Algumas horas passadas, confesso que ainda não percebi que bicho mordeu ao Liverpool no jogo da Luz.
Benitez montou a equipa no clássico 4-4-2, mas sem a mínima vontade de atacar. Nem uma oportunidade de golo, nem um remate, nada...
Com a equipa na máxima força, os “red devils” foram poupadinhos e, a jogar assim, não justificaram o título de campeão europeu.
Não sei o que passou pela cabeça do técnico espanhol, não sei se foi receio, respeito exagerado ou simples estratégia, estando consciente que o jogo estava apenas no intervalo.
Fosse qual fosse a razão, o certo é que a partida foi “sem sal” e isso acabou por beneficiar a equipa mais fraca, que voltou a “usar” a Liga dos Campeões como “antibiótico”.
O mesmo remédio já tinha sido utilizado com o Lille e com o Manchester United e voltou a resultar.
Os “encarnados” ganharam e ganharam bem porque foram os únicos a tentar alguma coisa.
É certo que, consciente das suas limitações, o campeão nacional entrou devagar, devagarinho e o treinador “aproveitou” para dar uma hora de avanço.
Só depois da entrada de Karagounis se viu algum futebol. Nunca saberemos o que poderia ter acontecido se o grego tem entrado de início, a única certeza é que o jogo teria sido diferente.
A insistência em Beto devia ser alvo de psicanálise, mas o que é verdade é que Koeman não é o único treinador a gostar de jogadores “destes”. Só no Benfica e, sem pensar muito, lembrou-me de Jamir, Thomas e Paulo Almeida, já para não falar de Fernando Aguiar que, comparando com estes, é um autêntico Patrick Vieira.
Para além do “caso Beto” (injustamente assobiado, porque é o menos culpado), mais uma vez, confirmou-se a importância de Luisão e Petit, a melhoria, aos poucos, de Manuel Fernandes e especialmente Robert, e novo desaparecimento de Simão.
Resumindo, o essencial foi conseguido: ganhar. Mas a “guerra” ainda é longa e falta a “batalha” decisiva.
O Liverpool vai ter que virar a eliminatória e, assim sendo, vai jogar, “à inglesa” e não com a frieza “continental”.
Vamos ver como reage um Benfica com pouca experiência e muitos jogadores estreantes na alta roda europeia.
A pressão vai ser enorme e vai ser necessário um grupo concentrado a 100%, uma defesa irrepreensível, força no meio campo, mas sem perder de vista a baliza adversária.
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
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