Já em pleno defeso, esta é a altura indicada para fazer o balance da época que agora terminou.
Foi uma época estranha esta: os três grandes perderam muitos pontos e o futebol praticado foi muito inconsistente.
A vitória na SuperLiga sorriu ao Benfica depois de 11 anos de “jejum”.
“A festa foi bonita, pá”, mas os adeptos não podem embandeirar em arco. Mais do que a vitória dos “encarnados”, este foi o campeonato em que FC Porto e Sporting perderam a hipótese de vencer.
Não podemos esquecer que, por exemplo, os “dragões” fizeram menos 20 pontos e o próprio Benfica, agora campeão, fez menos 9 do que na época passada.
O novo campeão não jogou bem e esteve sempre em “esforço”, rezando para que não houvesse lesões.
Na próxima época, seja quem for o treinador, vão ser necessários vários reforços para que o Benfica não vá à Liga dos Campeões “buscar o cheque”, como já disse o Toni.
O FC Porto teve uma época muito instável, como nunca se tinha visto por aquelas bandas, com três treinadores e carradas de jogadores a entrarem e a saírem.
Apesar disso, com Couceiro, até melhorou e lutou pelo título até à última jornada.
Na próxima época, se acertarem nas contratações, e regressar a estabilidade, os “azuis e brancos” podem voltar a ser candidatos ao título.
Apesar da má época, a equipa de Pinto da Costa ainda conquistou a SuperTaça portuguesa, a Taça Intercontinental e garantiu entrada directa na Liga dos Campeões.
Já o Sporting foi a equipa do “quase”: esteve “quase” a ser campeão, esteve “quase” a vencer a Taça UEFA, esteve “quase” a seguir em frente na Taça de Portugal e esteve “quase” a entrar directamente na Liga dos Campeões.
Os “leões” foram a equipa mais instável da frente e, por isso, “pagaram a factura” e acabaram em terceiro lugar.
A espaços, a equipa de Peseiro praticou o melhor futebol que se viu em Portugal mas isso de pouco serve quando, no jogo a seguir, se perde um jogo com uma péssima exibição.
Se conseguir manter a estrutura, com alguns retoques, especialmente nas alas (ofensivas e defensivas), o Sporting pode ser o mais sério candidato ao título na próxima época.
A dúvida maior chama-se José Peseiro. O treinador não vai, seguramente, ter o benefício da dúvida, como no início da temporada e vai ter que, rapidamente, mostrar serviço, especialmente agora que viu os seus poderes serem aumentados depois da saída de Carlos Freitas.
Na época que agora terminou, destaque ainda para o fantástico Sporting de Braga (que só perdeu fôlego depois da lesão de João Alves), para o Rio Ave de Carlos Brito (finalmente recompensado com um contrato melhor), e para o final de época do Penafiel e Académica.
Pela negativa: o Beir-Mar. Não se percebe como é que a equipa de Aveiro conseguiu descer de divisão. Tinha um lote de jogadores de fazer inveja a muitas do topo da tabela.
Por exemplo: Srinicek, Alcaraz, Tininho, Beto e Paul Murray, McPhee, Kingsley e Tanque Silva.
Última nota para o Vitória de Setúbal que, com toda a justiça, conquistou a Taça de Portugal (mais de 30 anos depois) contra um Benfica de “fim de estação”, cansado de jogar mas, especialmente, ainda de “ressaca”.
quarta-feira, junho 01, 2005
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