Luisão foi apanhado a conduzir com 1.44 de álcool no sangue - e isso é grave, tão grave que é crime.
O jogador veio explicar o que aconteceu no seu dia de folga, assumir responsabilidades e lamentar que um caso da sua vida privada possa prejudicar, de alguma forma, o Benfica.
Este é um aspecto da questão, e o defesa-central já confirmou que vai ser castigado monetariamente pelo seu clube.
Agora, vamos ver o outro lado do problema:
Num país em que as mortes na estrada são uma autêntica “guerra civil”, há duas coisas que, para mim, são indiscutíveis: quem conduzir não pode beber, sendo figura pública a responsabilidade é ainda mais agravada.
A questão é simples: Se fosse o “Zé Ninguém” a ser parado com esta taxa de álcool no sangue seria detido, ficaria detido e, seguramente, com a carta apreendida.
Tendo sido o Luisão, figura pública, jogador do Benfica, o que é que foi decidido: mantém a carta e cumpre 40 horas de trabalho comunitário.
Fica a questão: como é possível?!
Esta decisão do juiz que acompanhou o caso é, em minha opinião, (ainda) mais grave porque, num país democrático, a justiça não pode ter duas caras, nem decisões de excepção.
domingo, janeiro 14, 2007
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1 comentário:
Lapidar, como é habitual. Excelente post!
Maluco do Futebol
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