinador, com autenticas paragens cerebrais....
P.S: A falta de Luisõa faz-se entir tanto, mas tanto....
Maluco do Futebol