Foi o Barcelona que calhou em “sorte” ao Benfica no sorteio da Liga dos Campeões.
Antes das “bolinhas”, tinha três prognósticos de nível diferente:
- o “fácil”: Villarreal (especialmente porque temos umas contas a ajustar, mas que tinha o problema de tornar os “encarnados” como favoritos e isso parecia-me contraproducente face à forma como a equipa joga).
- o “difícil”: Arsenal (porque é inglês e, já agora, completava-se a “triologia”, com uma defesa frágil, mas que tinha um enorme problema chamado Thierry Henry).
- o “impossível”: Barcelona (a melhor equipa do mundo que, em princípio, só seria “útil” para a receita e para o campeão nacional jogar a “sua” final antecipada).
Calhou mesmo a equipa da Catalunha e apetece perguntar: E agora? Há alguma hipótese?
Vamos a factos concretos e objectivos: o Barça lidera, tranquilo, o campeonato espanhol; o Barça “despachou” a primeira fase da “champions” com cinco vitórias e um empate (fora); o Barça tem um “goal-average” de 16-2, nestes seis jogos; o Barça eliminou o Chelsea, “sem espinhas”.
Como se isto não bastasse: os “blau-grana” têm “só” o melhor jogador do mundo e o melhor jogador africano, isto, claro, para além de um tremendo lote de internacionais: brasileiros, argentinos, franceses, holandeses, suecos, portugueses e, até, espanhóis.
A equipa de Rijkaard joga habitualmente em 4-3-3
Valdés
Belletti (Oleguer), Puyol, Marquez, Gio
Edmilson, Thiago Motta (Van Bommel), Deco
Messi, Etoo, Ronaldinho
Duas notas: falta aqui Xavi (que está e estará no “estaleiro” e é necessário descontar Puyol (castigado) e Messi (lesionado) do jogo da primeira mão.
Face a este cartão de visita e potencial, o que tem o Benfica a perder? Nada ou muito pouco.
O campeão nacional, de regresso à “alta roda”, depois de vários anos de ausência – é necessário ser realista e pôr os pés no chão -, já cumpriu mais do que a sua “obrigação” (não podemos esquecer-nos que os “encarnados” partiram do quarto pote e, entretanto, já eliminaram Manchester United e o Liverpool), por isso, este jogo é já uma espécie de bónus.
Para além das vitórias históricas, o Benfica já fez também 15 milhões de euros com esta campanha e isso não pode, obviamente, ser negligenciado.
Agora, tudo o que vier, é lucro: se perder, não perde nada, se ganhar, pára o país e espanta o mundo futebolístico.
O milagre pode voltar a acontecer. É “só” preciso sorte, concentração máxima, entrega total, segurança defensiva, meio-campo activo e um ataque matreiro e mortífero.
Para além disto, basta só anular algumas pedras do adversário.
Como se percebe, não estou a pedir nada de especial. Não é impossível, só “quase”.
Atenção, ninguém ganha um jogo antes do tempo... e sonhar ainda não paga imposto.
Dia 28, vai ser bonita a festa, pá. Era tão bonito repetir a vitória da final de 1961.
sábado, março 11, 2006
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