Estava prometido que não se falaria de assuntos colaterais ao jogo jogado e às quatro linhas neste espaço. No entanto, sinto-me tentado a abrir uma nova rubrica para as excepções.
Depois do “Outras bolas” (em que se fala de outros desportos que não o desporto-rei), aqui está o “Fora de Jogo”.
Para a estreia, a personagem principal é Chumbita Nunes, presidente do Vitória de Setúbal.
Está prometido que é nesta semana que os jogadores do plantel sadino vão receber parte dos salários em atraso. A última vez que a maioria viu “a cor do dinheiro” foi em Julho. Em causa estará uma verba a rondar os 275 mil euros.
Para além de ser grave que um clube profissional (ou qualquer empresa) não tenha dinheiro para pagar aos seus funcionários (especialmente quando tem – ou deveria ter - que apresentar contas em dia e garantias bancárias), há ainda um outro dado “curioso”.
É que, enquanto os jogadores estão com vários meses de salários em atraso, ficou a saber-se, durante a assembleia geral do clube, que o senhor Chumbita tem o seu ordenado de presidente em dia.
Ora, a questão que se coloca é: “Onde está a moralidade disto?”. “Como pode um líder de um grupo motivar as suas "tropas" se está em condições de completa desigualdade?”.
A pérola é que o senhor Chumbita justifica o facto de ter as suas contas em dia (ao que consta oito mil euros mensais) com o facto do dinheiro que recebe do Setúbal ser o seu único rendimento!!!
A sério! Não me diga. Já agora que outros rendimentos recebem os atletas do plantel profissional do Vitória de Setúbal?
Por favor, senhor Chumbita, faça um favor ao Setúbal: demita-se.
segunda-feira, outubro 31, 2005
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