Esta é uma situação que se tem arrastado há semanas no Benfica e que merece reflexão e, já agora, justificações.
As lesões de Simão e Miccoli e tudo o que se tem passado à volta destes casos não é normal e deveria ser bem explicado por quem de direito no Benfica.
O avançado italiano lesionou-se nos primeiros minutos da partida frente ao FC Porto, há mais de um mês, jogou cinco minutos frente ao Sporting de Braga e regressou à titularidade no jogo de ontem em Paris.
Depois de 40 minutos em campo e, após uma corrida, Miccoli voltou a ressentir-se e teve que sair.
Estava recuperado e foi azar? – como diz Koeman – ou não estava em condições de jogar?
Já o “capitão” lesionou-se no final do jogo da Taça de Portugal frente ao Leixões e, desde aí, tem andado intermitentemente entre o joga, não joga, recupera não recupera.
O que é certo é que, forçado ou não, sempre que Simão entra em campo desde esse jogo do Bessa não rende o que é habitual e, pior do que isso, fica fora dos jogos seguintes.
Simão precisaria de parar mesmo, recuperar a 100% e só então voltar ao nível a que nos habituou, para bem dele e do clube.
É certo que o “20” é um jogador fundamental no Benfica, mas a direcção do clube, a equipa técnica e a equipa médica não podem continuar a brincar com o atleta.
A estes dois casos estranhos, juntam-se ainda outros dois: Quim e Karagounis.
O guarda-redes foi operado a uma hérnia inguinal e – dizia-se – o tempo de recuperação era de nove dias. O que é certo é que, passadas várias semanas, o jogador continua a queixar-se de dores e está a jogar limitado.
Já o médio grego lesionou-se na partida frente ao Lille e desde aí tem-se arrastado em campo, sem conseguir “mostrar serviço”.
Os mesmos que se gabam que o Benfica tem o melhor departamento médico do país deveriam vir explicar estes quatro casos. O holandês preparador físico também deveria vir dizer de sua justiça.
As lacunas do plantel “encarnado” não podem servir para forçar os jogadores para além do limite.
Por favor, não se esqueçam do Mantorras. Um caso como este não se pode repetir.
quarta-feira, novembro 23, 2005
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