segunda-feira, novembro 14, 2005

A lei da rolha

Num curto espaço de tempo dois jogadores do Benfica foram multados por prestarem declarações sem prévia autorização do clube.

Mantorras falou a um programa da SIC, com cachecol do Sporting ao pescoço, e Simão falou à Sporttv da possibilidade de sair em Janeiro. Resultado: ordenado mais leve no final do mês.

Ao que parece, no princípio da época, todos os jogadores do plantel são obrigados a assinar um documento em que as regras são explicadas.

Para mim, as situações dos dois jogadores são diferentes.

Por um lado, parece-me negativo, castrador, anti-democrático que os jogadores sejam impedidos de falar, sempre e quando o entenderem (já são crescidos, têm cabeça e até empresários para se aconselharem, por isso…).

Sou contra estas limitações aos jogadores, como sou, por exemplo, contra os estúpidos black-outs que os clubes usam e abusam sempre que lhes “dá jeito” por esta ou aquela razão.

Por outro lado, no entanto, não me parece nada bem que um jogador de determinado clube (no caso o Benfica) aparece com um ornamento de uma equipa rival (no caso o Sporting), especialmente estando consciente do que tinha assinado no início da temporada.

Agora, que o mal está feito, está na altura de seguir em frente. Os jogadores pagam a multa e o assunto deve morrer aqui. Penso que não se devem alimentar mais polémicas.

Já agora, só uma nota final: se o Benfica dá tanta importância às entrevistas que os seus jogadores dão, parece-me que falharam ao deixar o jovem Rui Nereu tão exposto após a partida em Villarreal. Se calhar, essa desatenção pagou-se em pontos e contos no jogo da “segunda mão” na Luz.

1 comentário:

rvr disse...

Acho que essa história dos "black outs" só vai acabar quando toda a imprensa se unir e ignorar por completo esses clubes - e contra o "meu" SCP falo.

E depois também há aquelas situações esquisitas como, por exemplo, o facto de a RTP não ser autorizada a entrar no centro de estágio do FC Porto, que por acaso até é da Câmara de Gaia. Se a RTP não pode entrar, então as outras televisões, rádios e jornais deviam mostrar solidariedade e deixar o sr. Co Adriaanse a falar para o boneco.