Algo de estranho se passa no Sporting de Braga que já vai no terceiro técnico da época sem que se possa dizer que tenha tido maus resultados.
A anormalidade entre os arsenalistas começou ainda na época passada com a SAD bracarense a não renovar contrato com Jesualdo Ferreira, depois de três épocas de bom nível. A situação nunca foi bem explicada.
Já esta temporada, o plantel foi desenhado por Carlos Carvalhal, um homem da terra, que tem “boa imprensa”, apesar de algum excesso de confiança.
Não sendo deslumbrante, a equipa estava a cumprir os objectivos (fez uma primeira fase na UEFA), mas Carvalhal não terá aguentado a pressão dos adeptos e saiu “por razões pessoais” (chegou a falar-se de ameaças).
Saído Carvalhal, entrou Rogério Gonçalves, que vinha fazendo um grande trabalho na Naval, e a equipa não pareceu ressentir-se em nenhuma das competições.
A última derrota em casa, diante da União de Leiria, não pode explicar tudo. Não é – não pode ser – por um resultado que se desmorona tudo o que se fez de bom até então.
É que é bom não esquecer: o Sporting de Braga é a única equipa portuguesa que está ainda nas três competições: está em quarto na Liga, continua na Taça e discute com o Parma um lugar na próxima eliminatória da UEFA.
Dificilmente se poderia pedir mais e parece-me que António Salvador se precipitou. O presidente do Braga terá que ter mais calma, perceber que o lugar que a sua equipa ocupa é bastante honroso e que não pode ter “mais olhos que barriga” antes do tempo.
Depois, há ainda a questão Jorge Costa. O antigo internacional português só tem o primeiro nível de treinador.
É certo que o canudo, por si só, não prova nada e cada clube deverá ter a liberdade para escolher quem quiser, assumindo as consequências (positivas ou negativas) dessas escolhas.
O certo é que, independentemente da reacção sempre veemente do inanarrável presidente da associação de treinadores (que nunca passou do Campomaiorense), há regras e contratos assinados na Liga Profissional de Futebol que regulamentam a questão dos técnicos.
Claro que, bem à portuguesa, tudo se vai arranjar e Jorge Costa vai continuar a aparecer como adjunto na ficha de jogo, aliás como, por exemplo, o Sporting faz com Paulo Bento, porque alguém, seguramente, terá o tal nível 4.
terça-feira, fevereiro 20, 2007
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