sábado, fevereiro 26, 2005

O Clássico

Vem aí o FC Porto – Benfica, o jogo grande da jornada 23 da SuperLiga. As duas equipas estão empatadas na frente e esta pode ser uma partida importante, mas ainda não decisiva.

Os “dragões” são favoritos (porque jogam em casa, porque têm mais opções no plantel, porque o técnico acabou de chegar e não tem “anti corpos”, porque têm tradição de vitoria nos grandes jogos), mas o Benfica deve querer – em dia de aniversário – oferecer uma prenda aos adeptos e dar um pontapé nas más exibições.

Num campeonato estranho como este, em que toda a gente perde (muitos) pontos e há vários candidatos aos lugares da frente, todos as vitórias acabam por ser fundamentais. Essa importância aumenta quando, como neste caso, o jogo vale não três mas seis pontos.

Os “azuis e brancos” estão na máxima força (só falta Bosingwa e até o capitão Jorge Costa está recuperado) e, por isso, José Couceiro pode usar todos os trunfos.

Na baliza, claro, Vítor Baia.

Na defesa, com o “Bicho” com falta de ritmo, a dupla de centrais deve ser Pedro Emanuel e o jovem Ricardo Costa, que vai ganhando estatuto no “Dragão”. Nas alas, sem dúvidas, Seitaridis (à direita) e Nuno Valente (na esquerda).

No meio campo, três devem ter entrada garantida: o “ministro” Costinha, o “todo o terreno” Maniche e o “artista” Diego (também em dia de aniversário).

Na frente, dois jogam: McCarthy e Quaresma.

Fica a faltar um jogador para completar o “11”: ou mais um médio defensivo (Raúl Meireles ou Paulo Machado), um médio centro (Ibson ou Leo Lima), um extremo (Pittbull) ou um ponta de lança (Luís Fabiano ou Hélder Postiga).

Viva a fartura…

Já no Benfica também não há muitas dúvidas, ma aqui porque não há tantas opções.

Na baliza vai jogar Quim, apesar da saída de Moreira continuar mal explicada.

Na defesa, Miguel deve voltar à direita mas, se não estiver a 100% joga João Pereira. A dupla de centrais vai ser constituída por Luisão e Alcides (André Luiz está lesionado e Ricardo Rocha já treina mas…). Na esquerda deve regressar Dos Santos, ficando Fyssas no banco.

No meio campo, sem espinhas, Petit (mesmo com fadiga muscular), Manuel Fernandes e Nuno Assis.

Na frente, mais um trio que não deixa dúvidas: Geovanni, Nuno Gomes e o capitão Simão (apesar do “sumaríssimo”).

Resumindo, este é sempre jogo de “tripla” mas o favoritismo é claramente do FC Porto que, em caso de vitória, alcança o 15ª jogo consecutivo sem perder diante do Benfica nos jogos em casa.

Do árbitro só se espera uma boa arbitragem, sem caso e que os adeptos nem se lembram do nome do senhor.

PS: Esperando pelo resultado estará o Sporting que nessa mesma noite defronta o Estoril.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

As minhas escolhas

Estamos já na segunda volta, a SuperLiga está “estranha”, como nunca visto, com várias equipas a lutar pela vitória à distância de uma vitória.

Falaremos sobre isto mais tarde. Para já – e numa altura em que já fechou o mercado de Inverno, vou deixar aqui as minhas escolhas para reforçar os planteis dos três grandes.

Para a baliza 3 nomes, dois veteranos e uma jovem esperança: Helton, da União de Leiria, Marcos, do Marítimo, e (atenção a este miúdo – internacional sub-18) Paulo Ribeiro, do Vitória de Setúbal.

Na lateral direita – ao contrário do que é habitual – há qualidade em quantidade. Lanço para a “mesa” quatro nomes que não deixariam ficar mal nenhuma equipa: destaque primeiro para dois jogadores que, ainda na época passada, estavam na Liga de Honra: Nelson, do Boavista, e Rui Duarte, do Estoril. Depois Amaral, brasileiro do Belenenses, e Abel, do Sporting de Braga.

Do lado contrário não há tanta gente, mas os dois nomes indicados dão garantias: Miguelito, do Rio Ave, e Jorge Luiz, dos arsenalistas.

Para a zona central há um nome incontornável que só “perde” pela idade: Mitchell Van der Gaag. Depois lanço mais quatro nomes: Tonel (parceiro do holandês no Marítimo), Nunes, central do Braga, José António, titular da Académica, e Hugo Alcântara, do Setúbal.

No meio campo defensivo, mais três nomes: Sandro (do Vitória de Setúbal), Paul Murray (do Beira-Mar) e Alexandre (não tem jogado no Guimarães mas impressionou-me).

No apoio, o chamado box-to-box, há um nome de que toda a gente fala e que tem nome de craque: João Alves (do Sporting de Braga), mas eu junto mais dois nomes que podem merecer atenção: Lucas, do Boavista (muito trabalhador e que pode actuar em várias posições) e Vandinho (também do Braga que tem a vantagem de ter mais “cabedal”). Acrescento mais um nome de um jogador que na época passada deu muito nas vistas mas que este ano ainda não apareceu: Dionattan.

Na posição de “playmaker” o destaque vai para Jorginho (Setúbal), que já esteve envolvido numa novela este ano. Zé Pedro (Belenenses) e Jaime, do Braga, são também bons jogadores, apesar de muito “intermitentes” ao longo da época. Atenção ainda a McPhee do Beira-Mar, que tem jogado muito encostado na ala direita, mas que no centro pode ser um caso sério.

Para o ataque, nas alas, pela esquerda temos dois miúdos que têm a espaços aparecido e resolvido jogos: Targino (Guimarães) e Diogo Valente (Boavista). Manduca, do Marítimo, começou muito bem o campeonato, agora tem andado mais “desaparecido”. Wender é outro “caso” (salvaguardadas as devidas distâncias podia ser o novo Derlei jogando à esquerda ou ao centro – na frente ou embalado de trás).

Na direita, para além de McPhee, há ainda o inevitável Alan (do Marítimo) e o Manuel José, do Setúbal – e que bem que ele marca livres, e dois supersónicos: Zé Manel, do Boavista, e Luciano, da Briosa.

Na posição de ponta de lança deixo quatro nomes com características diferentes: Marcel (atenção ao “matador” da Académica – este não engana, que o diga o Coritiba onde foi o melhor marcador há duas épocas) e Adriano (quem sabe não esquece). Antchouet e, especialmente, Wesley são outros dois nomes a não perder de vista.

Para liderar esta equipa de estrelas dois nomes indiscutíveis da época: Jesualdo Ferreira e Carlos Brito.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

O regresso do mister

Depois de alguns meses de ausência, cá estou mais uma vez para dar umas dicas aos meus colegas que estão a trabalhar.

Eu cá continuo à espera que o telefone toque e que me apareça um projecto apetecível.

Fechou no final de Janeiro o chamado “mercado de Inverno”. Quase todas as equipas foram às compras.

A excepção foi o Rio Ave, de Carlos Brito, que, no entanto, perdeu o seu “maestro”: Ricardo Nascimento foi ganhar uns trocos para o Oriente.

Os campeões de compras foram a Académica e o FC Porto que quase se transformaram em empresas de “import”/”export”.

Bom, mas isso são outras “estórias”. Aquilo que eu gostaria de deixar claro é que, apesar das muitas compras” ainda há muitos e bons jogadores que poderiam interessar especialmente aos três grandes que continuam a ter planteis desequilibrados.

Ao campeão nacional faltam extremos (depois das saídas de Derlei, César Peixoto e Maciel), um suplente para o Seitaridis e, já agora, um outro “camisa 10” porque aquele Leo Lima parece-me um erro de “casting”.

No Sporting é”pública e notória” a falta de um médio defensivo, que possa substituir o jovem Custódio, um outro médio que possa “fazer” de Rochemback.

Por outro lado, dando de barato que a equipa de Alvalade joga mesmo sem extremos, faltam ainda laterais para a defesa.

O Benfica fez três contratações de Natal mas “esqueceu” um extremo-esquerdo para dar descanso a Simão (ou que o capitão vá jogar do lado direito) e de um médio-centro que possa substituir Petit ou Manuel Fernandes.

É que de Paulo Almeida já pouco se espera e de Everson pouco se sabe.

No próximo texto conheça as minhas escolhas para melhorar estas equipas com jogadores que já estão na SuperLiga.