quarta-feira, junho 29, 2005

O dilema do “leão”

O Sporting abriu hoje a “oficina” para a próxima época, foi o primeiro clube a fazê-lo porque tem que jogar a pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

Novidades poucas: os três reforços confirmados: Edson, Labarthe e Manoel, a presença de Liedson, a ausência de Enakarhire e o regresso de alguns jogadores que estavam emprestados. Outros jogadores só entram ao serviço na segunda-feira.

Numa altura em que o “levezinho” parece, agora, que veio para ficar, contrariado ou não, o defesa central nigeriano pode mesmo estar a caminho da Rússia.

A estes dois casos, o Sporting dá a mesma resposta: "são jogadores do clube, têm contrato, sem o dinheiro que queremos não há negócios".

Não dispondo de todos os dados da questão, esta parece-me a atitude correcta correndo, no entanto, os “leões” o risco dos jogadores ficarem contrariados, não renderem o que se espera deles e depois saírem a “custo zero”.

Há ainda uma outra questão que é necessário ponderar: é que, se nenhum dos jogadores com mercado sair, não entra dinheiro fresco o que pode impossibilitar o reforço do plantel.

Estes são riscos que a administração da SAD parece disposta a correr. Aguardemos...

domingo, junho 19, 2005

Uma questão de garantias…

Dão-se alvíssaras a quem conseguir explicar os pormenores do “caso Diego/Benfica”.

O médio internacional sub-20 do Brasil garante que já assinou contrato por cinco anos com o Benfica.

José Veiga, director-geral dos “encarnados”, garante que nada se passa e que, se o jogador entrar na Luz, ele sai por outra porta.

Não sei o que se passa, o que é certo é que, garantidamente, seja o que for, não é bom sinal…

“Mister”io

Ronald Koeman vai treinar o Benfica, Co Adrianse é o “homem do leme” do FC Porto. Dois holandeses…

Depois de dois italianos, agora dois holandeses no comando de duas equipas de top em Portugal.

Koeman ganhou dois títulos e uma Taça pelo Ajax, Co Adrianse fez um grande trabalho no modesto AZ Alkmaar.

Ambos prometem futebol de ataque, ao que parece baseado no 4-3-3.

Fora isto pouco mais se sabe… temos que aguardar.

Defeso

Sem querer fazer concorrência ao meu colega Carlos Manuel, vou aqui analisar esta época de contratações de pré-época que vai ainda a meio.

O FC Porto lidera, isolado, esta tabela comprando tudo o que mexe. Para já, nove jogadores contratados e dois regressos confirmados (Helton, Paulo Ribeiro, Bruno Alves, Sandro, Paulo Assunção, Lucho Gonzalez, Alan, Anderson, Jorginho, Lisandro Lopez e Sokota).

Este número é provisório porque ainda falta, pelo menos, um defesa direito, eventualmente, um (outro) ponta de lança (McCarthy garante que tem propostas) e, quem sabe, um extremo-esquerdo.

No Sporting a confusão é grande, parece haver alguma instabilidade (directiva e do plantel), fala-se de muitas saídas mas, obviamente, nem tudo deve ser verdade.

Para já estão confirmadas três entradas: o defesa esquerdo Edson, o médio Labarthe (já contratado no ano passado) e o avançado Manoel.

Falta perceber quem sai (efectivamente) mas, independentemente disso, parecem faltar laterais (atrás e à frente).

Já o Benfica contratou, até agora, o defesa Andersson (que viria para o lugar de Luisão que os “encarnados” tentam agora segurar a todo o custo), o médio Beto (para dar hipótese de rotatividade a Petit e Manuel Fernandes) e Karyaka (extremo-esquerdo, uma das lacunas mais evidentes do plantel).

Com a saída de Miguel em perspectiva (€€€ "oblige"), aos “encarnados” ficam a faltar (indiscutivelmente) um ponta de lança “matador” e um médio construtor de jogo. Depois há ainda a hipótese de vir mais um médio defensivo (de preferência com “cabedal”) e um defesa-esquerdo.

Entretanto, fora do circuito dos três grandes, há outras duas equipas que estão a dominar, até agora, o “campeonato de Verão”: o Gil Vicente e o Belenenses já trouxeram um camião de jogadores para os respectivos plantéis.

quarta-feira, junho 01, 2005

Foi assim…

Já em pleno defeso, esta é a altura indicada para fazer o balance da época que agora terminou.

Foi uma época estranha esta: os três grandes perderam muitos pontos e o futebol praticado foi muito inconsistente.

A vitória na SuperLiga sorriu ao Benfica depois de 11 anos de “jejum”.

“A festa foi bonita, pá”, mas os adeptos não podem embandeirar em arco. Mais do que a vitória dos “encarnados”, este foi o campeonato em que FC Porto e Sporting perderam a hipótese de vencer.

Não podemos esquecer que, por exemplo, os “dragões” fizeram menos 20 pontos e o próprio Benfica, agora campeão, fez menos 9 do que na época passada.

O novo campeão não jogou bem e esteve sempre em “esforço”, rezando para que não houvesse lesões.

Na próxima época, seja quem for o treinador, vão ser necessários vários reforços para que o Benfica não vá à Liga dos Campeões “buscar o cheque”, como já disse o Toni.

O FC Porto teve uma época muito instável, como nunca se tinha visto por aquelas bandas, com três treinadores e carradas de jogadores a entrarem e a saírem.

Apesar disso, com Couceiro, até melhorou e lutou pelo título até à última jornada.

Na próxima época, se acertarem nas contratações, e regressar a estabilidade, os “azuis e brancos” podem voltar a ser candidatos ao título.

Apesar da má época, a equipa de Pinto da Costa ainda conquistou a SuperTaça portuguesa, a Taça Intercontinental e garantiu entrada directa na Liga dos Campeões.

Já o Sporting foi a equipa do “quase”: esteve “quase” a ser campeão, esteve “quase” a vencer a Taça UEFA, esteve “quase” a seguir em frente na Taça de Portugal e esteve “quase” a entrar directamente na Liga dos Campeões.

Os “leões” foram a equipa mais instável da frente e, por isso, “pagaram a factura” e acabaram em terceiro lugar.

A espaços, a equipa de Peseiro praticou o melhor futebol que se viu em Portugal mas isso de pouco serve quando, no jogo a seguir, se perde um jogo com uma péssima exibição.

Se conseguir manter a estrutura, com alguns retoques, especialmente nas alas (ofensivas e defensivas), o Sporting pode ser o mais sério candidato ao título na próxima época.

A dúvida maior chama-se José Peseiro. O treinador não vai, seguramente, ter o benefício da dúvida, como no início da temporada e vai ter que, rapidamente, mostrar serviço, especialmente agora que viu os seus poderes serem aumentados depois da saída de Carlos Freitas.

Na época que agora terminou, destaque ainda para o fantástico Sporting de Braga (que só perdeu fôlego depois da lesão de João Alves), para o Rio Ave de Carlos Brito (finalmente recompensado com um contrato melhor), e para o final de época do Penafiel e Académica.

Pela negativa: o Beir-Mar. Não se percebe como é que a equipa de Aveiro conseguiu descer de divisão. Tinha um lote de jogadores de fazer inveja a muitas do topo da tabela.

Por exemplo: Srinicek, Alcaraz, Tininho, Beto e Paul Murray, McPhee, Kingsley e Tanque Silva.
Última nota para o Vitória de Setúbal que, com toda a justiça, conquistou a Taça de Portugal (mais de 30 anos depois) contra um Benfica de “fim de estação”, cansado de jogar mas, especialmente, ainda de “ressaca”.